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quinta-feira, 11 de julho de 2024

A COLHEITA COMPARTILHADA

A COLHEITA COMPARTILHADA


Não aborrecerás teu irmão no teu íntimo; mas repreenderás o teu próximo e, por causa dele, não levarás sobre ti pecado.” 

Levíticos 19.17


Anatote Lopes da Silva

O pecado é a causa de sofrimentos, fome, enfermidades, conflitos entre irmãos, guerras entre nações, e de tudo que gera morte. A Lei da Semeadura é implacável: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” (Gl 6.7). Pecados sempre têm consequências. A semeadura do pecado quase sempre é feita em segredo, mas o seu fruto é sempre colhido em escândalo público. Inevitavelmente, ainda que a semeadura seja individual a colheita será sempre compartilhada; ninguém colhe sozinho o fruto do pecado. A nação colhe o fruto dos pecados dos governantes; os membros da igreja dos seus oficiais; os filhos dos pecados dos pais, etc.; mas, infelizmente, o pecado dentro da igreja tem sido tratado como um problema pessoal de cada indivíduo e não de toda igreja. Quando os membros descobrem que alguém está vivendo em pecado agem como se isso fosse indiferente para nós. Agimos como se não houvesse nada de errado com a igreja. Mas não é isso que a Bíblia ensina.

Deus nos ensina em Levíticos 19.17 que, devemos repreender com franqueza o nosso próximo para que, por causa dele não soframos as consequências de um pecado. Moisés tinha consciência da depravação total e suas consequências; no entanto, este conhecimento resultou em resistência e não acomodação ao pecado. Quando Acã, filho de Zera, cometeu pecado de infidelidade no tocante as coisas condenadas, e a ira de Deus se acendeu contra os filhos de Israel, aquele homem não morreu sozinho na sua iniquidade (Js 7.1, 19). Essa passagem nos ensina muito sobre as consequências coletivas dos nossos atos pecaminosos.

Cada um de nós deve se arrepender dos seus próprios pecados e ajudar aos outros; os escolhidos de Deus resistem o pecado e apoiam-se mutuamente na lutam contra o pecado. Todos os verdadeiros cristãos estão engajados nessa luta e podem ajudar uns aos outros com esperança na graça de Deus: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.” (Fp 1.6). Devemos fazer a coisa certa e ajudar uns aos outros; mostrar com amor aos nossos irmãos que, o que eles estão fazendo é errado e precisam mudar; e, que nós estamos prontos para ajuda-los. A nossa disposição de ajudar é muito importante para toda igreja e para cada um de nós.

sábado, 6 de julho de 2024

O PODER LIBERTADOR DA PALAVRA DIRETA E SINCERA

O PODER LIBERTADOR DA  PALAVRA DIRETA E SINCERA


Chegada a tarde, trouxeram-lhe muitos endemoninhados; e ele meramente com a palavra expeliu os espíritos e curou todos os que estavam doentes;” Mt 8.16

Anatote Lopes

Jesus com a palavra libertou os endemoninhados e curou os enfermos (Mt 8.16). Chamando os doze, “deu-lhes Jesus autoridade sobre espíritos imundos para os expelir e para curar toda sorte de doenças e enfermidades” (10.1). Todos nós estamos sujeitos ao sofrimento por algum tempo ou até o final de nossas vidas, mas “Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no Maligno.” (1Jo 5.18). Existe uma condição espe-cial na qual se encontram aqueles que pertencem a Deus; não sofrerão eternamente: “Sabemos que todo aquele que é nascido de Deus não vive em pecado; antes, Aquele que nasceu de Deus o guarda, e o Maligno não lhe toca.” (1Jo 5.19). Eles nascem de Deus e se distinguem do mundo inteiro, porque não vivem em pecado. Porque Cristo é “Aquele” com letra maiúscula, que é nascido de Deus, quem guarda do Maligno todo “aquele” que é nascido de Deus. Logo, vive para Deus e não estará sob o poder e escravidão do pecado e do diabo.

A Bíblia não precisa ser mudada em nada, nós é que precisamos mudar. Ela ensina que o evangelho não é segundo o homem (Gl 1.11), porque não se conforma aos pensamentos dos homens para acomodar o pecado (1Pd 1.25). O pecado nos afasta de Deus (Is 59.2); consequentemente vêm sobre nós muitas perturbações, terrores, medo e culpa. Tornamo-nos presas fáceis dos charlatões que exploram nossos medos e fragilidades oferecendo “libertação” como mais um produto no mercado. Por isso não evitamos falar a verdade sobre o diabo e o pecado: “Porque nós não estamos, como tantos outros, mercadejando a palavra de Deus; antes, em Cristo é que falamos na presença de Deus, com sinceridade e da parte do próprio Deus.” (2Co 2.17).

Os espíritos malignos existem e devem ser enfrentados pela oração e pelo jejum (Mt 17.21). Eles escravizam as pessoas com o engano de falsos profetas e mestres (Mt 21.11), com confusão, opressão e possessão. Sabemos que o poder para vencê-los não está em nós como ensinam os coaches. Muitos têm se afastado da igreja e trocado o Evangelho que pregamos por ensinos de homens. O que a Bíblia ensina que é o poder de Deus para nos salvar? Como está escrito: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê” (Rm 1.16). Como imitadores de Cristo, nosso maior ato de amor é pregarmos de forma direta e sincera, assim como Jesus e os apóstolos: “dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos e crede no evangelho.” (Mc 1.15).