Às vezes ouço um som como se
fosse de uma grande multidão, quando os homens me aplaudem eu não ouço a voz
desta multidão e me envergonho; mas quando os homens me reprovam ou ficam
indiferentes comigo, essa multidão se alvoroça e grita: Continue! Você não está
sozinho! Deus é contigo!... Obrigado Senhor por esta multidão invisível que me
apoia.
“Portanto, também nós, visto que
temos a rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de todo
peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira
que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e consumador da fé,
Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, não
fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono de Deus.”
(Hebreus 12.1, 2).
Às vezes a oposição cresce contra
nós, e a multidão silente parece uma minoria, às vezes voltamos a nossa atenção
para os homens e esquecemos o sábio conselho da Revelação: “Não apliques o
coração a todas as palavras que se dizem, para que não venhas a ouvir o teu
servo a amaldiçoar-te,” (Eclesiastes 7.21).
Não temos um Amigo? O nome dele é
Jesus Cristo? Ele é o bastante. Apliquemos os nossos corações em ouvir a
Palavra d’Ele.
Quando andamos com Deus e aplicamos a nós a Sua Palavra, a voz de Deus pode ser reconhecida na nossa fidelidade para com a Palavra de Deus pelos verdadeiros fieis, os quais amam a Deus e não desprezam a Sua Palavra, mas quase sempre seremos odiados. Preparem-se para serem mais odiado do que amados. Especialmente, seremos odiados por aqueles que não receberam a graça de Deus.
Quando amados apliquemos o nosso coração à consolação da promessa da vida eterna, pois nada somos, haja vista que é unicamente Deus amado e reverenciado por um povo fiel. Apartem-se do culto de si mesmos, idolátrico, narcisista que assedia os pregadores, fujam de pensar de si mais do que convém (Romanos 12.3), pois somos servos entre irmãos (Romanos 14.4), e, repreende a idolatria conforme ensina as Escrituras (II Timóteo 4.2). “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens,” (I Timóteo 2.1). Porque, se o que desprezarem em ti, for a Palavra de Deus, chore, lamente a miséria destas pessoas, interceda por estas ainda mais, para que o Senhor as castigue por amor para corrigi-las; não despreze os resistentes nem comunique a eles o que o amor lhes exige que façam, mas façam isso em secreto.
Lembrem-se, pois não te convém julgar temerariamente as almas dos homens, nem puni-las com perseguição, nada sabemos do número e dos nomes dos perdidos, porém continuem fieis a Deus e preguem a Palavra. E nunca esqueçam os bons conselhos recebidos das pessoas que nos amarem. Aqui vão alguns que recebi: “Seja antes de tudo um crente” (Lucélia Cláudia), “siga os conselhos de Paulo a Timóteo” (Roberto Heber); “não barganhe com suas convicções” (Anamim); “é melhor morrer do que virar bandido” (Antônio Tomás); “estude” (Alice); “Não se desperdice” (Anabe); organize-se (Anaser); “não se alinhe com quem não tem futuro” (Anac); “juízo” (Ana); “seja o súdito e não o rei” (Ananias) e “calar a boca” (Anair) às vezes, quando requer, fazemos muito bem.
Tenho uma lista ainda maior do que esta, mas toda a Escritura é suficiente para nos aconselhar; por isso, tudo aqui que não seja dela extraído e nem nela se pode achar fundamento, passem vocês mesmos o filtro da Palavra e descartem, e para encerrar, não poderia deixar de citar: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem às fontes da Vida” (Provérbios 4.23), e quanto ao conteúdo do que devemos pregar: “todo desígnio de Deus” (Atos 20.27), para que não se despeçam de nenhum lugar sem haver cumprido ali o dever, e, proclamem o que o Senhor de si declara: “Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim” (João 14.6).