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sexta-feira, 31 de julho de 2015

Aliança, memória e

Espiritualidade

Por Ricardo Barbosa de Sousa*

Muitos acreditam que aquilo que pode dar algum significado e alguma satisfação para a vida encontra-se no futuro, quando finalmente conseguirão realizar aquele sonho ou projeto ou, quem sabe, alcançar aquele nível de felicidade e paz tão desejadas. Olhamos sempre para frente, nunca para trás. Assim a humanidade caminha ansiosa e insegura, na esperança de que alguma coisa que ainda não aconteceu nos traga aquela felicidade e realização tão sonhadas. No entanto, a segurança e a felicidade dependem muito mais do passado do que imaginamos.

Os primeiros três capítulos da Carta de Paulo aos Efésios apresentam uma longa lista de “bênçãos já realizadas”. Todos os verbos estão no passado: “Nos tem abençoado”; “nos escolheu”; “nos predestinou”; “nos concedeu”; “nos deu vida”; “nos ressuscitou” etc. Paulo lembra seus leitores daquilo que já aconteceu. A resposta ao que eles buscavam não estava no futuro, mas no passado.

O problema é que agimos como se tudo o que importa estivesse por vir. Nossa experiência espiritual é frágil porque não tem memória. Por isso, os profetas e escritores bíblicos procuravam sempre lembrar o povo do passado, porque, como disse C. S. Lewis, “é mais fácil refrescar a memória das pessoas do que enchê-las com novidades”. O conceito de aliança na Bíblia apresenta um princípio de relacionamento em que o presente e o futuro são definidos pelo passado. Aliança não diz respeito a algo novo que podemos receber, mas à certeza daquilo que já recebemos.

O princípio da aliança que Deus fez com o seu povo no Sinai é resumido na declaração divina: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão”. Este é o fato, o princípio. Isso não pode ser esquecido. Tudo o mais é construído sobre este fato. Jesus disse: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue”. Algo foi realizado na cruz de uma vez por todas. Todo o relacionamento com Deus e com o próximo nasce e se sustenta sobre este alicerce.

Toda vez em que celebramos a eucaristia reafirmamos um fato e vivemos a partir dele. Não criamos nada, não há nada a acrescentar. A iniciativa é de Deus e sustentada por ele. Deus não nos impõe condições para entrarmos nessa vida abençoada. Precisamos apenas crer nela, aceitá-la e participar da realidade para a qual ela nos convida.

A memória preserva a aliança. A memória que tenho no dia do meu casamento e das promessas que fizemos a Deus, como expressão do nosso amor, definiram o nosso futuro. Nossa identidade conjugal foi definida ali. Passamos por momentos difíceis, crises, ajustes, mudanças, mas nunca duvidamos de que a aliança que fizemos foi para toda a vida. Éramos jovens, não tínhamos a menor ideia do que ia acontecer conosco no futuro. No entanto, não olhávamos para o futuro com ansiedade. Nossa aliança não dependia dele. Ela já estava feita. Foi ela que nos ofereceu um ambiente seguro para vivermos nossas experiências e crescermos juntos.

A experiência espiritual não é diferente. Paulo não tinha a menor ideia do que iria acontecer com ele depois que ouviu a voz de Cristo no caminho para Damasco. No entanto, ele nunca deixou de se lembrar daquela voz. O que Cristo fez na cruz o trouxe para dentro de uma realidade completamente nova. A vida, os interesses, os valores e os projetos de Paulo foram reorientados a partir dessa nova realidade. O futuro dele estava seguro. Pouco antes de morrer ele escreveu a Timóteo, seu filho na fé: “Porque sei em quem tenho crido e estou certo de que ele é poderoso para guardar o meu depósito até aquele dia”.


