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quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

DENOMINAÇÃO E NÃO SEITA

Anatote Lopes



No início do desenvolvimento do protestantismo americano de linha calvinista, os seus fundadores obedeceram a seguinte orientação: o denominacionalismo; o qual acompanhou um modelo novo de sociedade civil (Republicana). Distanciando-se do modelo mais hierárquico da Igreja Protestante da Inglaterra (Monárquica). Neste modelo, a denominação é uma associação voluntária, segundo o ideal puritano, o qual protestava contra a imposição de uma religião oficial que, funcionava dentro do princípio de coerção e a partir da hierarquia eclesiástica.

A denominação é uma igreja desestatizada, composta por pessoas que a ela aderem espontaneamente, por preferência ou convicções pessoais. Antônio Gouveia de Mendonça afirmou que “a liberdade religiosa conduzia à realização do reino de Deus nos moldes do espírito da livre empresa” (MENDONÇA, 1984, p. 46) Cada denominação, pela adesão voluntária, justificava a existência de outras denominações com pontos de vista em comum e traços distintivos.

Cada denominação apresenta uma plataforma teológica característica da sua doutrinação. Nenhuma se julga exclusivamente a Igreja, dona da verdade, afirma ser a única igreja verdadeira ou a sua totalidade, pois isto é característico das seitas. Cada denominação se reconhece parte de um todo que é a Igreja de Cristo. O que favorece a unidade dos cristãos. Todas são responsáveis pela totalidade da sociedade, cooperam em liberdade e respeito mútuo; como está escrito: “esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4.3).


Fonte citada: MENDONÇA, A. G. Celeste Porvir: A inserção do protestantismo no Brasil. Edições Paulinas. São Paulo, 1984.