A COLHEITA COMPARTILHADA
“Não aborrecerás teu irmão no teu íntimo; mas repreenderás o teu próximo e, por causa dele, não levarás sobre ti pecado.”
Levíticos 19.17
Anatote Lopes da Silva
O pecado é a causa de sofrimentos, fome, enfermidades, conflitos entre irmãos, guerras entre nações, e de tudo que gera morte. A Lei da Semeadura é implacável: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.” (Gl 6.7). Pecados sempre têm consequências. A semeadura do pecado quase sempre é feita em segredo, mas o seu fruto é sempre colhido em escândalo público. Inevitavelmente, ainda que a semeadura seja individual a colheita será sempre compartilhada; ninguém colhe sozinho o fruto do pecado. A nação colhe o fruto dos pecados dos governantes; os membros da igreja dos seus oficiais; os filhos dos pecados dos pais, etc.; mas, infelizmente, o pecado dentro da igreja tem sido tratado como um problema pessoal de cada indivíduo e não de toda igreja. Quando os membros descobrem que alguém está vivendo em pecado agem como se isso fosse indiferente para nós. Agimos como se não houvesse nada de errado com a igreja. Mas não é isso que a Bíblia ensina.
Deus nos ensina em Levíticos 19.17 que, devemos repreender com franqueza o nosso próximo para que, por causa dele não soframos as consequências de um pecado. Moisés tinha consciência da depravação total e suas consequências; no entanto, este conhecimento resultou em resistência e não acomodação ao pecado. Quando Acã, filho de Zera, cometeu pecado de infidelidade no tocante as coisas condenadas, e a ira de Deus se acendeu contra os filhos de Israel, aquele homem não morreu sozinho na sua iniquidade (Js 7.1, 19). Essa passagem nos ensina muito sobre as consequências coletivas dos nossos atos pecaminosos.
Cada um de nós deve se arrepender dos seus próprios pecados e ajudar aos outros; os escolhidos de Deus resistem o pecado e apoiam-se mutuamente na lutam contra o pecado. Todos os verdadeiros cristãos estão engajados nessa luta e podem ajudar uns aos outros com esperança na graça de Deus: “Estou plenamente certo de que aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus.” (Fp 1.6). Devemos fazer a coisa certa e ajudar uns aos outros; mostrar com amor aos nossos irmãos que, o que eles estão fazendo é errado e precisam mudar; e, que nós estamos prontos para ajuda-los. A nossa disposição de ajudar é muito importante para toda igreja e para cada um de nós.