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sábado, 16 de fevereiro de 2013

UM MÉDICO QUE CURA E DÁ CONSELHOS







João 5.2-15

2 Ora, existe ali, junto à Porta das Ovelhas, um tanque, chamado em hebraico Betesda, o qual tem cinco pavilhões.
3 Nestes, jazia uma multidão de enfermos, cegos, coxos, paralíticos
4 esperando que se movesse a água. Porquanto um anjo descia em certo tempo, agitando-a; e o primeiro que entrava no tanque, uma vez agitada a água, sarava de qualquer doença que tivesse.
5 Estava ali um homem enfermo havia trinta e oito anos.
6 Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim há muito tempo, perguntou-lhe: Queres ser curado?
7 Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água é agitada; pois, enquanto eu vou, desce outro antes de mim.
8 Então, lhe disse Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda.
9 Imediatamente, o homem se viu curado e, tomando o leito, pôs-se a andar. E aquele dia era sábado.
10 Por isso, disseram os judeus ao que fora curado: Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito.
11 Ao que ele lhes respondeu: O mesmo que me curou me disse: Toma o teu leito e anda.
12 Perguntaram-lhe eles: Quem é o homem que te disse: Toma o teu leito e anda?
13 Mas o que fora curado não sabia quem era; porque Jesus se havia retirado, por haver muita gente naquele lugar.
14 Mais tarde, Jesus o encontrou no templo e lhe disse: Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior.
15 O homem retirou-se e disse aos judeus que fora Jesus quem o havia curado.


Vamos entender o contexto político, social e cultural desta passagem de maneira breve, mas suficiente para o momento: informações geográficas, as tradições e a mentalidade predominante das personagens nos ajudarão a entender a Palavra de Deus. Para esse entendimento precisamos conhecer um pouco de Jerusalém dos tempos de Jesus.


A cidade edificada sobre o monte Sião comportava o templo; principal centro da religião judaica e o palácio de Herodes. Em torno do templo e do palácio se desenvolvia intensa atividade econômica, tanto por causa dos assuntos administrativos quanto religiosos; havia uma agenda religiosa intensa em Jerusalém, a qual incluía sacrifícios e muitas festas judaicas. Foi por ocasião de uma destas festas dos judeus que Jesus subiu para Jerusalém.

A edificação onde ficava o tanque de Betesda (que quer dizer: Casa de Misericórdia; este nome inspirou a denominação de muitos hospitais, principalmente das Santas Casas). Betesda está localizada junto à Porta das Ovelhas e era um complexo de cinco pavilhões ou alpendres; ali uma multidão de mendigos formada de portadores de diversas doenças, cegos, cochos e paralíticos ficavam a espera dos cuidados para sua saúde, como banhos, algum tipo de procedimento médico e remédios de graça, e, também recebiam ali algumas esmolas.

Betesda estava situada exatamente onde passavam os peregrinos judeus que iam ao serviço do Templo e às festas judaicas e toda sorte de viajantes: mercadores de quase tudo e publicanos (grupo social do tempo de Jesus formado por pessoas que serviam ao governo imperial) e várias pessoas que se dirigiam à Capital para assuntos oficiais do império e outros assuntos oficiais próprios dos judeus e da sua religião. 

Havia um argumento para eles não saírem dali; o que se dizia era que, em algum momento um ‘anjo descia do céu e agitava a água e quem primeiro entrasse no tanque, enquanto a água estivesse agitada sarava de qualquer doença que tivesse.’ (v. 4)

Uma curiosidade: este versículo não consta em diversos manuscritos; talvez por se tratar, de uma nota com o propósito de explicar o por que daquela concentração de enfermos naquele lugar, em alguns manuscritos, ou em outros casos a sua omissão seria proposital para evitar que alguém viesse a acreditar que, devesse esperar que um anjo descesse para agitar as águas daquele tanque em Betesda; são essas duas hipóteses, as mais aceitas, o que não se têm como confirmar, mas podemos afirmar com ou sem essa variante textual que, a única esperança de CURA para aqueles doentes era o Senhor Jesus Cristo, pois o texto não está afirmando que se deve esperar a cura pelo ministério dos anjos ou dos santos.

Jesus perguntou a um desses doentes:

– Quer ser curado?

Trinta e oito anos ali e este homem ainda não estava preparado para responder: Sim. Eu quero ser curado!

Às vezes a resposta do doente, a mais esperada, não vem; deveria vir do reconhecimento de sua condição, mas este prefere ignorar a sua necessidade de cura e culpar alguém; não é difícil ter alguém em quem depositar nossa culpa.

