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sexta-feira, 24 de maio de 2013

ANIMO E FORTALEZA

25 de maio
Eu tinha uma coisa na cabeça da qual não queria vos falar antes de encaminhá-la definitivamente. Agora que é certo que ela vai dar em nada, posso contar-te tudo. Quis ir à guerra. Alimentei este projeto muito tempo aqui, dentro de mim. Foi esse o principal motivo que me levou a seguir o príncipe, que é general a serviço da ...ia. Manifestei-lhe o meu desejo em um passeio, ele conseguiu dissuadir-me do propósito, e seria mais obstinação do que capricho de minha parte não aceitar suas razões.” (J. W. Goethe). 

O poeta e escritor cristão da Alemanha Johann Wolfgang Goethe escreveu este parágrafo enigmático, porque é de seu estilo escrever assim; às vezes dilacerando o texto, jogando entre a realidade e a ficção, ocultando nomes, referencias e detalhes, pois não cita nomes e lugares verdadeiros, mas também não lhes inventa outro nome. O que pretendo mostrar aqui é que, claramente ele foi convencido a desistir da guerra por aquele que mais deveria acreditar nela. Diferentemente de quem segue a Jesus, o Rei vitorioso, o próprio Deus, nos fortalece e anima para nunca desistirmos diante das adversidades. 

O Cristão perseguido e desafiado é por Deus encorajado; mesmo quando corre o risco de ser queimado vivo. Quando existiam entre os cristãos muitos feridos e ameaçados, eles foram encorajados a vencerem a tentação de, por causa do desanimo, não comparecerem aos cultos, deixando de congregarem em suas comunidades. 

O escritor de Hebreus 10.19-31 com essa Palavra inspirada pelo Espírito Santo encoraja os crentes a resistirem às adversidades que põem em risco a sua vida espiritual. Diante das adversidades o Espírito comunica que Cristo é superior a tudo e que vale a pena continuar e prosseguir na fé, para aqueles que realmente iniciaram sua caminhada com Jesus Cristo, mostrando-lhes a liberdade em Cristo Jesus, a presença do Senhor para nos fortalecer e o nosso acesso ao pai sem os intermediários. (10.19, 20). 

Ao mesmo tempo em que nos anima com a graça e nos conclama a uma conduta correspondente a Cristo, a usufruir desse Caminho aberto por Ele, a aproximarmos de Deus com um coração puro e sincero, a manter firme a confissão da esperança, a amar o nosso próximo com amor fraternal, e, mesmo ameaçado, não deixarmos de congregar, fortalecer e de animar uns aos outros na igreja. 

Quando machucados, feridos, decepcionados, mesmo que tenhamos os nossos corpos queimados por causa da nossa fé, nunca deixaremos de lado a fé, a comunhão, a vida comunitária da igreja, a Palavra de Deus. Há muitas perseguições, ameaças, escândalos e toda sorte de adversidades que tentam nos desviar do caminho apontado na Palavra de Deus, de nosso Senhor Jesus Cristo, por isso ouçamos a Palavra de Deus que nos anima e fortalece. 

Anatote Lopes, IPB, 2013. 






quarta-feira, 22 de maio de 2013

COM MILHARES DE CAMINHOS ESPIRITUAIS E RELIGIÕES NO MUNDO APENAS UM LEVA A DEUS: A EXCLUSIVIDADE DO EVANGELHO















"É importante que cada um creia como eu creio, para que estejam comigo na glória do Pai, quando o Senhor Jesus Cristo voltar."

Eu fiz essa declaração audaciosa, bombástica, absoluta, exclusivista e politicamente incorreta... De propósito...

Expressei a convicção e a firmeza da minha fé, o meu amor pela humanidade e a certeza da minha salvação.

Àqueles que me conhecem e estão neste caminho devem ter entendido que, esta firmeza, convicção e coragem é o que me faz compartilhar o que creio: O próprio Evangelho, o qual é o Poder de Deus para salvação de todo o que nele crer. (Romanos 1.16).

Demonstrei em seguida o que de fato é o Evangelho. O Evangelho é JESUS: O CAMINHO, A VERDADE E A VIDA.

Não existe nada mais absoluto e exclusivo do que o Evangelho!

Esta é a minha convicção. Jesus não perdeu tempo vindo ao mundo, não sofreu, sangrou, morreu e ressuscitou para ser  apenas mais uma alternativa entre milhares. Ele nos amou e veio para nos salvar e fora dele não há salvação.

