Total de visualizações de página

sexta-feira, 27 de abril de 2012

A RESISTÊNCIA AO MUNDO FIRMADA NA BÍBLIA COM ORAÇÃO E TRABALHO


A influência do mundo na vida dos fieis e da Igreja, também chamada de secularização, ameaça pelo desprezo da Bíblia, pelo entretenimento religioso, consequentemente pela rotina e pela falta de objetivos.
A Epístola aos Efésios é endereçada as diversas comunidades consolidadas, mas ameaçadas pela rotina e pela aparente falta de objetivos devido ao contato com o mundo pagão. Diante das ameaças da perseguição, do perigo de sucumbir à rotina da vida mundana e do ritualismo religioso sem propósito, os cristãos de Éfeso são chamados a lutar. O apóstolo exorta aos crentes a resistir, vestindo-se com a armadura de Deus para este combate contra o paganismo. A luta continua nos nossos dias ainda mais acirrada. A Palavra de Deus e a oração são as principais armas necessárias para resistir.
 A Igreja Reformada com o seu foco no Reino de Deus, na justificação por graça e fé (Romanos 1.17), vive momentos de reavaliar a rotina em que vivem e de resistir o ativismo e a tudo que se opõe a reflexão e a obediência ao ensino das Escrituras, a adoração comunitária e a vida de oração e louvor. A igreja precisa se replanejar, e, também individualmente cada irmão e irmã precisa se comprometer, pois, acima de qualquer outro compromisso está o Reino de Deus, e, obviamente o projeto da igreja é compreendido como um empreendimento do Reino de Deus, pois uma igreja que não faça parte do projeto do Reino de Deus deve fechar.
Um projeto significa: objetivos claros. Somos uma comunidade que planeja suas atividades e têm clareza confessional. Estou certo que uma comunidade que procura estratégias, imita ações de outras, pautam-se por estratégias de marketing e técnicas psicológicas não faz a diferença, pois o mundo está cheio disso. Todo esse esforço humano para promover a instituição no mundo pela secularização da igreja pode virar cansaço e desanimo.
Nosso trabalho comprometido e alicerçado na Palavra de Deus, ainda que também seja ameaçado pelo cansaço e pelo desanimo, é acompanhado da fortaleza, coragem, poder e da essência do Evangelho, mas principalmente da segurança para resistência na missão: a oração. Até o nosso Senhor, conduziu-se na sua missão com oração. Os apóstolos foram amparados mediante a oração e encontraram refugio e alimento para as suas almas.
Trabalhemos e oremos, façamos a diferença no mundo. O Senhor se aproxima! Que a misericórdia do nosso Deus nos livre da rotina da nossa casa, dos nossos interesses individuais e do ativismo das nossas agendas que nos impedem servir ao nosso Senhor comprometidos, dedicados e em espírito, orando fervorosamente e servindo diligentemente em nome do Senhor Jesus.  

