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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

HISTÓRICO DO INICIO DA OBRA PRESBITERIANA EM DRACENA E REGIÃO, ATÉ O DIA DA ORGANIZAÇÃO DA IGREJA.











Histórico do inicio da obra presbiteriana em Dracena e região, até o dia da organização da Igreja. A primeira tentativa de evangelização desta vasta região de Adamantina até o rio Paraná e do rio Feio ao rio do Peixe, foi feita pelo Rev. Oscar Chaves, em Julho de mil novecentos e quarenta e três. Dirigiu-se ele a Maripã, hoje Santa Mercedes, com o fim de ali fundar um trabalho em casa de uma família metodista. Apesar do esforço, o seu plano não foi acolhido. Em agosto de mil novecentos e quarenta e oito o Rev. Josafá Siqueira se dirigiu a Monte Castelo, onde localizou um grupo de pessoas vindas do Ceará, isto é Samuel Nogueira e família, Ana Nogueira e filhos, José Teixeira de Lima e família, Antonio Avelino de Queiroz e família, sendo alguns já membros professos e outros sendo recebidos por ele, e outros, embora amigos do Evangelho, ainda não se filiaram à Igreja. Nessa mesma ocasião visitou Yandara que, naquela ocasião era um patrimônio de grande progresso e para ali se dirigiram alguns crentes presbiterianos a fim de fixarem residência, como o sogro do irmão Salatiel Rocha, este irmão, o irmão Daniel Alvarenga e família, Antonio Ferreira da Silva e outros, com os quais em mil novecentos e quarenta e nove, nos primeiros dias de novembro, organizou uma Escola Dominical com uns vinte matriculados. Em Junho de mil novecentos e quarenta e nove, no dia 7, o Rev. Josafá dirigiu trabalhos também em Junqueirópolis, onde recebeu, por profissão de fé, Antonio Nogueira e família. Outros lugares foram visitados, como Tupi Paulista, Paulicéia, etc., sem se obterem resultados. Durante toda essa época, Dracena ainda não havia tomado impulso e nem se tinha esperança de um dia chegasse a ser uma cidade. Parte da região que a cidade ocupa atualmente já havia sido desmatada, e, principalmente a parte central da cidade era tomada pelo plantio de arroz. Havia poucas casas de trabalhadores rurais, um pequeno botequim, que funcionava numa choça, e uma plaquinha nas imediações da entrada da Avenida Paulista, próxima ao foro com a inscrição: - Dracena. Em mil novecentos e cincoenta e dois, no mês de abril, mudou-se para Dracena a primeira família presbiteriana; o irmão Gentil Rother e sua esposa dona Zilda Silveira Martins. Em um sítio próximo a Jaciporã morava também a irmã Domiciana que juntamente com a família Rother, frequentavam a Igreja Metodista. Em Janeiro de 1954 veio para aqui o irmão José Barbosa que também passou a frequentar a mesma Igreja. Em 1950 veio ocupar este campo o Rev. Augusto Litoldo que aqui só permaneceu um ano, com residência em Lucélia, sede do campo Em Março de 1951 veio o Rev. Orlando Rosa de Oliveira, tendo a mesma sede. O Rev. Orlando estendeu esse campo até o Noroeste, dando assistência desde Lucélia à Yandara e desde Flora Rica até próximo ao rio Tietê. Foi durante essa época que o trabalho missionário começou a tomar aqui um caráter mais estável e permanente, podendo-se vislumbrar bom progresso. Em Julho de 1954 o campo de Lucélia foi fracionado, formando-se então outra sede, escolhendo-se para esse fim a cidade de Dracena. Ficou essa nova sede sob os cuidados do Rev. Orlando. A primeira tentativa de soerguer um trabalho aqui foi feita pelo Rev. Orlando em 1952 quando procurou os elementos constituintes da fima vendedora de lotes, e deles conseguiu gratuitamente um lote e a promessa de 10.000 tijolos para a construção. Em 1953 o Rev. Orlando deu o segundo passo, comprando uma casa de taboas em Yandara, e começou a transportar a mesma para cá e construí-la novamente no terreno supracitado. Essa obra foi consumada no ano seguinte, tendo a mão de obra, em grande parte, sido feita pelo próprio Rev. Orlando. A primeira reunião se realizou no salão inacabado no dia 19 de Março de 1954 com a presença de 13 pessoas que foram as seguinte: Gentil Rother, dona Zilda Morais da Silveira, esposa do senhor Gentil; dona Magdalena Nogueira e seis filhos menores Lázaro Roufh, Albino Fernandes e Orestes Petry, e o pastor. O Sr. Petry acompanhou os hinos com o violino ajudado pelo pastor ao harmônio. No primeiro domingo de maio do mesmo ano, 1954, foi organizada a primeira Escola Dominical, com a presença do pastor, 16 crianças e 5 adultos, as nove horas da manhã. Os cargos foram distribuídos da seguinte maneira: Superintendente Antonio Nogueira, vice José Barbosa, secretário José Dias, professor da classe de adultos, Gentil Rother que teve por substituto Onofre Rosa que era também o tesoureiro. Professora da classe de crianças maiores, dona Zilda, e das criancinhas Ana Dias. Fixando sua residência aqui em 1954, no mês de Julho, o Rev. Orlando deu assistência a esse campo até 1957, quando então passou o mesmo ao Rev. Efigênio Alves de Oliveira. Durante o pastorado deste ultimo foi comprado mais um lote e nele construído um templo de 9 metros por 12, o qual foi inaugurado solenemente em 23 de novembro de 1958. Em sua reunião de Janeiro de 1959 a Junta de Missões Nacionais resolveu organizar o campo em Igreja. Dracena estava sem pastor residente, pois o Rev. Efigênio morava em Adamantina. A Junta estava na expectativa de um obreiro para o campo, visto que os dois campos, de Adamantina e de Dracena eram grandes demais para um obreiro. Havendo a Junta contratado o Rev. Oswaldo Dias de Lacerda, veio o mesmo para aqui, chegando no dia 20 de Março de 1959, tomando posse no campo no dia 22. Começou o mesmo a dar os passos para a organização da Igreja, começando pela organização do fichário, rol de membros e tomando todas as providências necessárias para a consecução desse fato que se deu à 25 de outubro de 1959, havendo a organização da igreja sido presidida pelo Rev. Wilson Nóbrega Lício, tomando parte da mesma os reverendos Efigênio Alves de Oliveira e Oswaldo Dias de Lacerda por ordem da JMN (Junta de Missões Nacionais). Em visita a este campo passaram por aqui os seguintes ministros, antes da “Organização”: José Carlos Nogueira, Celso Assumpção, Osmar Serra e Daniel Mariano da Silva Vieira. Sendo os primeiros como secretários da JMN e os demais em trabalhos especiais. Por ser verdadeiro este “Histórico”, eu secretário da Comissão Organizadora da Igreja Presbiteriana de Dracena, por ordem da Comissão, informei-me e lavrei o mesmo e assino. Rev. Oswaldo Dias de Lacerda.

