Por Anatote Lopes
Nós obedecemos antes a Deus do que as pessoas? A resposta a esta pergunta é ouvida em palavras, mas a verdade é evidenciada nas nossas atitudes. Embora não reconheçamos, obedecemos muito mais as pessoas. Quando dizemos “para mim em primeiro lugar está Deus, em segundo a minha família e depois a igreja”; ignoramos que a igreja é a comunidade e família dos salvos a serviço de Deus. O discurso citado acompanha o abandono da igreja e consequentemente do serviço a Deus. Demonstra que nossa prioridade é a nossa satisfação. Saímos da igreja por causa das pessoas, por decepção e porque elas não corresponderam às nossas expectativas.
A questão sobre a quem obedecemos não pressupõe uma ordem objetiva, mas, uma motivação que nos impele ou que nos impede. O nosso guia será o nosso próprio espírito humano ou o Espírito Santo? Portanto, se a nossa motivação está nos elogios das pessoas e no prestigio de nossa posição, certamente obedecemos a nossa velha natureza, não estamos motivados pela glória de Deus, seguindo a Jesus Cristo no poder do Espírito Santo, mas fazemos o que bem nos agrada, por isso estamos seguindo pessoas, a nós mesmos em primeiro lugar e não a Deus.
Os discípulos de Jesus afirmaram que estavam dispostos a obedecer a Deus e não a homens com o risco de serem mortos. (At 5:29). O que aconteceu em Atos pode acontecer conosco também: nossas motivações não podem depender da nossa satisfação, mas devem depender do poder do Espírito para enfrentar quaisquer reveses. Disse Jesus: “Guardai-vos de exercer a vossa justiça diante dos homens, com o fim de serdes vistos por eles; doutra sorte não tereis galardão junto de vosso pai celeste.” (Mt 6:1). A religião hipócrita e inoperante é obviamente condenada. Os pensamentos ímpios ocultos e motivações perversas dos corações são revelados, quando deixamos de servir uns aos outros em amor para servirmos àqueles de quem esperamos uma compensação, conforme Tiago capítulo 2.
Cristo morreu por nós pecadores (Rm 5:8); devemos então pedir ao Senhor que nos conceda manifestar à nova vida em Jesus Cristo (Ef 2:1). Voltemos sempre para Cristo a fim de vivermos a graça de seu perdão servindo aos nossos irmãos por quem ele também morreu na cruz, como está escrito: “Porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram. Ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou.” (II Co 5:14-15).
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