*pastor da Igreja Presbiteriana do Planalto e coordenador do Centro Cristão de Estudos, em Brasília. É autor de, entre outros, A Espiritualidade, o Evangelho e a Igreja. (in ULTIMATO - Novembro-Dezembro, 2014, p. 32).






sábado, 25 de julho de 2015

EU PRECISO DE DEUS

Por Hernandes Dias Lopes


Oração


Eu sou muito fraco. Não consigo sozinho, vencer as tentações que me cercam. A minha carne não pode ser domesticada. Ela precisa ser crucificada. A cruz de Cristo precisa lavrar a minha morte, pois toda minha inclinação é contra a vontade de Deus. Os meus impulsos são inimizades contra Deus. Os meus desejos, muitas vezes, me arrastam para aquilo que é mal. Desejo fazer o bem, mas não tenho poder para efetuá-lo. Tenho tristeza em pecar contra Deus, mas acabo entristecendo o Espírito, fazendo, muitas vezes, concessão ao pecado. Não há nenhum bem em mim. Meu coração é enganoso. Meus pensamentos, muitas vezes, não estão cativos à obediência de Cristo. Minhas mãos, nem sempre, estão puras para fazer a obra de Deus. Meus pés, nem sempre, andam por veredas retas. Meus lábios, às vezes, são fontes amargas. Meus olhos, não poucas vezes, são um laço para a minha alma. Ó miserável homem que eu sou. Se Deus tirar a sua mão de sobre mim um minuto, pereço. Se Ele me entregar aos meus caprichos, naufrago. Por isso, com todas as forças da minha alma, elevo aos céus o meu clamor: Ó Deus, eu preciso de ti.



Considerações


Sim, eu sei que está é também a sua confissão. Foi a confissão de Davi, de Isaías, do apóstolo Paulo, de Agostinho e tantos outros, que ao olharem para a santidade de Deus e para a sujeira de seus pecados reconheceram que precisavam desesperadamente do perdão divino. Não podemos, portanto, diante deste fato, endurecer o nosso coração. Não podemos viver do modo digno de Deus sem sermos lavados pelo sangue do Cordeiro Imaculado. Se nos afastarmos de Deus, que é luz, as trevas inundarão a nossa vida. Se perdermos a intimidade com Deus, o pecado prevalecerá em nós e contra nós e nos destruirá. O pecado é maligníssimo. Ele é o pior de todos os males que pode nos atingir, pois o pecado nos afasta de Deus e longe de Deus só há trevas, vergonha e opróbrio. Deus é o autor da vida, Ele dá vida, Ele restaura a vida, mas longe Dele só reina morte. A maior necessidade da nossa vida é estar perto de Deus. É quando vivemos na luz que percebemos a sujeira do pecado. Quando experimentamos a alegria do conhecimento de Cristo, vemos que os prazeres do mundo são lixo. Quando contemplamos a face do Pai é que conhecemos a doçura do Seu amor e a alegria indizível de ser santo como Ele é santo. O segredo de uma vida vitoriosa, pura, santa e feliz é viver na constante e total dependência de Deus. Sem Jesus nada podemos fazer. Não temos forças em nós mesmos para vencer a batalha contra o pecado. Se tirarmos os olhos de Jesus afundaremos num pântano lodacento. É tempo de nos arrependermos dos nossos pecados. É tempo de chorarmos pelos nossos pecados. É tempo de abandonarmos os nossos pecados. É tempo de nos voltarmos para Deus de todo o nosso coração, com pranto, com jejuns, com o coração rasgado, clamando: Ó Deus, precisamos de ti!

quinta-feira, 16 de julho de 2015

ATENÇÃO; CRISTÃOS E PREGADORES: “MAIS AMOR”

Por Anatote Lopes

Haverá sempre maus pregadores como exemplos negativos, os quais serão imitados por uns e usados para justificar os desvios e caminhos tortuosos de outros. Haverá sempre maus exemplos como companhia aos que abandonaram a igreja. Haverá sempre os que servindo a seus próprios desejos, vaidades e interesses, desprezarão as coisas excelentes do Espírito para seguir à desobediência, rebelião e rendição aos deleites da carne.

