Efésios 4.11-16
O sujeito
ou agente do aperfeiçoamento é o próprio Deus, mas como ele realiza esta obra
da graça de Deus em Cristo?
O texto em Efésios 4.11 nos diz que “Ele mesmo concedeu”... apóstolos, evangelistas, profetas e pastores-mestres... “Com vistas ao aperfeiçoamento” (v. 12). É através do ministério que os santos são aperfeiçoados. Paulo faz referência a dois tipos de ministérios. São eles:
1) Os
Ministérios Ordinários (regulares). São àqueles ministérios na liderança da
igreja. Foi pensando em equipar os crentes para realizarem o trabalho, que Deus
escolheu e deu pastores à igreja (v. 11 e 12). A expressão “pastores e mestres”
pode ser traduzida por “pastores-mestres”, ou “pastores ensinadores”.
2) Os
Ministérios extraordinários. São aqueles que tiveram o seu tempo, seu lugar e
seu propósito específico. Entre estes últimos verificamos os apóstolos, que
tiveram a missão de lançar os fundamentos da Igreja.
Cabe ao pastor a
sublime e difícil tarefa de aperfeiçoar os santos, guiá-los à maturidade
espiritual, traçar a planta dada por Deus e equipar os crentes para o trabalho
de construção do edifício.
Os deveres do pastor
são: prover o rebanho de alimento espiritual e procurar protegê-los de perigos
espirituais. Nosso Senhor utilizou esta palavra em João 10.11, 14 para
descrever sua própria obra, sendo sempre ele mesmo, o sumo Pastor (Hb 13.20; 1
Pe 2.25; 5.4), sob quem os homens são chamados a pastorear “o rebanho de Deus”
(1 Pe 5.2; Jo 21.15; At 20.28). Portanto o propósito imediato de Cristo em dar
pastores à sua igreja é, através do ministério da palavra exercido por eles,
equipar todo o seu povo para os ministérios variados.
As ovelhas geram
outras ovelhas; precisam de saúde para dar o primeiro leitinho aos seus
cordeirinhos. Esse é o processo natural, e também o principio da multiplicação.
Foi o próprio Cristo quem chamou a Pedro, e deu-lhe a missão: “apascenta as
minhas ovelhas”. Os santos são aperfeiçoados por aqueles que foram chamados,
constituídos, habilitados e dados por Cristo à sua igreja: os seus pastores.
Nenhum homem,
portanto, deveria colocar-se nesta missão, a menos que esteja certo desta graça
especifica de Deus em sua vida, pois conhecimento, tempo de igreja e idade não
substitui a chamada divina que um servo de Deus recebe ou o equipamento divino
dado aos seus ministros. O Novo Testamento nunca contempla situação em que a
igreja comissiona e autoriza pessoas a exercer o ministério para o qual lhes
falta tanto a chamada divina quanto o equipamento divino.
A carne o mundo e o
diabo, com todas as suas pressões, tudo farão para tirar os pastores deste
ministério, ou fazê-los negligenciar a primazia e seriedade do mesmo, os
embaraçando com as coisa deste mundo, ou fazendo-os se envolver em múltiplas
atividades menos importantes, ou que talvez outros na igreja poderiam realizar
bem, e quem sabe, até melhor. Lamentavelmente, muitas das atividades impostas
aos pastores em determinadas igrejas talvez tenham como propósito entreter,
prender o interesse e quem sabe ocupar o ministro em atividades que não tem
nada haver com o ministério pastoral.
É o pastor enviado
por Deus para fazer a obra que Deus o capacitou e ordenou e outro não a fará.
Os apóstolos nos ensinaram isto quando elegeram “os sete”. (Atos 6.1-7). E
nós também deveremos chegar à mesma conclusão que eles: “não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus” para servir
em outras mesas.
A figura pastoral
visa o aperfeiçoamento e esta tarefa é antipatizada muitas vezes, mas este
ministério não deverá cessar, e nem chegará ao fim antes que Cristo volte e
haja a consumação de todas as coisas. Será, então, que os pastores “devolverão”
as ovelhas ao legítimo pastor. E será somente então que o imperfeito terá sido
revestido da completa e total perfeição!
Por Anatote Lopes. Adaptado do 3°
ponto do artigo de Gilson Carlos de Souza Santos. “O Aperfeiçoamento dos
Santos” para a revista Fé para Hoje
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