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quarta-feira, 30 de abril de 2014

CRISTIANISMO NÃO É COMUNISMO
















Anatote Lopes


Essa é a diferença do cristianismo para o comunismo: O comunismo ou marxismo é uma teoria dialética que explica econômica e sociologicamente a pobreza e a sua aplicação concluiu o paraíso utópico construído das cinzas das instituições conservadoras, começando pela tradição cristã; porém, o cristianismo verdadeiro é a força transformadora da sociedade, quanto maior a sua influencia, em escala crescente, proporciona uma melhor distribuição das riquezas, ao contrário da utopia do paraíso comunista, o Reino de Deus cristão ou paraíso é futuro e escatológico, mas também é presente e ético, a sua aplicação se dá pela transformação do homem interior, para que o novo homem se torne um cidadão do céu e um agente transformador do mundo enquanto visa o paraíso futuro e espiritual, o lugar celestial, a vida eterna.

No cristianismo o Reino de Deus está dentro de nós, dentro de nossos corações (Lucas 17:20). O ser humano sem essa renovação interior não pode sequer ajudar aos seus semelhantes, nem por força do Estado totalitário do comunismo e nem por qualquer uma de suas vertentes de base marxista, quer seja o estalinismo, o leninismo, trotskismo, etc.; todas as suas vertentes condenam a religião como opressora e exclui Deus, o mesmo acontece com o neoliberalismo (teoria hibrida, com forte influencia marxista, tentativa de nova formulação do liberalismo). O reino humano que, pretenda a construção de uma sociedade mais justa, torna-se tirano e opressor sem o Reino de Deus dentro do coração de seus idealizadores e gestores. Prova-se pelas Escrituras e pela experiência mundial. “Quando os justos governam, alegra-se o povo; mas quando o ímpio domina, o povo geme.” (Provérbios 29:2).

terça-feira, 29 de abril de 2014

A CANONIZAÇÃO DOS SANTOS DA IGREJA CATÓLICA


Anatote Lopes























A vida santa é muito desejável e ordenada por Deus. Só existe um sentido para a santidade depois da morte: os salvos pela graça de Deus, distintos na piedade e justiça no mundo, foram separados por Deus dos mundanos e reprováveis, estando ainda no mundo; depois de mortos, eles são à priori santos, porque já eram separados para o Senhor e aguardavam a sua volta, agora aguardam no paraíso a ressurreição do corpo para a vida eterna com Cristo. Hoje os santos, também os que estão vivos têm essa expectativa, e pela graça de Deus vivem ou ainda viverão uma vida em santificação do Espírito e obediência a Deus, sendo purificados pelo sangue de Jesus Cristo e justificados somente pela fé (I Pe 1:1, 2; Rm 5:1; Ef 2.8-9).

Quem é verdadeiramente santo depois da morte aguarda a ressurreição em glória, numa condição muito melhor (Lc 16:19-31). Comparada a vida humana: "O que é incomparavelmente melhor" (Fl 1:21). A fé verdadeira entende que os mandamentos de Deus devem ser obedecidos, a caridade para com o próximo e toda justiça não pode ser negligenciada. Teologicamente, dentro da verdadeira Igreja de Cristo, o contrário de santo é hipócrita. Isto é, aquele que honra o Senhor com os lábios, mas o seu coração está longe dele, porque não lhe obedece a Palavra. (Mt 15:8).

Não é mais responsabilidade dos santos mortos o serviço da verdadeira santidade que implica em piedade e justiça, mas é dos santos vivos o dever de socorrer aos necessitados com toda generosidade "orando no Espírito Santo" e realizar a obra de Jesus Cristo enquanto aguardam a sua volta  (Jd 20, 21; At 20:35). A santidade é responsabilidade ordenada por Deus para ser vivida e não para ser sepultada ou transformada em um memorial. Por essa razão afirmo a verdade: ninguém pode ser santo depois da morte no sentido da santidade útil ao povo devoto como acreditam os papistas.

Quando uma tradição cristã diz que uns são santos e os outros não, está dizendo que uns são verdadeiros e os outros são falsos cristãos, uns são santos no mundo e os outros não vivem em santidade, conseguintemente e infelizmente endeusam os que julgam ser obedientes, por terem conseguido algo que não é para todas as pessoas. Assim, aplacam a sua culpa na prática de uma religião hipócrita, não se arrependem verdadeiramente de seus pecados, entregam-se às suas inclinações idolátricas e ao fracasso de toda a comunidade. 

