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quinta-feira, 7 de maio de 2020

CUIDADO COM O ZELO SEM AMOR

Por Anatote Lopes



Não me excluo ao falar uma palavra de correção. Que sirva para quem quiser, não importa de qual religião seja. 

Portanto, digo o que o Espírito Santo fala antes comigo, e, assim, a começar em mim, levo a sério esta correção. 

Se não servisse primeiro para mim não a comunicaria aos outros.

Esta correção parte da exortação que se acha em Romanos 12.9: “O amor seja sem hipocrisia. Detestai o mal, apegando-vos ao bem” para enfrentar o problema do radicalismo ou fanatismo religioso caracterizado pelo “purismo”.

Paulo já havia denunciado o purismo por esta epístola no comportamento dos judeus e dos cristãos de origem judaica residentes em Roma.

Ainda que, também seja um problema existente nas religiões politeístas, refiro-me ao purismo nas religiões monoteístas: no cristianismo, no judaísmo e no islamismo.

Purismo é quando reivindicamos ser mais puros uns que os outros na prática, nos costumes, na liturgia, nos cultos mais puros, etc.; o que nos separa até no interior de cada religião.

Não digo que toda virtude de pureza seja radicalismo ou que a pureza não possa ser cultivada, que a ideia não tenha uma lógica que afete em níveis saudáveis a nossa fé, costumes e relacionamento com Deus, tanto particular, quanto comunitário.

Sou pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil, a qual é herdeira histórica de uma boa tradição puritana que nos ensina o zelo com amor. Ainda assim, sinto que está faltando esta útil ressalva para nós hoje.

Desejo despertar especialmente você que é religioso, católico, evangélico, pentecostal, tradicional ou reformado demais. Que tentando ser zeloso se aproxime do zelo sem amor.

Faço questão de fazer este alerta ao radicalismo que milita contra a heresia, a imoralidade, a corrupção e a idolatria dos outros de forma tão apaixonada, e, não raro, violentamente.

Não estou desconsiderando o devido zelo que devemos ter pelos outros, quanto a fé, porém, o qual NUNCA deve ser um zelo sem amor.

Jesus condenou essa postura em Mateus 5.43: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. ” Isto quer dizer que, construímos vínculos de amor, tradicionalmente, com àqueles que chamamos de nossos próximos (parentes, conterrâneos, irmãos de causa ou de fé) e rompemos por ódio com outros.

Somos gentis e amáveis com os quais sejamos recíprocos no amor, isto é, dedicamos amor uns para com os outros, no mesmo nível, desde que sejam da mesma fé, opinião ou cosmovisão nossa.

Esse tipo de amor é tão natural que, qualquer ser humano, mesmo sem religião ama os da sua própria casa; mas, até um cachorro ama aos da sua própria casa.

Não é raro excluir, discriminar, segregar, odiar e construir inimizades por causa das nossas diferenças físicas, culturais e espirituais, mas o amor cristão verdadeiro inclui os que não são da nossa fé.

O amor cristão não é apenas dirigido aos que sejam cristãos, nem podemos dizer, até pelos que não sejam, mas, especialmente, até quando eles se tornam nossos inimigos e perseguidores.

Jesus disse: “Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; ” (Mateus 5.44).

Conforme o ensino de Jesus Cristo devemos amar de forma contrária à inclinação natural de amarmos apenas os da nossa própria casa.

Nosso Senhor a quem confessamos como nosso Salvador é o modelo de amor para todos nós. Ele disse: “assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. ” (João 13.34).


quarta-feira, 25 de março de 2020

A PORTA FOI ABERTA

Anatote Lopes
 
Jesus diz em apocalipse 3.7 que, tem em “suas mãos a chave da salvação”. Só Jesus pode abrir a porta da salvação. Os “católicos romanos” acreditam que, após “as chaves” terem sido entregues a Pedro, baseados em Mateus 16.19 onde se lê: “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus”, ele foi posto como chefe da igreja, e, concluem que, somente através da igreja católica, sucessão de Pedro, bispos, padres, etc., alguém pode ser salvo. Eles não entenderam nada...
 
Pedro apenas usou as chaves por meio da sua pregação para a conversão dos primeiros judeus em Atos 2. Pedro de fato abriu as portas do reino dos céus para os primeiros judeus, samaritanos e gentios. Mas, as chaves continuam nas mãos de Jesus. A porta da salvação foi e continua aberta. Assim todo que se arrepender e crer no evangelho poderá entrar.
 
