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quinta-feira, 26 de março de 2015

VERDADES E MITOS SOBRE A PÁSCOA


Por Augustos Nicodemos Lopes

Nesta época do ano celebra-se a Páscoa em toda a cristandade, ocasião que só perde em popularidade para o Natal. Apesar disto, há muitas concepções errôneas e equivocadas sobre a data.

A Páscoa é uma festa judaica. Seu nome, “páscoa”, vem da palavra hebraica pessach que significa “passar por cima”, uma referência ao episódio da Décima Praga narrado no Antigo Testamento quando o anjo da morte “passou por cima” das casas dos judeus no Egito e não entrou em nenhuma delas para matar os primogênitos. A razão foi que os israelitas haviam sacrificado um cordeiro, por ordem de Moisés, e espargido o sangue dele nos umbrais e soleiras das portas. Ao ver o sangue, o anjo da morte “passou” aquela casa. Naquela mesma noite os judeus saíram livres do Egito, após mais de 400 anos de escravidão. Moisés então instituiu a festa da “páscoa” como memorial do evento. Nesta festa, que tornou-se a mais importante festa anual dos judeus, sacrificava-se um cordeiro que era comido com ervas amargas e pães sem fermento.

Jesus Cristo foi traído, preso e morto durante a celebração de uma delas em Jerusalém. Sua ressurreição ocorreu no domingo de manhã cedo, após o sábado pascoal. Como sua morte quase que certamente aconteceu na sexta-feira (há quem defenda a quarta-feira), a “sexta da paixão” entrou no calendário litúrgico cristão durante a idade média como dia santo.

Na quinta-feira à noite, antes de ser traído, enquanto Jesus, como todos os demais judeus, comia o cordeiro pascoal com seus discípulos em Jerusalém, determinou que os discípulos passassem a comer, não mais a páscoa, mas a comer pão e tomar vinho em memória dele. Estes elementos simbolizavam seu corpo e seu sangue que seriam dados pelos pecados de muitos – uma referência antecipada à sua morte na cruz.

Portanto, cristãos não celebram a páscoa, que é uma festa judaica. Para nós, era simbólica do sacrifício de Jesus, o cordeiro de Deus, cujo sangue impede que o anjo da morte nos destrua eternamente. Os cristãos comem pão e bebem vinho em memória de Cristo, e isto não somente nesta época do ano, mas durante o ano todo.

A Páscoa, também, não é dia santo para nós. Para os cristãos há apenas um dia que poderia ser chamado de santo – o domingo, pois foi num domingo que Jesus ressuscitou de entre os mortos. O foco dos eventos acontecidos com Jesus durante a semana da Páscoa em Jerusalém é sua ressurreição no domingo de manhã. Se ele não tivesse ressuscitado sua morte teria sido em vão. Seu resgate de entre os mortos comprova que Ele era o Filho de Deus e que sua morte tem poder para perdoar os pecados dos que nele creem.

Por fim, coelhos, ovos e outros apetrechos populares foram acrescentados ao evento da Páscoa pela crendice e superstição populares. Nada têm a ver com o significado da Páscoa judaica e nem da ceia do Senhor celebrada pelos cristãos.

Em termos práticos, os cristãos podem tomar as seguintes atitudes para com as celebrações da Páscoa tão populares em nosso país: (1) rejeitá-las completamente, por causa dos erros, equívocos, superstições e mercantilismo que contaminaram a ocasião; (2) aceitá-las normalmente como parte da cultura brasileira; (3) usar a ocasião para redimir o verdadeiro sentido da Páscoa.

Eu opto por esta última.

quinta-feira, 19 de março de 2015

UNIDADE NA VERDADE E COMEMORAÇÃO DA DIVISÃO


Por Anatote Lopes​

Jesus Cristo fez uma oração, a qual está registrada no Evangelho de João, chamada de Oração Sacerdotal, na qual Ele ora pela unidade da Igreja; preocupa-nos muito, porque ela está visivelmente dividida. Também nos perguntamos: Deus atendeu a oração de Jesus? Já que a igreja, a qual se vê está tão dividida o quanto poderia estar. Isso nos preocupa, e se não estivermos obedecendo a Jesus? Ou, se estivermos abandonados pela graça de Deus?