Ele e mais ninguém e nada mais é o Salvador, o Filho do Deus Vivo, a plenitude do Espírito Santo e o único que trás Deus ao mundo e que leva o mundo a Deus.

Eu quero expressar a minha convicção de que eu estou no Caminho Certo e que não há outro, e, depois de apresentar o Caminho certo que é Jesus, a Verdade; desejo com muito amor, que você creia, para que seja salvo, por Aquele que primeiro nos amou e morreu por nós para nos dar Nele a vida eterna, sendo Ele o primeiro a ressurgir dos mortos para viver eternamente.

Eu quero compartilhar a maravilhosa graça que eu recebi! Quando eu digo que é importante que as pessoas creiam como eu, demonstro a minha vocação missionária, de ensinar O Caminho às pessoas, e, quando eu digo para que estejam comigo, eu compartilho do amor de Cristo,  afinal, Ele diz: "para que onde eu estou, estejais vós também" (João 14.4).

Ele diz que creiamos Nele para que estejamos com Ele para sempre. Este amor de Jesus é o que me leva a pregar o Evangelho.

Eu prego o Evangelho e nada mais que o Evangelho: o poder de Deus para salvação de todo aquele que nele crer. Estou certo que, se esse Evangelho for adulterado ou falsificado não poderá salvar alguém.

A exclusividade do Evangelho é Cristo, pois Ele é o próprio Evangelho. Desta Verdade aprendemos que, fomos salvos da mesma forma que o ladrão da cruz: não importa a experiencia religiosa ou antirreligiosa que tivemos ou que procuramos, ou  a que você teve ou procura, e, questões secundarias, de interesse daqueles que já vivenciaram a fé em Jesus Cristo, e Este segundo o Evangelho expresso nas páginas dos evangelhos canônicos.

O foco na nossa experiência é o problema. Porque estamos contaminados, às vezes inconscientemente, com o sentimento religioso de que podemos encontrar uma forma de nos salvar por nós mesmos, mas, a obra da salvação é realmente realizada por Jesus Cristo, pela sua exclusiva obra e por Seus merecimentos. 

A salvação é confirmada mediante a nossa fé e tem consequências e implicações éticas profundas na nossa vida. Isto é claro, e fica muito mais claro, quando encontramos o Evangelho conforme Jesus Cristo nos ensinou, como Ele pregava; assim eu prego: "arrependei-vos e crede no Evangelho." (Marcos 1.15). 

Anatote Lopes, IPB, 2013.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

O LIVRE EXAME DAS ESCRITURAS SAGRADAS

Seja livre para o LIVRE EXAME DAS ESCRITURAS SAGRADAS. Para evitar os erros de interpretação, aprenda interpretar bem as Escrituras, e, também aprenda os idiomas bíblicos para não ficar refém da interpretação disposta nas diversas traduções.

Não existe proibição ao livre exame, antes existe, a reprovação de Jesus Cristo a recusar-se conhecer as Escrituras e o poder de Deus. (Mt 22.29).

Antes que alguém venha dizer que "Nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação..." Como às vezes apelam os papistas (texto normalmente usado pelos papistas para dizer que somente o magistério da Igreja tem autorização para interpretar a Bíblia e os fieis só podem repetir o que diz a Igreja em sua Tradição), prossiga na leitura, "mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1.20, 21). Ou seja, eles não interpretaram para nos dar as Escrituras porque receberam a revelação direta, mas nós temos a necessidade de interpretar o que nos foi entregue em outro idioma, por autores de outra cultura e época.

Este trabalho é tão necessário e importante que não podemos confiar a mestres que não tenham sido aprovados, nem a outros, quando no dia-a-dia podemos fazê-lo; é bom sempre conferir como os irmãos de Beréia, que até ao apóstolo Paulo fizeram passar pelo crivo das Escrituras. (Atos 17.11). 

Mesmo sendo ávidos por recebê-la, os bereianos ouviam a interpretação do apóstolo conferindo se de fato era assim como ele ensinava. 

Não é errado o livre exame, nem errado confiar em mestres aprovados, obreiros que não tem do que se envergonhar e que manejam bem a Palavra da Verdade (II Timóteo 2.15).