Assim como Jesus é a Palavra encarnada, o próprio Cristo, Ele é o conteúdo do Evangelho; por isso Ele disse, como está escrito em João 10.9: “Eu sou a porta; se alguém entrar por mim será salvo”. Não erre de porta entrando por outro caminho! “As chaves” recebidas continuam sendo a mesma mensagem pregada para a salvação. Portanto, Cristo Somente. Como Cristo pregava continuamos a pregar: “arrependei-vos e crede no evangelho”(Marcos 1.15) para entrar pela porta que o Senhor nos abriu. 

quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

DENOMINAÇÃO E NÃO SEITA

Anatote Lopes



No início do desenvolvimento do protestantismo americano de linha calvinista, os seus fundadores obedeceram a seguinte orientação: o denominacionalismo; o qual acompanhou um modelo novo de sociedade civil (Republicana). Distanciando-se do modelo mais hierárquico da Igreja Protestante da Inglaterra (Monárquica). Neste modelo, a denominação é uma associação voluntária, segundo o ideal puritano, o qual protestava contra a imposição de uma religião oficial que, funcionava dentro do princípio de coerção e a partir da hierarquia eclesiástica.

A denominação é uma igreja desestatizada, composta por pessoas que a ela aderem espontaneamente, por preferência ou convicções pessoais. Antônio Gouveia de Mendonça afirmou que “a liberdade religiosa conduzia à realização do reino de Deus nos moldes do espírito da livre empresa” (MENDONÇA, 1984, p. 46) Cada denominação, pela adesão voluntária, justificava a existência de outras denominações com pontos de vista em comum e traços distintivos.

Cada denominação apresenta uma plataforma teológica característica da sua doutrinação. Nenhuma se julga exclusivamente a Igreja, dona da verdade, afirma ser a única igreja verdadeira ou a sua totalidade, pois isto é característico das seitas. Cada denominação se reconhece parte de um todo que é a Igreja de Cristo. O que favorece a unidade dos cristãos. Todas são responsáveis pela totalidade da sociedade, cooperam em liberdade e respeito mútuo; como está escrito: “esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4.3).


Fonte citada: MENDONÇA, A. G. Celeste Porvir: A inserção do protestantismo no Brasil. Edições Paulinas. São Paulo, 1984.




sábado, 31 de março de 2018

sexta-feira, 30 de março de 2018

quarta-feira, 21 de março de 2018

O ÚNICO CAMINHO PARA O EXCLUÍDO

Por Anatote Lopes


O individualismo é uma característica do mundo atual. O EU se tornou o centro do universo. O indivíduo se insurgiu contra as autoridades, pôs a opinião particular acima das vozes da razão, do saber e das tradições milenares das instituições humanas.

Na modernidade, o indivíduo conquistou a liberdade de consciência e expressão; o respeito ao livre pensamento. Na pós-modernidade, impôs a valorização do sentimento; mas, continuou dependente emocional e economicamente.

Os poderes constituídos e a retórica coletivista das instituições foram enfraquecidos. A anarquia ameaça abalar os pilares da sociedade. Anuncia o caos na ordem social: a desintegração das instituições e o crescimento da violência.

Nesse tempo de confusão e instabilidade, o indivíduo emocionalmente imerso na contenda global bebe o mais nocivo veneno que já produziu: o isolamento. O ser humano, espiritual e socialmente, sofre a dor do banimento.

Na sua oração sacerdotal, Jesus Cristo nos instou à prática da oração e atitudes contrárias ao isolamento. Ele quer a inclusão de todos aqueles que creem na sua encarnação, no seu sacrifício voluntário na cruz e na sua vitória pela ressurreição.

Todas as pessoas são chamadas a engrossar essa fileira na caminhada da fé, compondo o terceiro lado do triângulo: “a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.” (João 17.21).

A Igreja é uma instituição criada por Jesus para testemunho da glória de Deus na peregrinação; a fim de reunir os salvos para a caminhada da fé tomou a forma de organismo institucional, a qual melhor atende à necessidade humana de ordem e comunhão.