O pregador não poderá se preocupar em agradar, porque nós não podemos nos entregar às pressões de uma cultura corrompida ou moralista, desprezando o Espírito Santo e as Escrituras Sagradas, pois não podemos confiar em nós mesmos, dependemos do Senhor e da Sua Palavra para permanecermos firmes e inabaláveis. Somente o pregador que tem essa consciência ama a Jesus Cristo, a Sua Igreja e quantos exigirem “mais amor”.

Os pregadores nunca serão perfeitos, nem mesmo, àqueles mais ilibados e irrepreensíveis, pois jamais serão capazes de suprir a nossa carência de bons exemplos. Quando estiverem em pé serão sempre suspeitos e caindo alguém, deixará de servir de modelo para uma vida de santidade e justiça, a qual será para cada um de nós um alvo e uma luta travada no mundo e contra o mundo, o diabo e a nossa própria vontade.

Mas, os pregadores ainda serão portadores da advertência, tanto pelas suas palavras, quanto pelos seus maus ou bons exemplos, como está escrito: “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia.” (1Co 10.12). Essa luta contra o pecado e o mundo é um luta para não nos afastarmos de Deus e não de homens.

Se conhecermos a graça de Deus lutaremos motivados pelo Seu amor revelado em Cristo, com o desejo de servir, louvar e adorar a Deus. Desejaremos ser usado por Deus, ajudar o próximo, socorrer e interceder uns pelos outros, nisto alcançamos mais ainda de Deus, quem por amor nos resgatou do pecado, da morte e do inferno.

Como é difícil dar bons conselhos... Como e difícil ouvi-los! Uma palavra de amor pode não ser uma palavra de aprovação. A cada dia que passa, a tarefa pastoral se torna mais árdua, pois o ministro da Palavra não é um orador profissional, nem somente um pregador dominical, jamais o herói do púlpito ou o motivador que, expressa com eloquência, carisma e pretensão de agradar.

Na verdade, o ministro nem poderá pregar para motivar, encantar e distrair os seus ouvintes. Ele só poderá pregar a Palavra de Deus. O ministro de Deus é quem chama os pecadores ao arrependimento, constrange com a lei de Deus a consciência dos pecadores, proclama o evangelho do perdão, e, apresenta-lhes a graça salvadora.

Sua missão não termina depois que prega; depois do evangelista lhe apontar a Cruz, ele é o interprete que ensina o caminho ao peregrino (John Bunyan): O EVANGELHO DE CRISTO que salva e transforma o pecador, preparando-o, aperfeiçoando-o em santidade e justiça para no futuro morar da Cidade Santa; onde o cristão habitará com o seu Senhor.

sábado, 11 de julho de 2015

MINISTROS DE DEUS, REBANHO DO SENHOR

Por Anatote Lopes

A Igreja está sendo sustentada por Deus na sua história. (Mt 16.18). Reúne-se para o culto com cânticos de júbilo e outras vezes chora sua luta incansável (Jo 16.33). Finalmente, triunfante, reunir-se-á na Cidade Santa com o seu Senhor (Mt 26.29). No mundo ela segue sustentada pela misericórdia de Cristo, não importam as circunstancias (Rm 8.37). Os seus membros foram alcançados pela graça (Ef 2.8), são igualmente pecadores e carecem da glória de Deus (Rm 3.23), caminhando para a paz e a santificação (Hb 12.14).

O foco ao olhar para a Igreja não pode estar na pecaminosidade de seus membros em sua humanidade imperfeita (Rm 3.10), mas na santidade e divindade do Seu Senhor (Hb 12.2). Todos devem olhar para o seu Santo salvador e sustentador (Jo 6.40). Cada crente pode olhar para si mesmo, reconhecer-se pecador, rogar o perdão de Deus e perdoar os outros com o mesmo perdão que recebeu em Jesus (Mt 6.14), e, então livres da venda do pecado contemplar a obra do Redentor em construção (Fp 1.6).