Rev. Anatote Lopes
  

quinta-feira, 19 de abril de 2012

MAIS QUE SERVOS, SOMOS AMIGOS DE JESUS

Alguns dizem que são de Cristo, outros que são de alguma igreja, mas Cristo disse, “vos sois o Sal da Terra” (Mateus 5.13), e, se no Brasil, por exemplo, os mais de 20% da população que se diz evangélicos fosse o “sal da terra”, haveria uma proporção muito boa de sal para temperar e não permitir tanta podridão. Se os mais de 90% que se dizem cristãos fossem verdadeiramente cristãos, o Brasil não teria tanta imoralidade, corrupção, violência, injustiça e outras coisas horrorosas típicas de um povo que vive em inimizade contra Deus. Logo, nem todo o que se diz cristão é amigo de Cristo, o Filho de Deus.
Em João 15.14 Jesus diz: “Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.” Essas palavras de Jesus nos desafiam a obedecê-lo, pois como vou recusar uma amizade que foi conquistada em um relacionamento desde a minha existência no ventre materno, quando eu ainda era um embrião (Salmo 139.13-16); afinal, Ele é Deus e eu uma criação especial dele.
Ele disse que é nosso amigo porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas Ele sendo Senhor, Criador de todas as coisas e Autor da vida, o próprio Deus, encarna-se, revela-se, comunica o seu amor, o plano de Salvação e nos ensina o caminho do amor; não do amor bestial, egoísta e degenerado dos seres humanos depravados que buscam o seu próprio interesse, pois o homem sem Deus não sabe o que é amor! Estou falando do amor altruísta e abnegado de quem dá sua própria vida para salvar aqueles a quem ama, sendo seus amados pecadores e seus próprios inimigos.
Deus nos transforma. Dessa transformação participam apenas aqueles nos quais opera o Espírito Santo, e, isso começa ou se identifica no arrependimento e crença na verdade do Evangelho conforme as Escrituras. Infelizes os hipócritas, os ateus e todos os perdidos que não creram verdadeiramente no Evangelho da verdade conforme a Bíblia, se não se arrependerem certificarão da verdade no futuro quando for tarde demais.
Onde o Evangelho é pregado, pessoas são atraídas pelo Espírito Santo, e, recebem da mesma fé, mediante a qual, são confirmados entre os salvos pela graça, os salvos reunidos, formam com todos os salvos a “comunhão dos santos”: a verdadeira Igreja de Jesus Cristo. Não falo de igrejas como de denominação católicas, protestantes, nacionais, importadas, novas ou antigas, mas simplesmente da única, santa, católica e apostólica Igreja de Jesus Cristo, a qual reúne todos os que creram no mesmo Evangelho e nasceram de novo.
Os nascidos de novo, são os regenerados, nascidos do arrependimento e da fé, da água e do Espírito, são os nascidos como amigos e amigas de Jesus Cristo, àqueles que fizerem o que Ele manda, pois se crerem no Evangelho, não importando qual igreja escolherem para viver a comunhão dos santos em Cristo no mundo se tornarão amigos de Deus e membros da família da fé.
Uma igreja é indispensável, pois a comunhão dos santos é promovida pelo Evangelho verdadeiro e vivida comunitariamente na prática dos mandamentos deste Evangelho; na igreja estão disponíveis para a comunidade da fé os meios de graça da Oração, da Pregação Fiel da Palavra de Deus (Exposição Bíblica) e da Administração Fiel dos Sacramentos ou Ordenanças de Jesus Cristo (Batismo e Ceia do Senhor (Eucaristia)).
Os salvos são atraídos pelo Espírito Santo ao convívio e amizade com Cristo no seu corpo que é a Igreja e são preparados e capacitados para viverem como amigos e amigas de Cristo. Os que são realmente de Cristo são fortalecidos e crescem espiritualmente, porém, não sem dificuldades, mas com a segurança da salvação em Cristo, pois Jesus diz: “Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu quem os escolhi para que vão e deis fruto” (João 15.16). Isso significa que sabemos que somos evidentemente escolhidos de Deus, não apenas baseados na doutrina da eleição, mas em consequência de termos sido eleitos, fomos confirmados ou reconhecidos pelo fruto do Espírito (Gálatas 5.22-25).
Para dar muito fruto precisamos estar e continuar no seu amor (João 15.9), como um galho na videira que é Jesus Cristo, pois “sem mim vocês não podem fazer nada” (João 15.5), disse nosso Senhor. Os verdadeiros amigos do filho de Deus aprendem a conhecer e a observar os mandamentos do Autor e Consumador da fé: nosso Senhor Jesus Cristo; são pessoas sóbrias e humildes, têm os corações e mentes iluminados, pois conhecem e seguem principalmente este mandamento: amem uns aos outros como Jesus ama vocês (João 13.34). Não estão preocupados em ostentação de poder e de conhecimento, nem de realização de espetáculos, nem propaganda de benefícios de curas e de prosperidades, mas transmitem uma mensagem de amor, fé e esperança. Sem o conteúdo do Evangelho não existe amor, fé e esperança verdadeiros.
Os amigos de Jesus transmitem palavras de carinho, e vivem o amor de Deus em comunidade, que são igrejas; ninguém pode ser a Igreja sozinho ou sozinha, é incoerente com o próprio sentido da palavra. Às vezes as igrejas se envolvem em tantos programas que não sobra tempo para praticar o amor, às vezes se esquecem do amor que receberam e do dever de compartilhar, isto é incoerente com o que ensina o Senhor e Fundador da Igreja, o que mais importa para o Senhor e Ele quer que seja praticado por seus amigos é o amor segundo o modelo que Ele nos deu para a vida e para a adoração. A adoração comunitária a Deus que Jesus nos ensinou, e para a qual, Ele nos chama é prestada de forma simples e sincera, é muito mais interior do que exteriormente percebida ou expressada, pois é “em espírito e em verdade” (João 4.25).
Os cristãos são desafiados a avaliar a maneira de ser Igreja e de viver e atuar como Jesus espera de seus amigos, pois se Cristo nos escolheu, antes mesmo de nós nascermos, nos conquistou e salvou com seu poder por graça somente, também por graça devemos viver com amor e gratidão, entregando o nosso coração em amor a Deus e aos outros como o exemplo de Jesus Cristo, e, assim como Jesus ressuscitou em paz e glória eterna, também não nos negará a paz e a vida eterna.