Este mendigo tinha dois grupos de pessoas para culpar: aqueles que ele culpava de não estar presente para ajudá-lo e a outros doentes de entrarem na sua frente.

Será que ele acreditava que seria possível ser curado pelas águas agitadas pelo anjo? Ou ele contava esta estória como uma desculpa, na tentativa de justificar a si mesmo por estar ali há tanto tempo? 

Saiu com uma desculpa clássica, uma desculpa esfarrapada que servia a muitos na mesma condição dele. A semelhança de uma crença ou superstição judaica usada como desculpa para este mendigo. Há quem se agarre ao pecado ou a qualquer outra coisa e que não esteja pronto para responder a esta pergunta:

– Quer ser curado?

Apresentamos a autoridade do Senhor para curar juntamente com a argumentação a favor de uma nova disposição positiva para receber a cura. Uma atitude de obediência ao Senhor e a prontidão para levantar-se, servir e desfrutar a Sua presença.

Considero chave para nossa compreensão desta passagem a expressão: “Quer ser curado?”.

A pergunta de fácil resposta, ou melhor, de resposta esperada, a qual o Senhor fez a este doente nesta passagem do Evangelho, ficou sem resposta ou no mínimo por dedução, podemos concluir que este doente não desejava ser curado, pois não respondeu afirmativamente: Eu quero ser curado.

No primeiro encontro com este homem doente, Jesus lhe perguntou se ele queria ser curado, conforme lemos no versículo 6, e, de repente, o doente foi surpreendido, o Senhor o ordena que se levante e ande tomando o seu leito conforme lemos no versículo 8.

No segundo encontro de Jesus com este homem, o Senhor o adverte a não pecar mais para que não lhe aconteça coisa pior... Confira no versículo 14; depois que o Senhor Jesus o encontrou curado no templo disse a ele: “Olha que já estás curado; não peques mais, para que não te suceda coisa pior.”.

A pergunta que não quer calar:

– Queres ser curado?

Essa pergunta que Jesus faz é clara, tanto quanto a hesitação do doente, a qual claramente denuncia que, a doença dele era consequência de pecado, e, agora só lhe resta ser advertido claramente pelo Senhor a não pecar mais para que não lhe aconteça coisa pior. Pode existir coisa pior que ficar 38 anos enfermo? 

Algumas atitudes que devemos ter diante da Graça terapêutica do Deus que sara; nosso Salvador.

Quais são elas? 

Vamos trabalhar com duas atitudes tiradas da lição do Mestre neste episódio do Evangelho:

A atitude do doente diante do Médico dos médico deve ser de receber a cura e seguir o conselho ou a sua orientação.

São estas as atitudes:

· Primeira atitude: RECEBA A CURA DO SENHOR.

· Segunda atitude: SIGA O CONSELHO DO SENHOR.

Primeira atitude: RECEBA A CURA DO SENHOR.

Vamos pensar agora na primeira atitude. Como pode ser mais importante o que recebemos do que aquilo que entregamos, ou melhor, doamos, se as palavras do Senhor, segundo o registro de Atos 20.35 afirmam: “mais bem aventurado é dar que receber”? Aqui, neste caso, se torna mais importante receber. Ora! Porque só pode dar quem antes tenha recebido! Vamos ver o que aprendemos nesta Primeira atitude. 

RECEBA A CURA.

– Quem é o que pode curar?

É coincidente a resposta a esta pergunta, com a resposta a esta outra pergunta:

– Quem é o Senhor?

Jesus sara. Ou seja: temos as promessas do Messias que leva sobre si as nossas dores; Nele somos sarados.

Se os 38 anos naquela condição fossem anos de espera ansiosa por cura, a resposta obvia deste mendigo a pergunta: Queres ser curado? Deveria ser: Sim. Eu quero ser curado! No entanto, ele não disse que queria ser curado...

Significa que vivemos o engano de nossas tradições e superstições durante anos, damos desculpas demais e ainda não entendemos que, o Senhor esta aqui para curar.

No Novo Testamento temos diversos relatos de curas que Jesus realizou e no livro de Tiago a segurança de que mediante a oração da fé somos curados por nosso Senhor Jesus Cristo. Leiam em Tiago 5.15-16: “E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo.”.

As enfermidades são figuras do pecado e da impureza e a cura figura da graça salvadora e purificadora de Jesus Cristo, e, cremos que o Senhor cura enfermidades físicas, por isso oramos pelos enfermos. Mas de valeria a cura sem os perdão dos pecados? 

Mas, ainda diante da pergunta do nosso Senhor: Quer ser curado? Ouvem-se diversas desculpas ou se vê lançarem a culpa uns nos outros para que se justifique permanecer prostrado e doente, 10, 20, 30, 40, 50 anos ou mais, assim, na acomodação de Betesda.

