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sábado, 2 de julho de 2016

AS BESTAS DO APOCALIPSE

Por Anatote Lopes


O Apocalipse é o livro das revelações escrito por João durante o seu exílio na ilha chamada Patmos.

Este apóstolo de Cristo descreve a visão das bestas com figuras simbólicas apavorantes, de feras e monstros terríveis!

Duas bestas são apresentadas no capitulo 13 de Apocalipse: uma que emerge do mar e outra da terra. Como uma besta é um animal híbrido que se pode cavalgar, a ideia é que o seu cavaleiro é o próprio satanás ou diabo.

Uma atua na instabilidade do mundo em guerra e confusão, como um mar instável e revoltoso; e, a outra, na estabilidade da paz  e da ordem, como a terra estável e firme.

Alguns afirmam que elas agem juntas e na mesma época; outros, que se revelam em tempos diferentes. 

Que sejam indivíduos concentrando o poder do Estado e da Religião, como o Império Romano, no princípio, aliado do paganismo e posteriormente do papado.

Outros ainda afirmam tratar-se de um confronto ético, o qual se dá nos corações dos seres humanos. 

Não duvido que os corações humanos sejam um dos alvos dessa batalha de dimensões cósmicas, com o propósito de afrontar a Deus, mas que se materializa e se desdobra historicamente.

Os símbolos apocalípticos trazem o consolo da esperança de glória futura para a Igreja, a qual sofre perseguição e martírio, advertências e ameaças aos pecadores para que se arrependam.

O livro de Apocalipse revela os perseguidores da Igreja, como oposição contra Cristo; indica o juízo de Deus na presente era e o juízo final contra seus opositores.

As bestas são ditaduras e democracias religiosas e antirreligiosas; utilizam-se das religiões e dos falsos profetas, atacam pessoas com violência sanguinária e também com enganos fatais às suas almas.

Esses poderes arrastam os seres humanos para a imoralidade e a idolatria, relativizando a moral e negando a natureza de Cristo, sua divindade e humanidade.

A besta ou as bestas exigem obediência e veneração; sujeitam os povos amedrontados e dominados com mentiras e superstições, arrastando-os para a escravidão do pecado.

A rebeldia dos povos contra a lei de Deus, as superstições politeístas e universalistas são sinais do domínio da besta.

O Apocalipse descreve a quem João dá o nome de “anticristo” e Paulo de “homem da iniquidade”, a personificação da oposição contra Cristo e a Igreja.

Ele foi identificado por alguns autores cristãos nos primeiros séculos com o imperador e por autores reformados nos séculos XVI e XVII com o Papa.

Pode ser difícil identificar, embora seja menos importante saber, quem foi ou quem seja a besta e o anticristo. Antes, importa não nos rendermos ao seu poder, não nos entregarmos ao pecado, especialmente, à incredulidade, idolatria e imoralidade.

Nos nossos dias, ainda age o poder diabólico do dragão e da antiga serpente que é satanás, para desviar os seres humanos, enganando-os para se rebelarem contra Deus e viverem na iniquidade.

No final, Cristo, o Rei que esteve morto, mas ressuscitou, voltará e destronará aqueles que corromperam os povos.

Serão condenados o diabo, a besta, o anticristo e o falso profeta com todos os que se rebelaram contra Cristo.

No entanto, o Apocalipse está repleto de sinais e símbolos maravilhosos, os quais, evidenciam a graça de Deus pela qual os eleitos são finalmente salvos.

Todos quantos crerem no Evangelho e se arrependerem de seus pecados, e forem perdoados e purificados pelo sangue de Cristo derramado na cruz, serão salvos pela graça mediante a fé. Então, os salvos viverão para sempre com Cristo num novo céu e numa nova terra.

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