Delegado indignado com a impunidade no Brasil desabafa na TV, denuncia magistrados e pede transferência

quarta-feira, 11 de abril de 2012

DESOBEDIÊNCIA CIVIL E CORAGEM PARA DIZER NÃO SIGNIFICA FIDELIDADE AO PROJETO DE DEUS

Os protestantes estão prontos para desobedecer; estão prontos para dizer NÃO; pelo menos os que verdadeiramente são cristãos protestantes.

Não concordamos com a imoralidade financiada pelo governo, vamos dizer NÃO a promiscuidade, NÃO a prostituição, NÃO ao ABORTO, e, defender a fé cristã, a família segundo a Bíblia, o direito de expor a BÍBLIA, mesmo que cause desconforto aos que não concordam ou não compreendem a mensagem do Reino de Deus: “Arrependam-se e creiam nas boas novas!” (Marcos 1.15; Texto bíblico: NVI).

Não aceitaremos mordaças aos estudantes e aos intelectuais cristãos nas escolas e universidades, não se calarão ante ao ateísmo considerado científico e inteligente, pois isso é falso; o ateísmo, muitas vezes, é político e religioso, mas é sempre, e no mínimo filosófico e anticientífico!

Não estamos enfraquecidos pelas ameaças, porque sempre tivemos os problemas atuais e nunca desanimamos, sempre sofremos os perigos do esfriamento, das perseguições e dos falsos profetas, pois sempre enfrentamos inimigos externos e internos e nunca desistimos.

O padre romano que chamou os protestantes de “idiotas” e “arrogantes” por questões relacionadas ao papel medianeiro de Maria, reconheceu que a voz protestante continua contrária e representando o pensamento cristão, como uma temida “voz profética”, enquanto parte do clero papista, tornou-se “teólogos de corte”. Não estamos felizes com isso, pois desejamos o despertar e a unidade de todos os cristãos contra o avanço da institucionalização da iniquidade.

Os apóstolos foram presos enquanto ensinavam sobre Cristo. Mas foram libertos por um anjo que abriu a porta do cárcere, e, em vez de se acovardarem e se esconderem eles foram ao templo dominado pelos inimigos da Verdade e anunciaram a nova vida em Jesus Cristo (Atos 5.12-32). Foram presos novamente, Pedro e João, os quais eram tão grandes em audácia para proclamar a fé, sustentá-la a custa de suas próprias vidas que, as autoridades, embora tivessem poder para matá-los, temeram ser apedrejados pelo povo. Os apóstolos receberam “ordens expressas” para que não ensinassem em o NOME DE JESUS (Atos 5.28); no entanto a resposta estava ponta da língua: “É PRECISO OBEDECER ANTES A DEUS DO QUE AOS HOMENS!”. (Atos 5.29).

