Por Anatote Lopes
O Apocalipse é o livro das revelações escrito por João durante o seu exílio na ilha chamada Patmos.
Este apóstolo de Cristo descreve a visão das bestas com figuras simbólicas apavorantes, de feras e monstros terríveis!
Duas bestas são apresentadas no capitulo 13 de Apocalipse: uma que emerge do mar e outra da terra. Como uma besta é um animal híbrido que se pode cavalgar, a ideia é que o seu cavaleiro é o próprio satanás ou diabo.
Uma atua na instabilidade do mundo em guerra e confusão, como um mar instável e revoltoso; e, a outra, na estabilidade da paz e da ordem, como a terra estável e firme.
Alguns afirmam que elas agem juntas e na mesma época; outros, que se revelam em tempos diferentes.
Que sejam indivíduos concentrando o poder do Estado e da Religião, como o Império Romano, no princípio, aliado do paganismo e posteriormente do papado.
Outros ainda afirmam tratar-se de um confronto ético, o qual se dá nos corações dos seres humanos.
Não duvido que os corações humanos sejam um dos alvos dessa batalha de dimensões cósmicas, com o propósito de afrontar a Deus, mas que se materializa e se desdobra historicamente.
Os símbolos apocalípticos trazem o consolo da esperança de glória futura para a Igreja, a qual sofre perseguição e martírio, advertências e ameaças aos pecadores para que se arrependam.
O livro de Apocalipse revela os perseguidores da Igreja, como oposição contra Cristo; indica o juízo de Deus na presente era e o juízo final contra seus opositores.
As bestas são ditaduras e democracias religiosas e antirreligiosas; utilizam-se das religiões e dos falsos profetas, atacam pessoas com violência sanguinária e também com enganos fatais às suas almas.
Esses poderes arrastam os seres humanos para a imoralidade e a idolatria, relativizando a moral e negando a natureza de Cristo, sua divindade e humanidade.
A besta ou as bestas exigem obediência e veneração; sujeitam os povos amedrontados e dominados com mentiras e superstições, arrastando-os para a escravidão do pecado.
A rebeldia dos povos contra a lei de Deus, as superstições politeístas e universalistas são sinais do domínio da besta.
O Apocalipse descreve a quem João dá o nome de “anticristo” e Paulo de “homem da iniquidade”, a personificação da oposição contra Cristo e a Igreja.
Ele foi identificado por alguns autores cristãos nos primeiros séculos com o imperador e por autores reformados nos séculos XVI e XVII com o Papa.
Pode ser difícil identificar, embora seja menos importante saber, quem foi ou quem seja a besta e o anticristo. Antes, importa não nos rendermos ao seu poder, não nos entregarmos ao pecado, especialmente, à incredulidade, idolatria e imoralidade.
Nos nossos dias, ainda age o poder diabólico do dragão e da antiga serpente que é satanás, para desviar os seres humanos, enganando-os para se rebelarem contra Deus e viverem na iniquidade.
No final, Cristo, o Rei que esteve morto, mas ressuscitou, voltará e destronará aqueles que corromperam os povos.
Serão condenados o diabo, a besta, o anticristo e o falso profeta com todos os que se rebelaram contra Cristo.
No entanto, o Apocalipse está repleto de sinais e símbolos maravilhosos, os quais, evidenciam a graça de Deus pela qual os eleitos são finalmente salvos.
Todos quantos crerem no Evangelho e se arrependerem de seus pecados, e forem perdoados e purificados pelo sangue de Cristo derramado na cruz, serão salvos pela graça mediante a fé. Então, os salvos viverão para sempre com Cristo num novo céu e numa nova terra.
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