É muito errado quando uma Tradição quer fazer a sua consciência refém de uma interpretação, pela imposição de uma norma eclesiástica, pela reivindicação da autoridade de um Magistério, a fim de fazê-lo estupidamente refém de uma tradição religiosa. 

Logo, a autoridade equiparada entre a Bíblia, a Tradição e o Magistério só se justifica por um sectarismo religioso ensoberbecido de uma tradição religiosa insegura e historicamente autoritária e sanguinária que, não se submete ao acurado exame; por isso durante muito tempo mantiveram os textos sagrados proibidos até para o baixo clero da Igreja. 

O acesso às Escrituras hoje, a todos os cristãos, deve-se a luta dos pré-reformadores, reformadores e reformados para que, a Bíblia estivesse traduzida nas mãos de todo o povo, quanto pela publicação do Novo Testamento Grego e do Antigo Testamento em Hebraico.


Anatote Lopes, IPB, 2013.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

O QUE É UM PASTOR: MITOS E VERDADES

Normalmente os mitos sobre a figura do líder evan-gélico ou do pastor são cons-truídos pelas pessoas precon-ceituosas ou pelas fanáticas. Es-sas pessoas são sectárias de re-ligiões e filosofias cristãs, não cristãs, ateístas e agnósticas.
A maior fonte criadora de mitos sobre o pastor é a massa insatisfeita, dissidente ou desi-grejada que, teve a sua expec-tativa frustrada com relação ao seu pastor, ou teve uma decep-ção religiosa profunda, cuja res-ponsabilidade recaiu sobre o seu líder.
Essas pessoas, às veses, preconceituosas ou fanáticas, agora, procuram convencer ao máximo as outras pessoas que, todos os pastores são milionários e que a maioria dos pastores seja semelhante ao padrão caricaturado pela sua experiência ou pelo estereotipo dos tele-evangelistas.
As pessoas constroem mitos de que os pastores são homens transcendentes dotados de poderes espetaculares, imunes às tentações e necessidades da humanidade. As pessoas migram da primeira classe de mitos para a segunda facilmente; são os fanáticos de hoje que vão peregrinar amanhã no caminho dos religiosos insatisfeitos, dissidentes e desigrejados.
Essa ignorância é digna de pena. Pois tentam comunicar que, o que se apresenta na televisão é o padrão do líder ou pastor evangélico brasileiro, quando eles nem perto chegam do percentual de 0,001% dos pastores.
 Acredita-se que o pastor é um homem rico ou imune às necessidades, alegre o tempo todo, sem problemas emocionais e com a capacidade de vencer qualquer tentação ou adversidade.
O primeiro mito é que pastor não trabalha e não ajuda as pessoas, mas vive a cobiçar o dinheiro das pobres almas dos seres humanos ou são homens santos que oram o dia inteiro e sublimam suas necessidades com a espiritualidade, além de transferirem sua energia espiritual excedente aos fracos com orações miraculosas.
A grande maioria dos pastores trabalha em outras atividades seculares como empregados ou profissionais liberais, enquanto pastoreiam em um segundo ou terceiro turno de carga horária de trabalho, junto a uma ou mais igrejas pequenas ou médias, nas quais são os pastores e seus familiares os maiores contribuintes.
O mundo e o nosso país é muito grande e as pessoas não conhecem a realidade de outras comunidades, e, até mesmo, pastores, ignoram a realidade de outros pastores e rebanhos.
O sustento pastoral é concedido em contrapartida à exigência da dedicação exclusiva, o que não desobriga o pastor de seus cuidados e deveres materiais, emocionais e espirituais junto a sua família. Esse suprimento que todos nós temos necessidade o pastor também tem, e, necessita do cuidado material, emocional e espiritual de outras pessoas, o que acontece, mais ou menos, dentro das condições da classe social da comunidade de fé.
O segundo mito é que pastor é rico e feliz, ou seja, não tem problemas emocionais e financeiros. Para uns o pastor não pode ser rico e deve ser muito sério e para outros se ele não for rico e bem humorado não é abençoado por Deus.
Infelizmente não são poucos os pastores que vivem na pobreza. Anualmente, mais de 1600 pastores das diversas denominações abandonam o ministério pastoral por causa das dificuldades da pobreza. Mas, não apenas por causa da pobreza; as pressões vividas pelos pastores são tanto orçamentárias, quanto inerentes ao trabalho pastoral, que está entre os trabalhos mais árduos do mundo, lidando com as dores, angustias e tensões emocionais da agenda pastoral e eclesiástica. Os pastores ainda sofrem discriminação crescente e acelerada e grande desvalorização, trazendo enfermidades físicas e psicológicas sobre as famílias pastorais.