A canonização de um santo não tem base bíblica e nem lógica, primeiro porque sabemos que ela não tem autoridade para tornar uma pessoa santa, pois ou ela é ou não é. Se por um lado reconhecer que uma pessoa viveu em santificação é necessário, é bom para nos lembrar do mandamento do Senhor, para nos estimularmos a nós mesmos a viver em santidade como os santos que são exemplos que, apontam para Cristo (Fl 3:17; I Co 11:1; Ef 5:1), por outro lado, as canonizações se fundamentam em estórias, lendas e crendices do povo que, faz dos santos deuses ou semideuses, atribuem-lhes poderes exclusivamente divino como por exemplo: o poder de conhecer todas as coisas (onisciência); o poder de fazer o que bem quiserem e atender às súplicas do povo e de indivíduos por milagres (onipotência) e estarem presentes nos diversos continentes ouvindo e socorrendo às orações do mundo católico (onipresença).

A maneira própria distorcida e contrária à Bíblia de ver a santidade do catolicismo romano afetou o nosso compromisso e segurança da graça maravilhosa de uma vida em santidade. A santidade não pode ser transformada em uma instituição, oficio, honraria ou qualquer coisa distante da piedade popular, do povo comum, apresentada como um sacrifício humano e uma exceção ou que se faça com ela uma confusão e distorção do verdadeiro culto que deve ser prestado somente a Deus. O único Deus vivo, verdadeiro, santo e eterno nos ordena: "Sede santos como eu sou santo". A santidade está na graça de obedecer a Deus vivendo o aperfeiçoamento em santidade. Ser um santo não é uma benção realizada por um ato canônico político religioso de um colegiado de políticos eclesiástico, mas, se trata de uma benção do céu, concedida pela graça de Deus Pai no Poder do Espírito Santo, pelos merecimentos de Deus Filho e pela purificação no seu sangue derramado na cruz.


sábado, 26 de abril de 2014

LUPILA: CONFLITO DE ESTILO DE VIDA E DE RAÇA
























Vida santa é aprender a viver segundo a Palavra de Deus a perfeita Lei do Amor. 
Anatote Lopes



A Bíblia e a beleza da mulher negra: “Sulamita é distinta das demais mulheres do harém por causa de sua tez morena. Ela afirma e exalta sua beleza negra e assume com orgulho a sua raça (Ct 1.5). As filhas de Jerusalém estão visivelmente admiradas de sua pele (Ct 1.6). Ela é morena, em contraste com as moças do harém, que são brancas. A menina era negra, “como as tendas de Quedar, como as cortinas de Salomão” (Ct 1.5). As tendas de Quedar eram nômades, enegrecidas com o tempo e o uso, e também feitas de pele de cabras negras que tinham pelo escuro e brilhante.” Joaquim Beato, conhecido exegeta, pastor presbiteriano e negro da cidade de Vitória, ES, fez uma observação curiosa sobre esse texto. Para ele, a afirmação: “Eu sou morena e formosa” (Ct 1.5) reafirma o orgulho que ela tem da sua cor negra. Algumas traduções mais antigas carregavam um preconceito sutil ao traduzir: “Estou morena, porém formosa”. “Porém” é uma conjugação adversativa, expressa oposição, dando a impressão de que negra é bela são excludentes. Outra observação que ele fez é que a palavra “morena” revela novamente uma forma de preconceito, quando a intenção seria afirmar a sua raça e que ela ser negra e formosa não são coisas incompatíveis. Por isso sugeriu a seguinte tradução: “Eu sou negra e bonita”. Portanto, o conflito de estilo e raça é outro ponto de controvérsia que podemos encontrar.” (VIEIRA, Samuel. Teologia do Afeto: Como afetividade e espiritualidade se relacionam. São José dos Campos. SV Books, 2013, p. 75). 
Lupila Niong’o (A atriz vencedora do Oscar de melhor atriz coadjuvante no filme “12 anos de escravidão”; nasceu no México, filha de quenianos - Quênia/Africa). Nesta foto Lupila é badalada nas redes sociais como a mulher mais bonita do mundo.

Anatote Lopes

quinta-feira, 24 de abril de 2014

COMO É IMPORTANTE OBEDECER A DEUS


Por Anatote Lopes


Nós obedecemos antes a Deus do que as pessoas? A resposta a esta pergunta é ouvida em palavras, mas a verdade é evidenciada nas nossas atitudes. Embora não reconheçamos, obedecemos muito mais as pessoas. Quando dizemos “para mim em primeiro lugar está Deus, em segundo a minha família e depois a igreja”; ignoramos que a igreja é a comunidade e família dos salvos a serviço de Deus. O discurso citado acompanha o abandono da igreja e consequentemente do serviço a Deus. Demonstra que nossa prioridade é a nossa satisfação. Saímos da igreja por causa das pessoas, por decepção e porque elas não corresponderam às nossas expectativas.

