Total de visualizações de página

quarta-feira, 16 de outubro de 2024

A VIDA E A MÚSICA AFINADAS

A VIDA E A MÚSICA AFINADAS

“Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras.” Amós 5.23
Anatote Lopes da Silva

A música é uma bênção de Deus para toda humanidade. Encontramos seu uso diário e na adoração a Deus, de Gênesis a Apocalipse. Ela expressa a cultura de indivíduos e comunidades. Quando ela é produzida em uma comunidade e introduzida em outra, a cultura de onde ela foi produzida transpassa de uma para outra. Cada indivíduo é influenciado pela música que ouve; seja secular ou cristã. A influência da música é poderosa por si mesma, com seu ritmo e harmonia. Imagina, esse poder intencionalmente associado à letra! A música se torna o fluido condutor da palavra que forma uma mentalidade e uma visão de Deus e do mundo. A música secular é imediatamente rejeitada pela igreja por seu conteúdo óbvio. Mas, as músicas das seitas têm sua influência subestimada.

O avanço das novas tecnologias e mídias sociais promoveu nossa interconexão com comunidades que falharam em reconhecer a importância das Escrituras. Precisamos, como nunca antes, conservar nossas canções antigas. O conteúdo bíblico tem mantido a posição elevada da hinologia do povo de Deus ao longo da história. Contudo, precisamos cantar a uma nova geração com novas letras e canções; cantar um novo cântico ao Senhor que seja bíblico, o que o Senhor “pôs nos nossos lábios” (Sl 40.3). O conteúdo bíblico cantado no contexto apropriado é a Palavra de Deus. Devemos descartar algumas músicas pela letra, porque, a maioria não canta a Palavra de Deus e avaliar, cuidadosamente, a instrumentalização, o ritmo e a harmonia das músicas.

Observe a história de cada um dos nossos hinos; foram escritos por cristãos piedosos que ao longo dos tempos têm sido uma bênção para a igreja. Logo, os músicos que conduzem o cântico devem ser antes cristãos piedosos que afinam sua vida e obediência às palavras de fé e compromisso que professaram e que, vivam o que cantam. Como pregadores que vivem o que pregam. Se não estarão diante de Deus e dos irmãos mentindo, ainda que cantem uma verdade bíblica. Portanto, todos os cristãos e líderes da igreja devem ser escrupulosos, não somente quanto ao cântico sagrado, mas pelas suas vidas consagradas e pelo testemunho fiel.

Os músicos devem submeter-se à supervisão do pastor que tem o dever de examinar as músicas e garantir que sejam fiéis à Bíblia e atendam ao propósito adequado na adoração. Não raro, a impureza vem disfarçada de ajuda, a fim de alcançarmos melhores resultados e tornarmos o culto mais espiritual ou atraente. Mas, Deus despreza o canto e a suposta adoração se não vierem de um coração verdadeiramente humilde, obediente à Palavra de Deus e dedicado ao Seu serviço. Deus disse aos filhos desobedientes de Israel que rejeitou seus sacrifícios. Ele ainda disse: “Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos, porque não ouvirei as melodias das tuas liras.” Am 5.23. Quer dizer: Deus rejeita o canto e o som dos instrumentos de uma geração infiel e desobediente.

quarta-feira, 9 de outubro de 2024

CADA VEZ MAIS SOZINHO

CADA VEZ MAIS SOZINHO

“perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?” Jo 6.67

Anatote Lopes da Silva


Acredito que não preciso repetir a pergunta de Jesus: Quem quer ir embora? (Jo 6.67). Continuarei a pregar e ficarão os que se identificarem com a pregação bíblica, com as palavras de Cristo, as quais são “as palavras da vida eterna” (68). Nos dias de hoje, algumas igrejas crescem muito. A nossa igreja cresce, mas em número bem menor. Ainda que em número de membros a igreja cresça, o número daqueles que caminham no mesmo evangelho, o qual gera a vida eterna com quem posso ter comunhão, diminui.

Não sou o único vivenciando a experiencia de se ver cada vez mais sozinho; não está acontecendo somente no círculo dos membros das igrejas. Igualmente quanto ao círculo de pastores, o número de pregadores cresce, mas o número daqueles com quem posso ter comunhão está diminuindo. Será que mudei e estou dividindo a igreja? Muito pelo contrário. Continuo o mesmo, não aceito todos os tipos de mudanças, permaneço fiel à Bíblia e aos padrões confessionais que subscrevi no começo do meu ministério. Portanto, não foi minha a decisão de romper com a pregação e o culto bíblicos.

Pastores e membros de igrejas descaracterizaram totalmente suas igrejas; sim, suas, pois tomaram de assalto a igreja de Cristo. Essas igrejas abandonaram a Bíblia, consequentemente, a teologia e liturgia bíblicas e as pessoas passaram a sustentar um estilo de vida diferente do qual aprendi desde a minha infância. Elas são contra o Dia do Senhor e o Dízimo, mas gastam seu tempo e dinheiro com cerveja, tatuagens, ostentações e orgias. Elas se dizem preocupadas com os animais, o meio ambiente e bem estar social, enquanto apoiam pautas antibíblicas como casamento homossexual, descriminalização do aborto e tráfico de drogas, etc.; tornaram-se tão diferentes que já não posso mais manter comunhão com elas.

Não me julgo digno de tomar as palavras do Mestre, como se pudesse imitar à Cristo ou aos mártires, então, nas minhas próprias palavras digo: Deixem-me em paz com minha fé; deixem-me viver com meus princípios e valores; deixem minha família em paz, e se não querem mais a Bíblia, deixem-na para mim. Adeus.