Os ministros da Palavra são pastores do rebanho de Jesus, o Bom Pastor, fazem o seu trabalho com muitos sacrifícios (1 Ts 5.12), o que é sempre pouco (Hb 12.3); digam-lhes as suas consciências. Para os críticos, oposicionistas e feridos nada fazem senão o mal (1Ts 5.15); mas, cumprindo o propósito de exortar, consolar e instruir (2 Tm 3.16), eles são ministros da Palavra de Cristo e guias do povo ao arrependimento e perdão (Lc 5.32).

Jesus jamais abandonará a Sua Igreja e fará o que lhe apraz com um propósito (Mt 28.20); ainda que, não temos sabedoria e nem conhecimento para discernir. Sempre houve quem desejasse que a Igreja seguisse sem ministros, mas o Senhor, o Bom Pastor, não pensa assim, pois é quem concede à Igreja pastores e mestres (Ef 4.11), usando-os como instrumentos com misericórdia e graça (Hb 12.25), o mesmo que pedirá conta de seus serviços (Hb 13.17), bem como a todo o povo de Deus. (Ef 4.12).

sexta-feira, 3 de julho de 2015

TEMAS POLÊMICOS DA SEMANA

Por Anatote Lopes

Temas Polêmicos: 1. Casamento Homossexual

A aprovação do casamento homossexual pela Suprema Corte dos Estados Unidos e da redução da maioridade penal pela Câmara Federal do Brasil foram os temas que dominaram os noticiários e efervesceu o debate nas redes sociais da internet durante esta semana.

Muitas pessoas, espontaneamente, tiveram a ideia de se identificar com a cruz, em protesto contra a apropriação que fizeram do arco-íris nesta ocasião em que, o Facebook disponibilizou o recurso comemorativo de colorir a foto do usuário com as cores do arco-íris, para quem quisesse comemorar a decisão para todo território americano.

Algumas pessoas usaram como protesto a sombra da cruz, no lugar das cores do arco-íris. Essas pessoas não se conheciam, mas, tinham em comum a mesma fé e princípios bíblicos, tiveram a mesma atitude de repudio à decisão contrária a natureza e a revelação de Deus, da sua criação e propósito, como pessoas que vivem à sombra da cruz, importam-se com a sua mensagem e se sentem desafiadas a perseverar diante das pressões e ameaças para calar o testemunho do Evangelho que, pode ser lembrado ao olhar para a Cruz. 

Cristãos e cristãs intensificaram o testemunho e o posicionamento contrário à nova moralidade para lembrar que o mesmo Crucificado ressuscitou e vive, e, continua chamando os pecadores ao arrependimento e perdão de seus pecados, pelo mesmo Evangelho pregado por Jesus Cristo e seus apóstolos: um Evangelho Libertador, Transformador e Salvador de todo aquele que nele crer.

Três perguntas deveriam ter sido feitas pelos cristãos antes de colorirem com as cores do arco-íris a sua foto de perfil com o recurso disponibilizado pelo Facebook.

Primeiro: como um cristão pode ter algum motivo para comemorar uma decisão anticristã? Segundo: a agenda do movimento LGBT e suas conquistas podem ser apoiadas, patrocinadas ou incentivadas por pessoas cristãs? E, por último: qual base bíblica um cristão pode encontrar para apoiar e comemorar o casamento entre pessoas do mesmo sexo?

Obviamente, o cidadão ou cidadã homossexual tem seus direitos e deve ser respeitado como tal, logicamente, independe de suas escolhas; deve ser também amado como Cristo nos amou e morreu por nós na cruz, sendo nós ainda pecadores (Rm 5.8). Contudo, não deve ser aplaudido e apoiado em função de suas práticas reprováveis. Aprovação não é demonstração de amor. A maior expressão de amor dos alcançados ao mundo é feita pela pregação do Evangelho.