A questão sobre a quem obedecemos não pressupõe uma ordem objetiva, mas, uma motivação que nos impele ou que nos impede. O nosso guia será o nosso próprio espírito humano ou o Espírito Santo? Portanto, se a nossa motivação está nos elogios das pessoas e no prestigio de nossa posição, certamente obedecemos a nossa velha natureza, não estamos motivados pela glória de Deus, seguindo a Jesus Cristo no poder do Espírito Santo, mas fazemos o que bem nos agrada, por isso estamos seguindo pessoas, a nós mesmos em primeiro lugar e não a Deus.

Os discípulos de Jesus afirmaram que estavam dispostos a obedecer a Deus e não a homens com o risco de serem mortos. (At 5:29). O que aconteceu em Atos pode acontecer conosco também: nossas motivações não podem depender da nossa satisfação, mas devem depender do poder do Espírito para enfrentar quaisquer reveses. Disse Jesus: “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte não tereis galardão junto de vosso pai celeste.” (Mt 6:1). A religião hipócrita e inoperante é obviamente condenada. Os pensamentos ímpios ocultos e motivações perversas dos corações são revelados, quando deixamos de servir uns aos outros em amor para servirmos àqueles de quem esperamos uma compensação, conforme Tiago capítulo 2.

Cristo morreu por nós pecadores (Rm 5:8); devemos então pedir ao Senhor que nos conceda manifestar à nova vida em Jesus Cristo (Ef 2:1). Voltemos sempre para Cristo a fim de vivermos a graça de seu perdão servindo aos nossos irmãos por quem ele também morreu na cruz, como está escrito: “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (II Co 5:14-15).

quinta-feira, 17 de abril de 2014

BARRABÁS... APOSTASIA E DESESPERO: A UTOPIA DO IDEALISMO REVOLUCIONÁRIO OU JESUS... FÉ E ESPERANÇA: A CONSUMAÇÃO DA OBRA DE SALVAÇÃO

Por Anatote Lopes


Ao povo já foi dado a liberdade de escolher entre o idealista revolucionário: Barrabás o zelote (militante de um partido judeu nascido da resistência armada nos dias de Jesus.), assassino e ladrão (Mt 27.16; Lc 23.24) e um tipo de “reacionário”: Jesus Cristo, um mestre judeu e carpinteiro, descendente de linhagem Real, favorável ao pagamento de impostos ao poder dominante e dos dízimos ao sistema religioso sacerdotal (Mt 22.21). Também seria considerado um típico “moralista”, posto que viesse Jesus Cristo ao mundo salvar o seu povo dos pecados deles (Mt 1.21)! Jesus também pode ser considerado por alguns um anti-ecumenista e um ascético alienado, pois dizia ser ele mesmo o único Caminho, a Verdade e a Vida para levar os homens a Deus (João 14.6) e que o seu Reino não era deste mundo (João 18.36).

Essa era a grande diferença entre Jesus Cristo e o “Jesus” Barrabás o político a quem o povo deseja: Jesus era divino e humano e se mostrava um líder servo, humilde, resignado e submisso, enquanto Barrabás se mostrava super-humano, forte e heroico, mas ele era totalmente humano e pecador e Jesus era o próprio Deus encarnado e completamente santo.

Barrabás era um lutador corrupto e sanguinário em nome da justiça social e da revolução e Jesus veio derramar o seu próprio sangue para salvar os pecadores de seus pecados. Barrabás estava sempre disposto a pegar em armas para derramar sangue pela libertação política de seu povo, enquanto Jesus resistiu todas as tentações da violência, do poder, da glória e do populismo (Mt 4; Lc 9.54).

Jesus disse que reinaria dentro dos corações de seus seguidores (Lc 17.21). Ele explica o motivo de seu povo e suas autoridades não o apoiar pelo fato de seu Reino não ser deste mundo (João 18.36). Quando Pilatos perguntou ao povo: “Qual dos dois quereis que eu solte; Barrabás ou Jesus?” A grande multidão reunida à porta do palácio gritou: “Solta-nos Barrabás!”. (Lc 23). Pilatos insistiu dizendo: “Mas que mal fez o Nazareno? Pois na verdade eu não encontrei nele crime algum que mereça ser castigado com a morte. Vou castigá-lo e deixá-lo ir!”