A Igreja é a expressão visível do reino de Deus e existirá para sempre, porque o sacrifício voluntário de Cristo, sua morte e ressurreição selaram a nossa inclusão no Reino e abriram o caminho para a eternidade. Em Cristo as pessoas excluídas tem esperança.

A Igreja trabalha pela inclusão dessas pessoas excluídas e continuidade da peregrinação rumo à eternidade, com muitos irmãos em comunhão, os quais se arrependeram de seus pecados, foram perdoados e creram que, Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14.6).


 

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

A IGREJA PRESBITERIANA DE DRACENA COMEMORA 58 ANOS DE ORGANIZAÇÃO (parte 2)




Convidamos nossos parentes, amigos, autoridades e todo povo da cidade de Dracena para as comemorações do 58º aniversário da igreja nos dias 28 (20 horas) e 29 (19:30 horas).

Ilustres dracenenses cultuaram e cultuam nesta igreja que está completando 58 anos de história; aqui, seria impossível citar seus nomes e contribuições. Mas, destacamos que, no ano de 2003 a igreja concedeu o título de Presbítero Emérito aos presbíteros José Barbosa e Levi Bravo Nogueira, os quais exerceram o oficialato durante décadas, e foram honrados em vida e agora descansam no Senhor.

A igreja é mantenedora da Associação Projeto Esperança que, assiste crianças oferecendo alimentação, informática, fortalecimento de vínculo e outras atividades sociais, recreativas e educativas. O Projeto Esperança completou este ano 22 anos de organização. Todos os anos nós comemoramos os aniversários da Igreja e do Projeto.

Celebramos a Ceia do Senhor (Eucaristia) mensalmente. Segundo o pastor: “a igreja vive o desafio de manter viva a sua história e teologia; mas, principalmente, a sua pregação da fé em Cristo Jesus nosso Senhor, no perdão dos pecados para todos que se arrependerem e crerem no Evangelho, e de perseverar na missão de anunciar em Jesus Cristo a ressurreição e a vida eterna”.

Estamos prontos para acolher àqueles que vierem adorar ao Senhor conosco a cada Domingo (Dia do Senhor) 9:00 e 19:30 horas e ouvir a pregação da Palavra de Deus. A cada terça-feira nos reunimos às 20 horas para orar e quinta-feira para estudar a Bíblia, também às 20 horas.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

A IGREJA PRESBITERIANA DE DRACENA COMEMORA 58 ANOS DE ORGANIZAÇÃO



A história da Igreja Presbiteriana de Dracena sediada na Av. Rui Barbosa, 1207, Centro começou em 1943 quando o Rev. Oscar Chaves começou o trabalho missionário nas terras de Dracena. O campo missionário da Junta de Missões Nacionais – JMN, da Igreja Presbiteriana do Brasil era sediado em Lucélia; sua missão era realizada de Adamantina até às margens do Rio Paraná (Panorama). O Rev. Orlando Rosa construiu em 1954 um templo de madeira na Rua Tomé de Souza, 255, onde hoje está construído o salão social da igreja e funciona a sede da Associação Projeto Esperança.

Sobre sua liturgia e doutrinas “A igreja é confessante do cristianismo puro e simples dos reformadores, dos pais da igreja, dos apóstolos e do nosso Senhor Jesus Cristo”, descreve o pastor da igreja atualmente: Rev. Anatote Lopes. Esta igreja firma sua identidade histórica como herdeira da Reforma Protestante do Século XVI e como uma igreja “autentica, reformada, moderna e transformadora” afirma o reverendo.

Os pioneiros desbravadores da Alta Paulista conheceram o trabalho dos presbíteros entre os pioneiros nas terras de Dracena. Neste tempo Antônio Ferreira da Silva destacou-se como evangelizador solidário aos sofrimentos dos necessitados e educador cristão de adultos e crianças; cooperando com o Rev. Osvaldo Dias de Lacerda na administração, e motivando irmãos presbiterianos a abraçarem a organização da igreja presbiteriana na cidade de Dracena. Figuraram na liderança pioneira os presbíteros Ferreira, José Teixeira de Lima, José de Souza Lima e José Barbosa, e os diáconos Jovino Silveira Martins, Natanael Bernardino, Gentil Rother e Daniel Alvarenga; eleitos em assembleia presidida pelo Rev. Wilson Nobrega Lício, executivo da JMN, no dia 25/10/1959.

sábado, 30 de setembro de 2017

ACEITAÇÃO DE DEUS



Por Anatote Lopes


O título de entendimento dúbio: “aceitação de Deus” foi posto de propósito para desfazermos as dúvidas sobre quem aceita quem na relação entre Deus e os seres humanos.

