O Rev. Oscar Chaves nasceu em Patrocínio, Minas Gerais, em 11 de Outubro de 1912, filho de Carlos Gonçalves Chaves e Alvina Jacintha de Oliveira Chaves.
Nasceu em um lar católico e se converteu após estudar sobre o catolicismo e o espiritismo a partir da leitura das obras do Rev. Alvaro Reis, Cartas a um Doutor Espírita e Mimetismo Católico (o segundo é uma discussão entre o Rev. Álvaro Reis, pastor presbiteriano e o Dr. Carlos de Laet, grande líder católico).
Mas, ainda não era "crente" e tinha vergonha de entrar na Igreja Evangélica. Só no final de 1932 se converteu. Em 1º de Janeiro de 1933, fez sua profissão de fé na Igreja Presbiteriana, com o Rev. Dr. Eduardo Lane.
Naquele mesmo ano manifestou sua vocação para o Santo Ministério; desejava ir para o seminário em São Paulo, mas, seu pastor, Dr. Lane, viu, porém, que ele estava muito "verde" e o fez esperar um ano.
Em Fevereiro de 1934 foi para o Curso Universitário "José Manuel da Conceição", em Jandira, onde estudou durante cinco anos. Lá se formou em 1938, indo então para o Seminário de Campinas, onde concluiu o curso teológico em 1941.
O Rev. Oscar Chaves se destacou como teólogo e também como poeta. Foi licenciado pregador do Evangelho em 26 de Janeiro de 1942 (segunda-feira), pelo então Presbitério de São Paulo, na Congregação Presbiterial "Betânia", em Pinheiros, sob o pastorado do Rev. Avelino Boamorte.
Oscar Chaves pregou o seu sermão de prova, versou sobre João 18:36: "O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos para que eu não fosse entregue aos Judeus. Mas agora o meu reino não é daqui".
Licenciado, foi enviado pela West Brazil Mission como missionário em Paracatu-MG, sendo o primeiro obreiro a residir naquela antiga cidade mineira. De Paracatu veio para Campinas, em Julho de 1942, para se casar, no dia 3, com Edith de Campos, a senhora Edith voltou com o Rev. Oscar para Paracatu, depois das núpcias; viveram inseparáveis sob a benção do matrimonio até o fim de sua vida.
No fim de 1942 o Rev. Oscar foi convidado para ser missionário da Junta de Missões Nacionais, aceitando o convite, foi ordenado para o ministério pelo Presbitério de São Paulo, no dia 31 de Janeiro de 1943 (domingo, à noite), no templo da Igreja Cristã Reformada da Lapa, em São Paulo.
Com o Rev. Oscar Chaves foram ordenados Wilson de Castro Ferreira e Domício Pereira de Matos. Estavam presentes no culto os Reverendos William Kerr, Avelino Boamorte, Mario Cerqueira Leite, Amantino Vassão, Miguel Rizzo (orador), Paulo Pernassetti, Júlio C. Nogueira, Jorge César Mota e o pastor da Igreja Cristã Reformada. Oficiaram como ministros assistentes os Reverendos Zaqueu de Melo e Moisés Aguiar. Seu sermão de ordenação versou sobre Filipenses 1:21: "Porque para mim o viver é Cristo e o morrer é ganho". A primeira parte desse versículo é, em grego, o moto do Instituto JMC (José Manoel da Conceição).
Ordenado, foi então enviado para Lucélia, na Alta Paulista, onde fundou o trabalho presbiteriano, que nasceu em sua casa, na sala de visitas. Ficou ali dois anos deixando um terreno próprio para a Igreja, um grande salão construído e uma Escola Dominical com 127 alunos.
Em Lucélia nasceu o seu primogênito, em Setembro de 1943 (O Rev. Oscar Chaves Faleceu em 5 de março de 1991 e sua biografia está publicada na internet no site de seu filho Eduardo Oscar).
Era de Lucélia que o Rev. Oscar visitava os irmãos na Fé Reformada, presbiterianos que aqui residiam, bem como nestas localidades de Adamantina até ao Rio Paraná. O Rev. Oscar empreendeu os primeiros esforços para aqui constituir uma Igreja Presbiteriana do Brasil, conforme consta no histórico do Livro I da Igreja Presbiteriana de Dracena.
Caro Rev Anatote,
ResponderExcluirLi com satisfação o resgate biográfico que você fez desse admirável servo de Deus. Muito jóia encontrá-lo em meio de tão interessantes citações de lugares e de pessoas ilustres. Parabéna.
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Seu irmão, duas veses...
Anamim Lopes da Silva
Obrigado, Rev. Anatote, por ajudar a preservar a memória do meu pai. No ano que vem celebraremos 100 anos de seu nascimento. Ele nasceu em Patrocínio, MG, em 11 de Outubro de 1912. Como o senhor disse, eu nasci em Lucélia, em 7 de Setembro de 1943. Mudamos de lá quando eu era pequeno, indo para Irati, no Sul do Paraná. Só cerca de 60 anos depois voltei a Lucélia, quando fui a Dracena dar uma palestra na Faculdade. Passei um dia lá e vi o salão em que funcionou a Igreja Presbiteriana e a casinha em que nasci. Novamente, muito obrigado.
ResponderExcluirCaro Pastor Rev. Anatote,
ResponderExcluirMuito obrigado por suas palavras e referências elogiosas tanto à pessoa como ao trabalho realizado por meu pai Rev. Oscar Chaves.
Numa época em que pouca ou nenhuma atenção e reconhecimento se dá aos que vieram e trabalharam antes de nós, com muito esforço e dedicação, "levando a preciosa semente, andando e chorando...", é animador e reconfortante verificar que existem servos de Deus como o senhor, Caro Pastor Anatote, que ainda tem essa preocupação em seu coração de resgatar o nosso passado e a história de tantos servos de Deus, como o meu pai e outros, que se dedicaram a lançar a semente da Palavra de Deus por todo este nosso Brasil...
Que Deus o abençoe ricamente, Pastor, não somente em seu ministério mas em toda a sua vida, ao lado de sua família e demais queridos seus...!!!
Um grande abraço de seu Amigo e Irmão,
Flávio Chaves
Santo André/SP
flavio.chaves@uol.com.br
Prezados Irmãos,
ResponderExcluirFazer isto é necessário, como convém obedecer a Deus em outras coisas, isto é, não esquecer o mandamento: "Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus te dá.” (Ex. 20.12); do qual, aprendemos desde cedo, ser o único mandamento com promessa (Ef 6.2)
Aprendemos a honrar o nosso pai e a nossa mãe, não somente os nossos pais naturais, mas também todos os superiores em idade e dons, especialmente aqueles que por ordenação divina nos precederam e nos deixaram o legado, os pioneiros, autoridades e familiares, na Igreja ou no Estado. Pois devemos conforme este mandamento dar honra, reverência, ações de graças a Deus por eles, e, ainda imitar suas virtudes, pois procedendo assim, tanto glorificamos a Deus o quanto recebemos de Deus o bem (Ef 6.3).
Alegria, saúde e paz!
Rev. Anatote Lopes