O povo instigado por aqueles que viam a Jesus Cristo como uma ameaça, por não pertencer o Mestre aos seus partidos políticos e aos seus grupos filosóficos e religiosos, instava com gritos e gestos à autoridade pedindo que o mesmo fosse crucificado. Pilatos não suportou a pressão da multidão em êxtase e mandou soltar o guerrilheiro criminoso e entregou Jesus Cristo, o Príncipe da Paz, um inocente, aos seus inimigos, para fazerem dele o que quisessem.

Colocaram uma cruz pesada de madeira sobre os ombros de Jesus e o torturaram com palavras humilhantes e açoites de chicotes especialmente feitos para a tortura. Jesus seguiu uma via dolorosa em direção ao lugar em que foi crucificado para salvar o seu povo dos pecados deles. Um camponês de Cirene chamado Simão, que vinha do seu trabalho, foi obrigado a carregar essa cruz por um pouco, quando Jesus estava muito cansado.

Muitas mulheres choravam e lamentavam o que estava acontecendo; foi quando Jesus, disse a elas uma profecia sobre um cerco militar contra Jerusalém que aconteceu aproximadamente 30 anos depois, dando um fim ao ultimo foco da guerrilha revolucionária hebraica: “Não choreis por mim, filhas de Jerusalém! Chorai por vós mesmas e por vossos filhos. Porque Jerusalém será sitiada e ai das grávidas e das que amamentam, pois não terão com que se alimentar nem alimentar seus filhos!”

Quando chegaram ao lugar chamado calvário ou gólgota, ali o crucificaram entre dois malfeitores. Um deles blasfemava dizendo: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também!” O outro, porém, o repreendeu dizendo: “Nem ao menos temes a Deus? Nós na verdade estamos sendo castigados porque somos criminosos mas este, que mal fez?” E olhando para Jesus disse: “Lembra-te de mim quando entrares no teu reino!” Jesus então respondeu: “Em verdade te digo que hoje mesmo estarás comigo no paraíso!”

Aproximava-se o meio dia, de repente, em pleno dia começou a escurecer! Aconteceu que rapidamente toda a cidade ficou em trevas e assim permaneceu por quase três horas. O véu do santuário se rasgou e Jesus exclamou bem alto: “Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?”. Em seguida disse: “está consumado” e “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito!” e morreu.

Jesus se deixou humilhar, mas permaneceu obediente até a morte de cruz. A terra tremeu. E um oficial da guarda do exercito romano, percebendo os sinais disse: “Verdadeiramente este era o filho de Deus!”

Um dos sacerdotes que creram nele, sendo um homem muito rico e respeitável da elite judaica e também um discípulo de Jesus, chamado José de Arimatéia, ofereceu-lhe um sepultamento luxuoso para aquele tempo; obteve autorização para que tirasse da cruz o corpo de Jesus, o envolvesse com um lençol de linho e o depositasse em um jazigo aberto na rocha (Is 53.9; Mt 27.57).

Findaram-se os tempos de seu calvário! Iniciaram-se os tempos de glória de Jesus! Após ter sido consumada a obra da salvação para todos os seus seguidores. O nosso Senhor Jesus Cristo, totalmente divino e totalmente humano, Deus perfeito e homem perfeito, duas naturezas um só redentor ressurreto e glorificado. Ressurgiu, aparecendo às mulheres, aos apóstolos e discípulos e a mais de quinhentas testemunhas da ressurreição e também de sua ascensão aos Céus.

Jesus Cristo está vivo e reina para sempre em nossos corações! Reinará nos corações de todos quantos se arrependerem de seus pecados e receberem o perdão divino, crerem no Seu Santo Nome e entrarem no Seu Reino. Os seus súditos esperam a Sua volta, quando finalmente reinará sobre todos os povos, governantes e juízes da terra. Ele nos concede a adoção de filhos de Deus, sendo o mesmo nosso Senhor Deus e salvador Jesus Cristo que, no poder do Espírito Santo nos alcançou e nos convenceu do pecado, da morte e do juízo para que entrássemos no Reino de Deus.