Cada ser humano sente a necessidade de ser aceito, querido e amado. Por isso, as pessoas se esforçam para desempenharem bem o seu trabalho. Fazem o possível para serem bem vistas.

Perante Deus é diferente. Somos aceitos por Ele independente do nosso desempenho, mas por causa do Seu amor. Isso mesmo, não somos nós que O aceitamos, mas Ele que nos aceita, unicamente mediante a fé.

1. Somos aceitos somente pela graça; isto é, gratuitamente por Deus. Somos aceitos e amados. Tudo que recebemos da graça é presente de Deus: arrependimento, perdão e salvação.

2. Somos aceitos mediante a fé em Jesus Cristo somente; pela fé, a qual se expressa por meio do nosso arrependimento e súplica como resposta do nosso coração à aceitação amorosa do Pai.

3. Somente Cristo pode satisfazer a justiça para nossa salvação a fim de que Deus nos aceite assim como somos: crianças e adultos, jovens e idosos, patrões e empregados, pobres e ricos, todos os povos, tribos e raças.

A única resposta diante de tanto amor só poderá ser: atender ao chamado do Senhor para que todos se arrependam e sejam perdoados, batizados e salvos! Não temos alternativa senão caminhar com Deus, honrar, seguir e adorar somente a Ele. Servir obedientemente na causa do Senhor é a nossa decisão diante de tamanha aceitação amorosa, libertadora e gratuita.

sábado, 22 de abril de 2017

PASTORAL SOLIDÁRIA PARA O ENFRENTAMENTO DA DEPRESSÃO


Por Anatote Lopes


Carl Gustav Jung em sua psicologia analítica esclarece que a religião é mais que “uma das primeiras tentativas terapêuticas humanas no combate aos males da alma” e afirma que ela precisa ser considerada:

“A religião é uma terapêutica revelada por Deus”. Jung considerava a depressão como uma defesa da mente contra os sofrimentos da realidade. Isto é, a depressão é o melhor estado da mente frente ao sofrimento imposto pela realidade. De qualquer modo, a espiritualidade do paciente precisa ser considerada em qualquer estratégia de abordagem para um melhor prognóstico." (GOMES, 2014, p. 315).

Antônio Máspoli de Araújo Gomes no livro “Eclipse da Alma” propõe textos bíblicos para serem utilizados no aconselhamento da depressão:

"Gn 4:6; Pv 17:22; 18:14; Pv 15:13; Sl 42:11; 147:3; 38; 119:28; Ef 3:13; Hb 12:3; 1 Co 10:12-13. Muitos personagens bíblicos também experimentaram aquilo que hoje seria classificado como “depressão”. Vejamos nos textos seguintes: Gn 4:7; Sl 34:19; 37:23-24; 119:143; 147:6; 2 Co 12:9-10; Fp 2:3-8; 4:13: 19; Tg 1:19." (Gomes, 2014, Apud Hurding, 1995).

Gomes inclui algumas recomendações para “uma pastoral de solidariedade no acolhimento da depressão por guias espirituais”. Devido ao fato, que cada vez mais os religiosos “se aventuram no tratamento de pessoas com sintomas de depressão”. Recorre à Johnson para recomendar estes princípios:

"Primeiro princípio: As pessoas adoecem, sofrem e deprimem porque são humanas (Gomes, 2014, Apud Johnson, 1953, p. 15-16). Todas as pessoas são passíveis de adoecer porque estão sujeitas às mudanças e adaptações da vida adulta ou da vida longa." (p. 316).

Segundo princípio: A depressão deve ser compreendida em uma perspectiva bíblica holística: quando o homem adoece seu corpo, sua mente e seu espírito também sofrem. Que considere o homem totalmente: corpo e alma, um único ser, o ser humano integral. “O homem deve ser visto como uma totalidade, na qual o todo é maior do que a soma das partes”. (p. 320).

Terceiro princípio: Nada pode nos separar do amor de Deus. (p. 321). Gomes cita Rm 8:38-39:

"Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas presentes, nem futuras, nem potestades, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor."

