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segunda-feira, 31 de março de 2014

SENDO POBRE ENRIQUECEU A MUITOS

(parte da aplicação na exposição de Lucas 2.1-7, sermão pregado na IPD - Dracena-SP).


“Pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos”. 2 Co 8.9. 

Vamos nos comportar com piedade e mansidão segundo o exemplo de Cristo, sem qualquer arrogância, nem de ser rico e nem de ser um filho ou uma filha de Deus. Se formos pobres devemos entender que, não estaremos em condição desonrosa, porque não é desonra ser pobre, não é desonra sofrer, mas ser um incrédulo, orgulhoso, arrogante, soberbo é uma condição desonrosa.

Não desprezemos os pobres. O filho de Deus nasceu na sua pobreza voluntariamente, nos expressou o seu amor e nos salvou pela sua pobreza, humilhação, sofrimento e morte, e quem o desprezou na sua pobreza por causa do encantamento com a riqueza e a glória deste mundo saiu diante dele envergonhado. (Ilustração da passagem do jovem rico).

Se alguém desprezar o pobre será no juízo lembrado que, nos seus pequeninos o Senhor é servido. Não existe maior pobreza do que desprezar a Cristo, Deus encarnado, não ter a graça de se curvar diante do menino pobre de Belém.

Deus não faz acepção de pessoas e nem julga os homens pela sua posição e pela sua renda. Não nos envergonhemos da cruz da pobreza, se Deus quiser que a levemos, pois se não há quem acredite que todos os cristãos devam morrer crucificado, também não há uma regra de que todos sejam pobres.

Se eu acreditasse que a esquerda brasileira luta do lado dos pobres eu militaria do lado deles, porque estaria do lado de Cristo, mas negam a Cristo em sua doutrina ateísta e quando contam o dinheiro público se esquecem dos pobres e me fazem arrependido das lutas de outrora. 

Em qualquer circunstancia, quer vivamos ou morramos, na riqueza ou pobreza, seja tudo por Cristo, vivamos para a sua glória, a servir aos pobres e respeitar os ricos, em especial os que são generosos, pois servimos ao nosso Senhor Jesus Cristo com tudo o que somos e com tudo o que temos, pois fomos regatados e temos nova vida em seu Espírito, e vida eterna, incomparável vitória na sua cruz.

















Anatote Lopes, IPD Dracena, 2014

quinta-feira, 27 de março de 2014

A VIOLÊNCIA DO INDIVIDUALISMO


A tecnologia supre o ser humano de relacionamentos virtuais, superficiais e não raro artificiais. O antropocentrismo e o individualismo coloca o indivíduo no centro do universo e imprime a marca do nosso século. Alguns sociólogos nos anos 80 defendiam a ideia de que cada um teria o seu próprio apartamento no século XXI. Os sociólogos não são profetas, mas não é raro encontrarmos pessoas morando e viajando sozinhas.

Por que não dizer que o homem do século XXI é extremamente egoísta e estúpido? Ninguém pode dizer isso porque, para proteger o indivíduo em detrimento do coletivo: da sociedade e da família, inventaram o “politicamente correto”, pois esse ser egoísta e estúpido é também extremamente sensível e afetado, quando criticado, faz muito barulho e se torna excessivamente violento, quando tem a sensação de ameaça da sua individualidade.

O ser humano do nosso século é narcisista e sedento de poder; seu próprio individualismo é um exercício de poder: eu tenho, eu posso, eu desfruto, eu sou feliz... Não importando com o sentimento e a necessidade das outras pessoas, aliás, tudo e todos giram ao redor da estrela “EU”. Para que se cumpra uma regra que, toda regra tem exceção, com rara exceção é assim que se pensa no nosso século.

Todo o abuso, conflito, violência, corrupção e imoralidade são consequência disso: “De onde procedem as guerras e contendas que há entre vós? De onde, senão dos prazeres que militam na vossa carne?” (Tiago 1.1). Na igreja deve ser diferente, mas, se não for, é porque ela deixou de cumprir a sua missão e de influenciar no mundo e passou a ser influenciada por ele, por isso não é raro que aconteçam escândalo, divisão e declínio de igrejas.

Jesus Cristo na oração sacerdotal (João 17.17-26) nos desafia às atitudes que sejam contrárias ao isolamento, à indiferença e ao individualismo. Todos aqueles que creem no Seu sacrifício voluntário na cruz e na Sua ressurreição são um só corpo. Todas as pessoas são chamadas a Igreja, para caminhar em unidade, solidariedade, amizade e cooperação em um relacionamento triangular em que, como eu estou em ti, tu está em mim, e outras pessoas estejam em nós.

A unicidade de Jesus Cristo com o Pai é a figura, a que se reporta para ensinar a unidade em que devemos viver. O sofrimento de Jesus Cristo, sua morte e ressurreição selaram a nossa união com Deus e a nossa inclusão no Reino eterno. Assim caminhamos como Igreja, fortalecidos pelo recebimento dos meios de graça (Pregação da Palavra de Deus, Sacramentos, Disciplina, Oração, etc.); trazendo sempre à nossa família e incluindo sempre em nossa comunidade outras pessoas nessa peregrinação rumo à eternidade, em verdadeira comunhão uns com os outros e com Deus em nosso Senhor Jesus Cristo.


Anatote Lopes, IPD Dracena-SP, 2014.


quinta-feira, 13 de março de 2014

UM MINISTÉRIO PROFÉTICO


O profeta é enviado para falar a Palavra de Deus; esta é a sua vocação e o seu compromisso. Como Martin Luther King foi um profeta do seu tempo, em agosto de 1963, ele falou que todos são iguais diante de Deus. (Atos 10.34-35). A mensagem do profeta é o anuncio de uma verdade tão obvia quanto esquecida, mas, é preciso, dizê-la para despertar a consciência e tirar o ouvinte da acomodação ou para servir de condenação para os descrentes e desobedientes no dia do juízo final.