É necessário entender que Jesus Cristo é mais que o líder ou o carpinteiro de Nazaré, aceitar que Ele é um salvador de não se sabe o quê, pois não reconhecemos nossa perdição e nossos pecados, não será suficiente! Mas será suficiente crer que fomos escolhidos para que pela graça fossemos salvos, mediante uma fé viva e verdadeira que recebemos do Espírito Santo, a ponto de respondermos à pregação que chama ao arrependimento (Mt 4.17; Mc 1.15, 2.17; Lc 5.31-32; Mt 9.12-13) e à reconciliação com Deus nos rendendo totalmente a Jesus Cristo, o autor da obra da nossa Salvação.

terça-feira, 15 de abril de 2014

sábado, 12 de abril de 2014

REINA O SENHOR EM NOSSOS CORAÇÕES












Jesus Cristo segue pelo caminho que passa pela pequena aldeia de Betfagé, onde consegue o jumentinho para a sua entrada em Jerusalém; é aclamado rei como foi Salomão (I Rs 1.33). O nosso Senhor segue em direção ao majestoso templo construído por Herodes, o Grande. A multidão o cerca por todos os lados e cantam bem alto “Halleluia Eloim” (Sl 118.1; 24-26), canção tradicionalmente ensinada às crianças para a Festa dos Tabernáculos: “Aleluia! Louvai ao Senhor, porque ele é bom, porque a sua misericórdia dura para sempre!... Este é o dia que o Senhor fez, regozijemo-nos e alegremo-nos nele! Hosana!” (quer dizer: Salva-nos, te rogamos); a boa nova surge da boca dos pequeninos, trata-se da aclamação à Jesus Cristo: “Hosana ao filho de Davi, bendito o que vem em nome do Senhor! Halleluia Eloim”. O povo todo canta exultante, as pessoas atiram suas capas e ramos de palmeiras pelo caminho por onde Jesus passava. A cidade está em alvoroço, Jesus entra no templo aclamado Rei, os religiosos dali perguntam: Quem é este? E as multidões gritam: “Este é o profeta Jesus de Nazaré”.

Os maiorais do templo se enciumam e pedem a Jesus: “Mestre! Manda que esses teus seguidores se calem!” Jesus, porém respondeu: “Se estes se calarem, as próprias pedras clamarão!” Estes religiosos são os fariseus, autoridades do templo, mas ninguém os obedeceu (não se deram conta que, àquele que é Senhor sobre todos estava presente), entre si disseram: “Não adianta nada querermos conter essas manifestações, pois todo o mundo vai após ele!” Os fariseus deveriam também segui-lo, mas ficam decepcionados e enfurecidos e se retiram. A noite se aproximava, o Mestre se despede da multidão dando lhes a benção, retira-se para Betânia com seus discípulos.

Somos súditos do Rei Jesus?

Oramos o Pai Nosso dizendo: “Venha o teu reino”? O seu reino, é o Reino de verdade, justiça, solidariedade, amor e paz. Neste mundo nós andamos sem tempo de servirmos ao “nosso” rei... Mas será que Ele aceita as nossas desculpas esfarrapadas para vivermos em busca de nossos próprios interesses, necessidades e desejos? Será que Ele se convence quando nós culpamos aos outros diante da nossa própria frieza espiritual, negligencia e desobediência ao Rei?

Diante das injustiças sociais, do ódio, das guerras e da hipocrisia em vez de sal da terra e luz do mundo, de fermento para transformamos a massa, em vez de sermos agentes de mudança, nós é que somos mudados pelo mundo a cada dia à semelhança dos infiéis, corruptos, e, somos emudecidos pelo medo, pela acomodação e pela conivência? Por que nos omitimos? Por que abdicamos da nossa missão de chamar o mundo ao arrependimento? De anunciar o perdão e a nova vida no Reino de verdade, justiça, solidariedade, amor e paz? Por que deixamos de agir na prática do amor (Sl 1.1)? Da generosidade para com os necessitados? Por quê? Por que se de Deus temos sido supridos de tudo, nos esquecemos de nossa missão que inclui os famintos e excluídos, aqueles que vivem no mundo sem amor, sem casa, sem lar, sem ninguém, sem esperança...

Oremos sempre, pois muito pode por sua eficácia a oração do justo (Tg 5.16); mas somos desafiados a provarmos a nossa fé. “Ninguém vos engane” (Gl 6.7). Será que fomos enganados por um falso evangelho para vivermos uma mentira? Por um falso testemunho de palavras e de obras? Será que temos fé viva e verdadeira? Se ela tem se tornado inoperante, não é por quê está morta? A fé sem obras é morta. (Tiago 2.14-26). Que o Senhor nos faça humildes como o jumentinho, um animalzinho de carga útil, a fim de levarmos o Rei Jesus ao mundo de injustiças e adversidades pela pregação do evangelho (Mc 16.15), pela Palavra e pelas atitudes que podem servir para ganhar a muitos, até mesmo sem palavras (1 Pe 3.1); trazendo o evangelho antes em nossos corações, vivamos e anunciemos ao mundo inteiro.