Gomes afirma que muitas pessoas de variados sexos e faixas etárias lograram êxito no tratamento da depressão e que, “O amor incondicional de Deus consiste no fundamento para o acolhimento do deprimido” (p. 322).

Quarto princípio: A graça de Deus como base para a saúde humana e uma possível superação da depressão. “Tournier apontou a graça de Deus como a melhor solução que se conhece para o problema da culpa” (p. 193).

Quinto princípio: O perdão incondicional de Deus como suporte para mente do deprimido. O teólogo calvinista brasileiro Samuel Vieira em seu livro “Teologia do Afeto” afirma que a concepção do “pecado” causa desarmonia na “área psicológica”:

"Desestrutura interior. A queda trouxe graves consequências psicológicas como angústia, medo, fuga (Gn 3.10), culpa (Gn 3.9) e isso resultou em distanciamento de Deus. O homem desequilibra seu mundo interior, perdendo a referência do Sagrado e de si mesmo; outrora harmônico e integrado torna-se errante. A pergunta que Deus faz ao homem: “Adão, onde estás?”, não é uma questão geográfica, mas existencial." (VIEIRA, 2013, p. 20).

O perdão incondicional de Deus restaura a harmonia e equilíbrio interior; reconcilia o “inconsciente espiritual” com o Sagrado e o reintegra existencialmente. “Agora, pois, já nenhuma condenação há para o que está em Cristo Jesus” (Rm 8.1).

Sexto princípio: Saúde e qualidade de vida como resultado da comunhão com Deus e da caminhada com o seu povo. A pessoa deprimida precisa da comunhão na sua comunidade de fé.

Sétimo princípio: O acolhimento familiar e comunitário. Gomes demonstra que o deprimido não colaborará com o tratamento sem estimulo de outras pessoas; sozinho o deprimido não se reerguerá, precisará do apoio dos seus familiares.

Finalmente, Gomes afirma que a depressão pode ser considerada o mal do século XXI. O Brasil apresenta um dos maiores crescimentos do consumo de antidepressivos do mundo.

Infelizmente, no universo religioso, a depressão é representada socialmente como na medicina mágico-religiosa: “um problema de natureza espiritual” (p. 443). Esta concepção primitiva da enfermidade retarda a sua compreensão essencial para busca por tratamento e cura.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

LIBERTE-SE DOS ÍDOLOS DO SEU CORAÇÃO

Por Anatote Lopes


Tenhamos cuidado com pessoas boas demais, perfeitas demais e amorosas demais. Tem um ditado que diz: “a mão que afaga é a mesma que apedreja”. Não é uma regra, mas, muitas vezes acontece: As pessoas ganham nosso coração e não demoram machuca-lo.

Sempre nos decepcionamos quando mantemos expectativas erradas sobre as pessoas; quando acreditamos em uma pessoa que faz propaganda de seu “bom” caráter e sua competência; de fato, essa pessoa não está à altura do ídolo que levanta de si mesma. No entanto, quase sempre somos nós que acalentamos os nossos ídolos, dentro de nossos corações, porque estamos, quase sempre, esperando mais das pessoas do que de Deus.

A pessoa enganada não sabe que está sendo enganada. Descobrir o engano provoca decepção e causa um tipo de dor na alma, mas liberta do engano. Devemos agradecer a Deus pela decepção. 

Através da decepção nosso Senhor nos liberta de muitos pecados como a idolatria e a rebelião; porque o ídolo faz discípulos para si e induz ao erro. Não importa o quanto o nome de Deus seja invocado para legitimar o ídolo e justificar a rebelião. 

O engano sempre se impõe convincentemente invocando a autoridade que não tem e justificativas falsas. Graças a Deus por ter sofrido decepção para aprender a confiar somente em Deus.

A decepção em todo caso nos liberta de algum tipo de idolatria. Pensamos que o outro é bom e confiável, acima de qualquer suspeita e que não pode nos decepcionar. 

Quando a decepção acontece, independente de qual seja, e como aconteça, avaliamos assim: "eu não acredito que ele foi capaz de fazer isso" ou "eu nunca imaginaria que isso fosse acontecer um dia"... Ali construímos um ídolo e precisávamos ser libertos.

segunda-feira, 1 de agosto de 2016