Por Anatote Lopes
A sociedade que cultiva o pecado colhe dos seus frutos. O que é narrado pela história e relato bíblico revela que o estupro acontece desde a antiguidade. “Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Não! Já foi nos séculos que foram antes de nós.” (Eclesiastes 1:10). Estupro não se justifica; bem como não é justificável ter sido ignorado por tanto tempo.
Não vivemos um tempo de confusão de ideias, porque o nosso tempo não é de racionalismo e reflexão, mas de sentimentalismo e politização. Como chegamos nesse ponto? As utopias sociais e modelos econômicos do século XIX fracassaram e deixaram muitas magoas. Essas ideologias fósseis vêm se desintegrando; mas, a agenda política do novo século ainda mantém os resquícios da estratégia do modelo fracassado.
Os herdeiros das bandeiras derrotadas no século XX tentam sobreviver estabelecendo uma nova agenda para o século XXI. Reunindo o que sobrou: ódio, fracasso, loucura e melancolia; eles encamparam sob a bandeira no niilismo a humanidade sem Deus, pátria e família... Perdida, agora, sem uma ideologia e com uma falsa esperança.
Honestos incautos e desonestos aproveitadores buscam uma grande força para um novo movimento nos dissidentes, ovelhas desgarradas, caçadores de discos voadores, adeptos de teorias da conspiração, gurus religiosos terapêuticos, comerciantes insolventes, profetas impostores, e um exército de oprimidos e marginalizados.
Os articuladores dessa agenda para o novo milênio consideram mais suscetíveis ao engano os negros, os pobres, os homossexuais e as feministas. Mas, todos os insatisfeitos que cultivarem a sensação de privação de direitos e o sentimento de exclusão e injustiça social são bem vindos à “causa”. Assim, todas as ‘vítimas’ se refugiarão na política, como no passado buscaram na igreja o acolhimento, o refúgio e a esperança do paraíso.
O problema da humanidade continua o mesmo. A mensagem do evangelho sobrevive em meio aos falsos evangelhos e propostas utópicas de um paraíso no mundo; mas, com as novas tecnologias, cresceu a velocidade da informação dos acontecimentos, aparentemente imprevisíveis e desconexos, e intensificaram as propagandas política e religiosa.
A Bíblia sobreviveu em meio ao caos, e a sua mensagem continua atual! Alguns consideram a sua mensagem desatualizada para a cultura do mundo novo, mas o que há de novo nessa “cultura”? Nada! Senão uma nova definição de termos para dar nome às coisas velhas.
Em pauta, a “Cultura do Estupro”, uma forma de violência na maioria das vezes contra a mulher; não é uma novidade ou nova cultura. Não existe uma cultura de violência específica, como se denomina. O que se repercute com tanta ênfase, infelizmente se repercute por interesses políticos.
A massa que está sendo mobilizada pelos políticos segue insuflada para destruir uma moral considerada opositora, antes mesmo de conservadora, a qual, embora condene o estupro, está se lhe imputando a culpa, para aliviar a (in) consciência coletiva da culpa do pecado e de suas consequências.
Os flagelos da humanidade são consequências, pelos quais ela está sendo castigada por causa do pecado. A violência e a imoralidade, ainda que sejam pecados de indivíduos e coletivos, devem ser identificadas como consequência do pecado. Tudo é ‘Cultura do Pecado’, e contra a corrupção e a violência do estupro ou do roubo, etc., só nos resta uma alternativa: a ‘Cultura da Santidade’: amor, justiça e paz em Deus.
Os que são da “luta” se justificam por suas “causas”, mas todas essas causas são falsas. Identificam com novos nomes os seus opressores, mas a luta dos perdidos é contra o seu Senhor. Porque não aceitam que Deus reine sobre eles. Como afirma o Pregador: “A tudo quanto há de vir já se lhe deu o nome, e sabe-se o que é o homem, e que não pode contender com quem é mais forte do que ele.” (Eclesiastes 6.10).
A mensagem do evangelho confronta a nossa geração. Paulo afirmou que a depravação da elite romana não passava de castigo pela idolatria. Qual é a pior coisa que pode nos acontecer? Deus entregar-nos a nós mesmos: “Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações intimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro.” (Romanos 1:26-27).
Ninguém deve pensar que não há nada a se fazer. Muito pelo contrário! Cada um de nós é chamado para viver uma nova vida segundo Deus. Rejeitando a ‘Cultura do Pecado’, de qualquer pecado. Antes mesmo de tentar mudar o mundo, mude a si mesmo. O mundo vai melhorar um pouco mais, quando você mudar. O chamado de Jesus aos seus discípulos exige arrependimento, o que significa 'mudança de mente e de atitude'. Disse Jesus: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus”. (Mateus 3:2).
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