Anatote Lopes da Silva
No momento, não escrevo para defender a minha fé ou meu próprio pensamento. Mas, na melhor das hipóteses, contribuir com a compreensão ou aceitação da realidade: A diversidade do pensamento religioso e ideológico na discussão secular, em torno de pontos de vista sobre temas importantes, como arte, cultura, ciência.
Não somos os únicos seres pensantes que chegam a conclusões inteligentes; nossas conclusões inteligentes apresentam pontos de vista diferentes e divergentes. Estes pontos de vista são político-ideológicos e/ou religiosos, os quais, só às vezes são convergentes, quase sempre são diferentes e divergentes.
As divergências religiosas e ideológicas sempre existiram, e, não raro, resultaram inimizades. A convivência vinha melhorando, até que as divergências e inimizades entre as pessoas novamente foram cooptadas e intensificadas por exploradores de grupos sectários e ideológicos que se formaram em torno de interesses econômicos e políticos.
Nenhuma religião ou ideologia é inimiga da arte, da cultura e da ciência. Acredito que seja possível melhorar o diálogo entre as diversas áreas do saber, sem descartar a contribuição de cada grupo religioso ou ideológico que produz e incentiva a arte, a cultura e a ciência, inspira leis justas e boas obras, etc.
Não é possível acabar com as diferenças e uniformizar o pensamento político e religioso; porque existem cosmovisões diferentes. Deixem que todos apresentem suas contribuições diferentes. Em pelo menos um ponto cada um desses sistemas pode convergir e cada pessoa ou grupo, em pelo menos um ponto pode contribuir.
Felizmente, as religiões não estão acabando, muito pelo contrário, estão aumentando em número. Alguns grupos estão perdendo adeptos e outros ganhando, as mais diversas religiosidades e religiões têm ressurgido, e novas religiões em geral têm crescido. Precisamos aprender, com urgência, conviver na inevitável diversidade.
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