Que desejável manifestação de coragem! Mesmo ameaçados não recuaram!

Mesmo envergonhados por falsos irmãos, injustiçados por nossos inimigos, perseguidos sim, nem sempre com ameaças de morte, mas de sermos tratados com discriminação, considerados ultrapassados, obtusos, ignorantes, loucos, arrolados como desonestos com alguns, um grande número de cristãos verdadeiros resistem, pela força que não vem de si mesmos, mas do Espírito Santo.

O que aconteceu com os apóstolos no primeiro século pode acontecer com qualquer um de nós, mas também podemos tomados pelo Espírito do Senhor enfrentar quaisquer circunstâncias, perseguições, discriminação, ataques diversos no cumprimento da missão que o Senhor NOS confiou. 

sábado, 7 de abril de 2012

FILHOS APRENDAM FAZER A ESCOLHA CERTA

DEPOIS DAS TREVAS A LUZ

Por Anatote Lopes



Tecnicamente, qual é o dia de celebrar a PÁSCOA? Todo dia. A forma bíblica de celebrar a páscoa é nos reunirmos na igreja para a Ceia do Senhor. (I Co 11.26). A redenção existe onde há reconhecimento de culpa, perdão e graça; não existe redenção no isolamento das trevas do ódio e da amargura. A restauração foi feita como um favor imerecido para que, por meio de Jesus Cristo, nós recebêssemos a adoção de filhos na família de Deus.


Nós, cristãos protestantes, cremos que, no Cristo crucificado Deus substituiu cada um de nós. Ele levou sobre si os nossos pecados, morrendo em nosso lugar sem pecado algum, sofrendo a nossa morte, a condenação que nós merecíamos. Crer na salvação pela “Graça somente” SOLA GRATIA é uma marca distintiva e emblemática das igrejas reformadas.

A história da nossa redenção começa com o anuncio do nascimento de Jesus Cristo, seguido de sua encarnação ou nascimento; por isso os cristãos reformados também celebram o NATAL. Alguns evangélicos tem pavor da cruz, rejeitam festas cristãs como a páscoa e o natal por desprezo pela tradição e ignorância histórica e bíblica.

A cruz é um marco especial e simbólico da nossa redenção; pois, sem cruz não teríamos redenção e vida eterna com Deus. Como está escrito: “mas Deus prova seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos 5.8). Só pela morte do Filho de Deus nossos pecados receberam perdão.

Deus, o Pai, é amor em si mesmo, Ele doa seu próprio filho em amor e graça. Este amor não pode ser medido, porque é um amor demonstrado por inimigos, e por uma humanidade pecaminosa através de uma cruz. Tão somente por amor satisfez plenamente por nós essa necessidade; o nosso Salvador padeceu até a morte, trazendo-nos a redenção por meio da sua morte na Cruz.

Celebramos a Páscoa porque cremos na mensagem de amor e paz, confirmada na Páscoa. Nela somos animados a olhar para frente com esperança. Diante das dificuldades encontramos coragem e disposição.

A mensagem da páscoa vem como luz para um mundo em trevas, violência e morte. Como nosso Senhor Jesus Cristo, nós, às vezes passamos por uma escuridão sepulcral, por um túmulo escuro, mas o Pai celeste que resgatou o seu Filho e derrotou o poder das trevas, agindo assim, por Ele alcançou cada um de nós com a sua maravilhosa luz.

A luz de Cristo brilha no meio da escuridão do túmulo vazio. Assim como a luz de Cristo iluminou aquela sepultura, também pode iluminar as trevas dos nossos corações dissipando a escuridão da desesperança, da incredulidade, da ausência de amor e de perdão. Por isso podemos glorificar e louvar Seu santo nome, como na máxima latina utilizada por Calvino: POST TENEBRAS LUX, ou seja, DEPOIS DAS TREVAS A LUZ.