Jeremias foi constituído profeta para as nações e corajosamente comunicou a Palavra de Deus (Jr 1.5), e por causa da sua mensagem foi perseguido pelas autoridades religiosas e políticas. Procuravam matá-lo, mas ele não se calou. O profeta Jeremias afirmava com convicção que pregava a Palavra de Deus como recebida diretamente de seu Senhor (Jr 26.12), não como seus pensamentos; foi diante dessa coragem e ousadia que àquelas autoridades não ousaram tocar nele.

Jeremias nos abre os olhos, para saber que quando os homens se colocam contra o Senhor são derrotados. Ele confiava em Deus para manter a convicção de seu chamado e perseverar no seu ministério profético, recebido de Deus, advertindo duramente o povo com toda autoridade.

De onde vem essa força e perseverança para testemunhar e proclamar a vontade de Deus? Do poder do Espírito Santo que nos capacita e fortalece para realização da nossa missão, a que antes era especialmente dada aos profetas, hoje é dada a cada um dos crentes, pois não existem mais castas de profetas e linhagens sacerdotais, nem ministérios ungidos e pessoas ungidas como vasos especiais, mas uma grande comissão para todos os cristãos, um sacerdócio universal de todos os santos em Cristo e o Divino Espírito Santo derramado, ativo e atuante na Igreja toda.

Nós que nos colocamos a serviço do Senhor somos perseguidos e humilhados; as pessoas podem não acreditar no nosso chamado, mas nós que temos a convicção da nossa eleição e vocação, temos esperança e confiança nas promessas de Deus. As pessoas podem nos odiar por causa da nossa mensagem e até podemos ser abatidos fisicamente até a morte, mas enquanto houver fôlego não nos calaremos, perseveraremos no nosso testemunho e proclamaremos a verdade de Deus.

Hoje são tantos profetas, quantos forem os verdadeiros cristãos e fieis a Palavra de Deus: A Bíblia Sagrada. São “visionários” e “sonhadores” estes que tiveram os seus olhos e mentes abertos para a vontade de Deus revelada nessas Escrituras, os que pela graça são salvos, são de tal maneira transformados para testemunharem profeticamente da vontade de Deus de reconciliação e de pacificação dos pecadores, mediante a fé em Jesus Cristo o Filho de Deus (Ef 2.8), aquele que foi entregue para morrer na cruz do calvário, para que nós fossemos poupados do nosso merecido castigo, nos arrependêssemos e perdoados recebêssemos com Jesus a ressurreição e a vida eterna. (Jo 3.16).



Anatote Lopes, Ipd Dracena, 2014

quinta-feira, 6 de março de 2014

RESISTÊNCIA PARA A LIBERDADE


Tudo que nos atrai e seduz parece bom, pois não seria tentação se não nos enganasse, se não fosse convincente e prazeroso. A única maneira de discernir o que é a tentação do diabo e o que é a vontade de Deus é o conhecimento da Palavra de Deus.

Podemos crer que o Espírito Santo fala aos nossos corações somente quando a Palavra de Deus fala dentro dos nossos corações, e não os enganos do mundo, da carne e do diabo; por isso, devemos estar sempre munidos deste conhecimento de Deus para não sermos enganados em nossos corações.

Existem muitos enganos como cadeias prendendo os cristãos e fazendo deles servos de satanás; existem as prisões do pecado e da ignorância, bem como do denominacionalismo, do fanatismo, do partidarismo político, filosófico e religioso.

O inimigo conhece nossas fraquezas, ele nos oferece o que mais necessitamos ou desejamos em um determinado tempo para nos seduzir e corromper; por isso, algo que não tem em si imoralidade ou corrupção como comer pão, dependendo das circunstâncias é a nossa queda, como na tentação de Jesus quando o diabo lhe ofereceu pão na hora da fome durante o seu jejum de quarenta dias. (Lucas 4.1-13).

O diabo oferece coisas para serem usufruídas fora do seu tempo, tais como os divertimentos e trabalhos no Dia do Senhor, o sexo antes do casamento, etc., são como as drogas para os dependentes químicos e o ganho ilícito para os gananciosos. Dessa forma ele seduz, ilude, engana e afasta as pessoas de Deus.

O nosso inimigo e tentador mais traiçoeiro e voraz é o nosso próprio desejo e vontade de deleite dos prazeres e de algum tipo de satisfação. Jesus venceu o inimigo, o tentador, pois rejeitou o pão quando esteve com fome, o poder e a glória quando estava em seu estado de humilhação, a tentação da idolatria, mas, no final foi farto e glorificado pelo Pai.

Jesus morreu na cruz, não tendo em vista ser glorificado, pois sabemos que Ele foi glorificado na sua ressurreição, mas ele morreu para recebermos o perdão pela remissão no seu sangue! Ele morreu por nós. Ele morreu em nosso lugar.

Nosso Salvador e Senhor a quem devemos obedecer e adorar, nos fortalece para dizer “não” a tudo que ofenda a Deus e confessar os nossos pecados e receber o perdão divino.

Podemos pedir ao Espírito Santo que nos fortaleça e nos faça sábios para resistir às tentações e livres para experimentar o amor e a presença de Deus em nossas vidas. Mediante a fé, que se expressa pelo arrependimento e pela confissão, recebemos o perdão libertador, o qual nos faz verdadeiramente e plenamente livres e felizes agora e sempre.

Anatote Lopes, Ipd Dracena, 2014