“Adorai o Senhor na beleza da sua santidade;
tremei diante dele, todas as terras.” Sl 96.9
Anatote Lopes da Silva
O Antigo Testamento menciona gestos e danças na adoração, mas o Novo Testamento não tem nenhum registro específico sobre isso; gestos e danças não são em si mesmos ruins e têm sido empregados por muitas igrejas. Mas, o que realmente importa? “Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.” (Jo 4.24). Afinal, basta ser sincera e todo tipo de adoração está correta ou temos um padrão divino para a adoração? Observamos o padrão divino para a adoração em toda Sagrada Escritura: Santidade ao Senhor. O santo culto precisa ser belo e reverente em todas as suas partes; porque é a expressão do corpo e da alma da pessoa alcançada pela graça. Como está escrito: “Adorai o Senhor na beleza da sua santidade; tremei diante dele, todas as terras.” (Sl 96.9). O culto segue os princípios de liturgia com espontaneidade e bom senso, sem manipulação emocional; no qual, os adoradores permanecem conscientes, enquanto oferecem a Deus um culto racional; de corpo e mente (Rm 12.1). A adoração não é um momento de êxtase individual ou particular, mas de adoração consciente ordeira e coletiva. Quando parte do corpo de Cristo, que é a Igreja toda, está reunida para a adoração, e, cada indivíduo participa da unidade deste corpo místico, compartilha as graças recebidas; e, não é a cultura de cada indivíduo ou de cada povo, práticas rituais ou litúrgicas de cada igreja que efetivam e determinam a efusão da graça e como deve ser a verdadeira adoração.
O Princípio Regulador do Culto é que, só pode ser oferecido a Deus o que temos recebido dele (1 Cr 29.14); somente o que e conforme o que está prescrito na Bíblia. O culto oferecido a Deus deve constar no mínimo dos elementos ordinários prescritos e dos elementos circunstancias previstos na Sagrada Escritura; e, não pode ser baseado em tradições humanas. Embora não exclua a voluntariedade ou espontaneidade característicos de cada povo, mas com limites. Os limites aos movimentos durante o cântico congregacional são orientados pela Bíblia e o culto público deve ser equilibrado, pois não é o momento de atender aos anseios da pessoa extravasar, de alguma forma, com danças, pulos e gritos, e, nem da pessoa ficar parada, só assistindo ou dormindo durante o culto. Movimentos coreográficos sensuais e obscenos como vistos em boates, bares e casas de show, imitados durante o culto em muitas igrejas é errado! Não vamos seguir nessa direção; porque isto provoca escândalos e zombaria de Deus e da verdadeira adoração. O culto nas “igrejas boates” está em oposição à santidade devida ao Senhor na adoração. Essas igrejas seguem um padrão estético agradável aos jovens de cada geração, segundo o mundo e não segundo Deus. O cultuado, Deus, é quem deve ditar como deve ser o culto e não o cultuante. Paulo exorta a Timóteo: “Foge, outrossim, das paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor.” (II Tm 2.22). Conforme exorta João: “não ameis o mundo” (I Jo 2.15). Significa, não somente o mundo fora da igreja, mas um modo de vida e de adoração mundano que invade a igreja. Os verdadeiros adoradores se voltam para a Palavra de Deus e não buscam agradar a homens, mas a Deus, com sincera adoração, em Espírito e em verdade, porque amam a Deus e não ao mundo.