Desde o tempo mais remoto o ser humano busca a origem de todas as coisas e de sua própria existência. Os gregos orgulhosos e mergulhados em suas filosofias denominaram o momento em que todas as coisas começaram a existir de CRONOS, apesar de todo o esforço não conseguiram alcançar à verdadeira e única origem de todas as coisas dentro do tempo e do espaço infinitos do cronos. A humanidade desde a antiguidade e especialmente no mundo grego se tornou religiosa, cuidadosa em cultuar todas as divindades, e para que não se omitisse nenhuma, ergueu-se em Atenas um altar “AO DEUS DESCONHECIDO”.
Em Atenas existia um espaço público onde filósofos, religiosos, políticos e intelectuais discursavam suas idéias, por isso levaram a Paulo para este lugar, a fim de ouvir o que ele ensinava. O apóstolo aproveitou a oportunidade e a própria religiosidade dos atenienses e anunciou-lhes o Evangelho: “E, estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo um tanto religiosos; porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós honrais, não o conhecendo, é o que eu vos anuncio. O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; nem tampouco é servido por mãos de homens, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos a vida, e a respiração, e todas as coisas;” (Atos 17.22-25).
Como no tempo em que os apóstolos escreveram as Escrituras existe hoje uma diversidade de fé e uma forte religiosidade no meio do povo que se dirige semanalmente para os espaços improvisados ou templos, para prestar cultos aos seus diferentes deuses, ou seja, diferentes maneiras de se adorar um deus, que corresponda aos seus caprichos, ansiedades e necessidades.
O apóstolo faz referência ao templo ou altar com a inscrição “AO DEUS DESCONHECIDO”. Começando a apresentar Deus a eles dizendo: “Ele fez o mundo e tudo o que nele existe e não habita em templos feitos por mãos humanas, pois dele e para ele provém e convergem todas as coisas, Ele é o doador da vida, porque nele vivemos nos movemos e existimos como disseram os vossos poetas”. Claramente demonstrando que eles não precisavam de um novo templo ou altar, mas de conhecer o DEUS VERDADEIRO, o gerador ou criador.
“A mútua atração universal dos seres” conforme diziam os antigos gregos, é o amor, que para o apóstolo Pedro é o vínculo que deve unir os irmãos, em uma vida cristã exemplar (I Pedro 3.8-18). A religiosidade continua abundante e se “multiplicando” (entre aspas), mas não há conhecimento do Deus verdadeiro, porque não há amor nas motivações religiosas.
Até mesmo, entre muitos dos que se dizem cristãos, o Deus Vivo e Verdadeiro continua “DESCONHECIDO”.
No amor se conhece o adorador do Deus vivo e verdadeiro, por exemplo: quando se vive uma religiosidade para atacar os seus semelhantes, a qual é motivada por sentimentos orgulhosos, evidencia-se a ausência do amor, não se conhece o amor, ou seja, não se ama (I João 4:8), “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor.”
Jesus disse: “Como o Pai me amou eu também vos amei; permanecei no meu amor; se guardardes o meu mandamento permanecereis no meu amor; e o meu mandamento é este: amai-vos uns aos outros como eu vos amei. Eu Sou a videira verdadeira, vós sois os ramos. Quem permanecer em mim e eu nele, esse dará muito fruto, porque sem mim nada podeis fazer. Nisto é glorificado meu Pai em que deis muitos frutos” (João 15.1-9).
Existem numerosas espécies de videiras. A videira verdadeira, que produz uvas é a vitis vinifera, que em linguagem figurada representa toda a nação de Israel. “Trouxeste uma videira do Egito, expulsaste as nações e a plantaste” (Salmo 80.8). “Porque a vinha do senhor dos Exércitos é a casa de Israel” (Isaías 5.7). A igreja em Cristo é o Israel do Novo Testamento. Porquanto Cristo se apresenta como a videira, e, nós como galhos da videira verdadeira devemos produzir frutos do Espírito do Deus Verdadeiro para não sermos cortados e queimados; a uva é um fruto. “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” .(Gálatas 5.22, 23).
Coisas diferentes, presentes no desconhecimento do Deus vivo e verdadeiro manifestam as obras da carne. Confira nas Escrituras a sua lista: “Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus”. (Gálatas 5.19-21)
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