Por Anatote Lopes
Um grande boicote nacional foi deflagrado contra a novela Babilônia. Quem dera não fosse preciso de um boicote desta natureza. O bom senso conclui que as novelas não acrescentam nada. Ainda que não reivindique a classificação de programa educativo, torna-se pior do que entretenimento inútil e passa a promover o descaminho para toda sorte de vícios, imoralidade e violência. Deixa de ser apenas uma dramatização da realidade e se torna uma propaganda para moldar a realidade propondo modelos de vida desregrada, devassa e agressiva com a presunção construtivista de um ideal de vida responsável, livre e feliz.
Mas, o que é Babilônia? Em Apocalipse 17.5 ela nos é apresentada como: “BABILÔNIA, A GRANDE, A MÃE DAS MERETRIZES E DAS ABOMINAÇÕES DA TERRA”. No livro de Gênesis ela aparece como uma cidade fundada na antiguidade pelo poderoso Ninrode para desafiar os propósitos de Deus. O seu nome é uma referencia à rebeldia e arrogância humana de negar e edificar à parte de Deus. A Babilônia também aparece figuradamente como uma mulher representando um sistema de idolatria, de poder e de uma adoração desviada do Senhor Deus que domina os habitantes da terra sem Deus. Ela é interpretada não apenas como uma cidade, mas como sendo povos, multidões, nações e línguas (v. 15), isto é, os habitantes do mundo inteiro que se opõem a Deus. Alguns estudiosos a identificam com a Roma pagã e sua idolatria e adoração ao imperador, profeticamente representando o novo paganismo do tempo do anticristo, caracterizado pela imoralidade sexual e pelo culto idolatra.
Não basta boicotar uma novela para sair da Babilônia. O seu significado é uma oposição e contraste ao significado da cidade de Deus, a nova Jerusalém, a cidade que Cristo edificou para ser a habitação eterna dos seus discípulos. Precisamos entender que, livra-se da Babilônia, de seu domínio e escravidão, somente através de Jesus Cristo, a nossa esperança e salvação, o qual liberta o seu povo para habitar na nova Jerusalém; a cidade que contrasta com a Babilônia. A nova Jerusalém é descrita como a noiva do Cordeiro, enquanto a Babilônia é representada como a grande meretriz; a noiva fala de pureza; a meretriz fala de infidelidade e imoralidade. A noiva se guarda para o noivo, enquanto a meretriz quebra a sua aliança com o noivo e se prostitui com os reis da terra. A Babilônia é a mãe de todas as prostitutas (v. 2 e 5).
Aguardamos a nova Jerusalém, a cidade de Deus, a qual foi construída por nosso Senhor Jesus Cristo. Devemos pensar no que seja a Babilônia para nós hoje. A meretriz também é comparada a cidade atual sem Deus (Ap 16.19). Jamais devemos entender a Babilônia apenas como uma cidade na história bíblica ou na antiguidade histórica. Não basta abominar a Babilônia e fazer dela a sua habitação acomodando-se à escravidão de seu sistema idolátrico e pecaminoso. É necessário sair dela por estar destinada a destruição com todo o seu povo. O Rei da nova Jerusalém, a cidade santa, capital do reino de Deus, nos chama: “Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos.” (Ap 18.4).
O destino final do povo de Deus está no novo céu e na nova terra, um lugar absolutamente remido, revelado como a nova Jerusalém, os seus habitantes se arrependeram de seus pecados, clamam a Deus pelo perdão e recebem a adoção de filhos por meio de Jesus Cristo para que, tenham a sua herança com Deus na cidade santa. Apenas àqueles que “aspiram a uma pátria superior, isto é, celestial” (Hebreus 11.16a) habitarão a nova Jerusalém. Os habitantes desta cidade santa não se conformaram com a vida de pecado numa terra amaldiçoada, vislumbraram uma pátria melhor do que tinham. Boicote a novela e a Babilônia dentro do seu coração para não sofrer a sua queda e ruína. O fim está próximo. “Arrependei-vos e crede no Evangelho” (JESUS).
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