O luxo dos televangelistas milionários pode acabar e o sofrimento de muitos pastores anônimos e de suas famílias pode ser amenizado quando as pessoas procurarem igrejas, nas quais a maioria de seus pastores recebem côngruas modestas ou trabalham eles, suas esposas, filhos e filhas muitas vezes na indústria, no comercio, no serviço público ou em outras áreas, para levantar o sustento familiar e das igrejas.
O terceiro mito é que os pastores são homens que não serviram para outra coisa. Eu conheço mais pessoas que não conseguiram serem pastores e foram fazer outra coisa; chegaram ao seminário, mas não suportaram a agenda acadêmica de extensa bibliografia, metodologia exigente, excesso de leituras obrigatórias, estudos linguísticos, exegéticos e hermenêuticos e uma quantidade enorme de trabalhos acadêmicos na formação pastoral. Pensavam que se tratava de um caminho suave, logo descobriram que, com menos esforço se formariam administradores, advogados, médicos, etc.
Outro mito é que qualquer um pode ser pastor. Somam-se às dificuldades da formação pastoral a aceitação pela igreja. Muitos desejaram os cargos dos pastores, mas não conseguiram sequer, a aprovação das igrejas para serem enviados aos seminários. Outros foram eliminados no processo. Certamente os rejeitados pela Noiva também estão por ai difamando os pastores, alguns dentro das igrejas e outros já estão fora dela.
Fato é que muitos pastores deixaram o ministério e se adaptaram a novas atividades, mas muitos outros em tempo parcial desempenham outras atividades, são pastores e também são professores, advogados, médicos, etc. Existem também àqueles que desistiram do pastorado para manter o padrão social e econômico que a dedicação em outras atividades proporciona.
Os mitos são construídos em casos de exceção e não de regra, por isso não se fundamentam. O líder evangélico ou o pastor recebe das pessoas preconceituosas e fanáticas o status de celebridade. As expectativas frustradas, as decepções religiosas produzem uma generalizadora e maliciosa aversão à figura do pastor.
Mas, existe um problema ainda maior, a desconstrução do padrão bíblico para a moralidade, a sexualidade e para experiência religiosa. A Bíblia diz que os pastores se tornam “modelo do rebanho”. (I Pe 5.2,3). A militância imoral e anticristã tenta desmoralizar não apenas o líder, mas, com ele, todo o cristianismo. Eles querem comunicar à sociedade que um líder cristão, o pastor ou padre (equivalente do pastor no catolicismo) é imoral e pervertido para justificar a imoralidade e a perversão e destruir os padrões universais do cristianismo.
Os religiosos insatisfeitos, dissidentes e desigrejados e os falsos pastores e irmãos são cooptados para fazer esse serviço do cão, como um fogo amigo contra nós mesmos, pois é certo que temos nossas mazelas, as quais devem ser tratadas dentro dos limites da igreja, pois não são aprovadas e não servem para justificar nem os de dentro e nem o de fora das igrejas, mas precisam ser corrigidas por nos mesmos.
A graça e o amor de Deus não justificam o comportamento reprovável dos pastores e de nenhum cristão. As coisas reprováveis no ministério pastoral são reprováveis na conduta de todos os cristãos porque são incompatíveis com o Espírito do cristianismo e com o principio recorrente das Escrituras Sagradas. Detonar um pastor é para eles detonar o cristianismo e a Bíblia. Não sejamos ingênuos.
Deus se deleita em nos justificar, declarando-nos justos por causa da morte de Cristo, mas ele também santifica para si o seu povo, isto é, ele nos imprime uma maneira santa de viver, é verdade que existem falsos pastores e falsos irmãos, mas devemos ser confiantes que há entre nós crentes verdadeiros, justificados e santificados e os erros apontados são anomalias que podem e devem ser corrigidas.
Mas infelizmente, a persistência no pecado indica uma fé falsa, sem lugar no Reino de Deus. “Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor.”. (I Co 5.13). E, “Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores [(corruptos)] herdarão o reino de Deus.” (I Co 6.9, 10).


Anatote Lopes, IPB, 2013.