Curar os corpos e as almas é parte do ministério de Jesus Cristo, e Ele pode realizar o milagre, mas nem sempre o seu interlocutor está disposto a renunciar uma velha tradição, superstição, ou seja, renunciar o pecado para receber um milagre com esta resposta: Eu quero ser curado.

Acostumamo-nos tanto ao leito da enfermidade que ele nos trava as articulações e nos atrofia os músculos; somos totalmente dominados por ele, depois, é preciso muita força de vontade para se levantar do leito, é preciso fazer fisioterapia por exemplo. A beneficência aos doentes, os seguros previdenciários são justos, mas, às vezes se prolongam por muito tempo, mesmo após a cura, e, são muitos que ficam acomodados com pouco: pouco desenvolvimento, pouco movimento e pouca provisão; há muitos que recebem daquilo que realmente não precisam, mas que lhe é agradável; por isso João 6.6 informa que, por haver ele ficado ali por muito tempo, Jesus lhe perguntou: 

Queres ser curado? 


Ele não diz isso, mas já estava bem acomodado ali. Por isso não respondeu prontamente. A atitude dele no final é reveladora; ele não foi grato pela condição recebida de levantar dali após tantos anos recebendo os agrados e os mimos caridosos de Betesda.

A quem diga que a igreja é um hospital para acomodar as pessoas doentes. Não é bem assim. A igreja pode até ser comparada a um hospital onde os doentes são tratados, e não onde eles são amontoados; a igreja é um lugar de CURA e não de placebos.

Você sabe o que é um placebo? 

Placebo – do latim placere, significa “agradarei”. Trata-se de um comprimido ou xarope que imita um remédio, porém sem poder medicinal; isto é, sem uma substância ou principio ativo. Como uma capsula ou comprimido de farinha ou um procedimento sem sentido, o qual apresenta efeito terapêutico devido aos efeitos psicológicos da crença do paciente que está a sendo tratado.

Isto, aplicado à religião é semelhante ao enfermo espiritualmente que utiliza os rituais da agenda religiosa que lhe agrada, os quais lhe trazem a sensação de segurança o suprimento de algumas necessidades emocionais, mas mantém a sua alma enferma; enganando-se permanece doente, pois despreza a vontade do nosso Senhor, quando quer curar as nossas enfermidades. Porque buscamos ser agradados e não tratados. Trazemos nossas causas com orações e comparecemos no culto dominical, mas o que buscamos às vezes não é a CURA, mas sermos agradados, esses são os placebos da religiosidade. 

Buscamos um “placebo” de religião, ou seja, agrado que só aplaca a nossa consciência culpada, trazendo uma sensação de segurança e de paz.

Quem é o nosso Senhor? 

A resposta é: Jesus! Aquele que a lei e os profetas testificam Dele.

Deveríamos lhe responder a pergunta de forma direta: Sim! Queremos ser Curados e recebermos a CURA e nos aproximarmos do nosso Senhor para conhecer a sua vontade e viver conforme a sua vontade! 

Afinal ele é o Senhor: Yahweh Rafa. O Senhor que cura toda dor.

· Segunda atitude: 

SIGA O CONSELHO DO SENHOR.

Vamos pensar agora na segunda atitude que devemos ter diante do Médico dos médicos.

Este mendigo não respondeu o que se lhe perguntava, porque a resposta para justificar sua permanência e prostração ali, em condição miserável, mas confortável para ele, já estava pronta, na ponta da língua dele.

Era de se esperar que também tivesse todas as suas opiniões formadas sobre como bem viver a sua vida sem admitir o conselho que haveria de receber. Optei pela palavra conselho por ser mais amena, mas o Senhor faz uma advertência muito séria.

O processo de cura daquele homem ainda não estava concluído, ele se viu curado, mas a sua doença era o pecado, e, tendo desprezado o conselho de Jesus, agora, sabendo quem Ele era, foi denunciá-lo as autoridades judaicas para que fosse preso com a acusação de violar o sábado; acusação esta, da qual ele se defendeu culpando aquele que o havia feito o bem, antes de saber que era Ele. 

O texto informa que Jesus o encontrou no templo, um homem enfermo não era nem admitido para a adoração no templo do judaísmo dos tempos de Jesus. Era considerado um impuro e a sua entrada no templo uma abominação. Jesus Cristo veio nos dar livre acesso à presença de Deus, simbolizada no passado pelo templo. 