Nos ensinamentos de Cristo, no Novo Testamento aprendemos que, “o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher para serem os dois uma só carne”; sendo esta união heterossexual que Deus aprova (Mt 19.4; Mc 10.7; Ef 5.31).

No primeiro capítulo da carta aos Romanos, em outras cartas e em Apocalipse a Bíblia ensina com toda clareza que esses casamentos são pecaminosos. A Bíblia prescreve no Antigo Testamento que o casamento é entre um homem e uma mulher (Gn 2.24) e condena severamente o homossexualismo como uma abominação (Lv 18.22). Não há motivo para um cristão comemorar o que Deus reprova e condena em Sua Palavra. Que os seres humanos se abstenham de toda sorte de relações sexuais ilícitas, e, também convém, reprová-las. (Rm 1.31).


Temas Polêmicos: 2. A Redução da Maioridade Penal

A segunda polêmica da semana foi o Projeto de Emenda Constitucional, de autoria do então deputado, pastor Benedito Domingos, apresentado faz 22 anos (PEC 171/93). A sua fundamentação é a Bíblia. A PEC propõe a imputabilidade de crime aos menores que, reduz a impunidade; fundamentada em Ezequiel 18 que trata da responsabilidade pessoal dos filhos sem distinção de idade.

A solução para o crime é uma coisa e a punição é outra. O que se propõe com a redução da maioridade penal é que os crimes praticados por menores sejam punidos. Essa lei encontra o problema da superlotação dos presídios e sua ineficácia no combate ao crime. Mas, o que precisamos perguntar antes de apoiar uma proposta de redução da maioridade penal?

Primeiro, como cristão, se de fato ela encontra bases bíblicas, pois ainda que o Estado seja laico, nós não somos, e, a Bíblia é uma fonte inspiradora de leis justas, ela é a Palavra de Deus, mesmo que discordem. Segundo, o dever do Estado solucionar os problemas para a aplicabilidade destas leis. 

A redução da maioridade penal tem sido rejeitada e nada mudou até hoje; quanto aos crimes praticados por menores, só piorou; então o argumento da experiência de medidas alternativas a ela fracassou. Permanece sem solução o problema levantado no passado; nestes vinte dois anos no Congresso e acontecendo crimes hediondos, como os estupros, torturas e sequestros praticados por menores de dezoito anos ficando impunes.

Nos últimos dez anos os indicadores do desenvolvimento da educação básica despencaram e a ocorrência de crimes hediondos praticados por menores subiu assustadoramente. Sem a redução da maioridade penal ou com ela, também não se chegou à solução.

Para muitos a ocorrência destes crimes é devido à falta de políticas públicas de combate a pobreza e as desigualdades de classe e de raça; esse argumento considera que estes crimes sejam praticados, em sua maioria, por pobres e negros. Mas, mesmo em países socialmente mais justos e igualitários, com um desenvolvimento na educação muito maior do que o nosso, os menores também praticam tais crimes com frequência, porém são aplicadas punições ainda mais severas, chegando a pena de morte, principalmente contra crimes hediondos por eles praticados.

O mito de que as punições atingem somente a pobreza, os negros e os mulatos é construído pelo preconceito, pela ignorância, pelo vitimismo e pelo racismo por trás do discurso de defesa dos direitos humanos. Biblicamente, o crime é uma consequência da queda, Caim foi o primeiro homicida e não pôde culpar ao seu irmão, o justo Abel, cujo sangue recairá sobre todo homicida (Hb 11.4).

Com a aprovação da maioridade penal, as coisas podem continuar piorando; as desigualdades sociais, a ausência de políticas públicas para a infância e a falta de investimento na educação básica vão continuar sendo invocadas pelos políticos como bandeiras populistas e eleitoreiras. Os crimes de corrupção no Governo ainda não têm leis rígidas aprovadas e sendo aplicadas; esse tipo de impunidade deveria estar sendo combatido primeiro.