Extraído do Livro de Atas n° 1 da Igreja Presbiteriana de Dracena, com as correções feitas no texto original usando a palavra “digo” e as informações do “auto de retificação”. Transcrição no estilo e redação original.


sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O OFICIO E O MINISTÉRIO DE DIÁCONO


Diácono do grego: διάκονος, "servo", “ajudante”, "cooperador" e “ministro” são oficiais ou clérigos de igrejas de origens cristãs, nas suas várias denominações. Existe a forma feminina diaconisa. A exatidão do gênero masculino dos substantivos, artigos e verbos nos textos bíblicos originais não deixam dúvida de que a instituição ou ordem originalmente não admite mulheres. Por ser a igreja presbiteriana bíblica não são ordenadas mulheres ao diaconato na IPB, mas, isso não impede que as mulheres cooperem no trabalho de diaconia.

Em algumas tradições denominacionais, o diácono pode ser permanente ou um estágio para a ordenação presbiterial. Na igreja presbiteriana os diáconos devem se sentir chamados para servir e ajudar e não a fazer do diaconato um trampolim político para o presbiterado, pois o presbítero regente deve ter o dom de governo, condições de se relacionar nos concílios da igreja e ajudar auxiliar o pastor no cuidado do rebanho, enquanto o Pastor, o Ministro que, é Presbítero Docente tem a sua formação nos seminários da igreja e são ordenados para o governo, ensino e liturgia da igreja, forma juntamente com os presbíteros regentes o Conselho, presidido pelo Ministro e formado para dirigir a igreja espiritualmente e administrativamente.

O diaconato é instituído na Bíblia, conforme o Espírito Santo deu a Igreja diáconos, confira a narrativa do livro de Atos dos Apóstolos Capítulo 6.1-6 onde são eleitos os sete primeiros diaconos para servir os pobres. As qualificações dos diáconos são expandidas por Paulo nas seguintes passagens:

Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com os bispos e diáconos. (Filipenses 1.1).

Os diáconos igualmente devem ser dignos, homens de palavra, não amigos de muito vinho nem de lucros desonestos. (I Timóteo 3.8).

Devem ser primeiramente experimentados; depois, se não houver nada contra eles, que atuem como diáconos. (I Timóteo 3.10).

O diácono deve ser marido de uma só mulher e governar bem seus filhos e sua própria casa. (I Timóteo 3.12).

Na teologia contemporânea a palavra diaconia apresenta uma diversidade de conotações e representações. No ensino reformado a diaconia significa "servir para mudar a vida das pessoas", no sentido de contribuir para a construção de cidadania dos menos favorecidos. A Junta Diaconal de uma Igreja Local deve ser uma das mais atuantes organizações nas causas sociais de uma cidade.