Então este doente deveria estar muito grato não acham? Mas, não estava. Não é incrível que ele tivesse uma atitude dessas? Deveria estar grato pela ajuda de Jesus, mas, não estava, voltou lá, para entregar Jesus aos judeus. 

Mas ele estava interessado na religião. Os judeus acreditavam que era necessário se manter no circulo do templo, nas práticas religiosas e nacionalistas que distinguia os judeus como povo da aliança para serem perfeitos herdeiros de Abraão, negando a necessidade de mudança de atitude, isto é, de arrependimento e de fé. 

Estes eram os erros que foram combatidos por João, Jesus e depois por seus apóstolos. As obras da lei, restritas à circuncisão e outros rituais e às leis nacionais não podem fazer um verdadeiro de Abraão ou filho de Deus, pois a justificação é pela fé, e os nascidos de Deus tem a lei gravada em seus corações, isto é, o arrependimento e a fé em Jesus Cristo. Por isso se afirma que o fim da lei é Cristo para justiça de todo o que crer. 

A pessoa acostumada a agrados não pode suportar o conselho de Deus para o seu próprio bem, receber uma advertência, atender a uma orientação, mesmo tendo Jesus feito a ele um bem; não poderia acatá-lo como Mestre? Não poderia obedecê-lo como Senhor? Bastava-lhes a religião e serem reconhecidos como filhos de Abraão. 

Os judeus não creram naquele que é Deus. No entanto, seguir a orientação de Jesus Cristo não é uma opção. Jesus Cristo é o Senhor, obedecê-lo é exigido dos que foram chamados por Deus. O Senhor Jesus é o Messias, o cumprimento das promessas e demonstra a sua autoridade sobre tudo. Mas, isso pouco interessava aos judeus, por isso eles queriam agora encontrar um motivo ou uma oportunidade de acusação.

Este texto evidencia mais uma vez que os judeus aplicados na sua tradição religiosa aos exercícios espirituais do sistema sacrificial não estavam prontos para receber o Salvador, porque não estavam dispostos a submeter-se ao Seu senhorio preferindo antes o orgulho religioso e nacional. 

Nós precisamos de CURA, a nossa salvação é um ato consumado pelo Salvador na Cruz, mas os salvos são chamados para serem curados, para receberem os benefícios do Redentor e para O receberem como Senhor, receber a Cristo para viverem vida abundante e frutífera, para a santificação do Espírito, para o crescimento e fortalecimento em toda a palavra e no conhecimento, para serem confirmados na comunhão dos santos. II Tessalonicenses 2.13 e 14: “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do espírito e fé na verdade, para o que também vos chamou mediante o nosso evangelho, para alcançardes a glória de nosso Senhor Jesus Cristo.”.

O Messias anunciado pelos profetas realizava muitos milagres e aquele enfermo, ali isolado e alheio às notícias que corriam as cidades não O conhecia e por fim, não fez caso da sua orientação. O doente desta passagem bíblica não se mostrava interessado pela nova vida, não fez caso do bom conselho e traiu aquele que foi orientá-lo para o seu próprio bem, para que não sofresse coisa pior.

O Senhor o advertiu a preservar a sua saúde, abstendo-se do domínio do pecado que o subjugou, por 38 anos... Receber uma cura para viver apartado da Palavra de Deus não tem vida, é um engano, um placebo da religião, os dons e a vocação de Deus não são inúteis à parte da Palavra de Deus. Mas, pela Palavra de Deus somos alimentados diariamente para desfrutar de crescimento na graça e conhecimento de Deus e da convicção da Sua presença.

CONCLUSÃO

Haveria o Messias de levar as nossas enfermidades e as nossas dores levar sobre si na Cruz conforme anunciou o profeta em Isaias 53.4. As doenças e as curas na Bíblia são figuras da culpa e do perdão, do pecado e da salvação em Cristo Jesus. 

Cristo pode ouvir nossas orações e curar todas as nossas enfermidades físicas, isto não está mais nas mãos dos homens como no período sacerdotal e no período apostólico, mas está disponível a todos que se apresentarem com fé diante do trono da sua graça. A preocupação de Jesus Cristo nosso Senhor queridos... É com a nossa alma, por isso muitas vezes Ele despediu aos que foram curados dizendo que foram perdoados os seus pecados. 

Toda cura é uma promessa de perdão e de reconciliação; assim como o doente teve acesso ao templo, símbolo da presença do Senhor no Antigo Testamento onde os impuros (ou seja, acometidos de diversas enfermidades) não eram admitidos, agora pela graça, recebe-se o perdão e a reconciliação de Cristo, o pecador é reconciliado com Deus e admitido à comunhão de seu filho Jesus Cristo, nosso Senhor.

Amém. 


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