Talvez você esperasse um texto ecumênico até aqui, e daqui para frente eu começo a decepcionar o meu leitor. A separação não é destrutiva, mas construtiva, está redefinindo o que é ser Igreja e identificando quem é parte da verdadeira Igreja que, está militando para unir e edificar a Igreja na Verdade. Por isso a igreja visivelmente está sendo dividida e dispersa para evidenciar quem é a verdadeira Igreja.

Correu a notícia nas redes sociais a respeito da posição da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América (PCUSA), muitas pessoas comentaram e muitos amigos me questionaram sobre a notícia da ordenação de pastores homossexuais na PCUSA. Neste momento a divisão é celebrada, apesar da situação atual da igreja mãe da nossa denominação ser lamentável. A Igreja Presbiteriana do Brasil persevera como uma igreja conservadora, enquanto a denominação americana que, não nos representa e nem temos comunhão com ela apostatou.

Como igreja mãe, com a qual rompemos hoje a PCUSA está para nós como Roma (ICAR) está para todos os protestantes. Nós lamentamos e protestamos contra as doutrinas e práticas de todas as igrejas e seitas apóstatas em todas as épocas e nações, a favor da autoridade bíblica e do princípio SOLA SCRIPTURA, o qual tem sido abandonado por muitas igrejas, trazendo essas consequências.

Uma leitura atenciosa do Evangelho de João esclarece que a unidade não se vive a qualquer preço; não podemos sacrificar a Verdade para celebrar uma unidade mentirosa. Pois a unidade da Igreja segundo João 16.13 fica estabelecida sobre a Verdade. Na oração sacerdotal de Jesus pela unidade cristã nosso Senhor ora ao Pai dizendo: “santifica-os na Verdade, a tua Palavra é a Verdade” (João 17.17).

O mundo prega não haver verdade, e a autoridade das Escrituras é relativizada; não podemos nos unir cada um na sua própria verdade porque as Escrituras nos apontam qual é a Verdade que nos une. O que o mundo prega exige sacrificar ou calar a Verdade em seu nome; isto é, em nome da unidade, outras vezes da tolerância e até do amor. A Igreja de Cristo, sob Seu nome, não está edificada sobre uma mentira, pois Ele mesmo é o Caminho, a Verdade e a Vida (João 14.6).

sexta-feira, 13 de março de 2015

A ÉTICA PROTESTANTE E A PARTICIPAÇÃO POLÍTICA


Por Anatote 

Encontramos na Teologia Reformada e na vida dos reformadores, e, posteriormente, dos calvinistas, as doutrinas da vida cristã e a ética social protestante; um testemunho a favor do engajamento em reformas estruturais da religião, da sociedade e do Estado. O protestantismo não falou em ética somente para fazer apologética diante da nova ética proposta pela Teologia da Libertação – TL. O protestantismo nunca excluiu a participação dos cristãos na política, antes, tem como missão no Mandato Cultural. A espiritualidade protestante é vivida em todas as áreas da ciência, da economia e da política, orientada por uma ética do trabalho responsável e disciplinada, como serviço prestado a Deus.

A Igreja está inevitavelmente envolvida nos movimentos econômicos e políticos da história. Nem sempre de forma negativa como afirmam os seus opositores. Os protestantes contribuíram na história como força permanente de transformação política e social, no advento da democracia moderna, na garantia das liberdades individuais e dos direitos humanos, com um papel fundamental na primeira abolição da escravatura, e por incrível que possa parecer aos defensores modernos do Estado Laico, na luta contra a ameaça teocrática, pela independência da Igreja do Estado. A teocracia calvinista é um mito. Infelizmente, podemos constatar a expansão missionária do protestantismo junto com a penetração colonial dos países europeus e dos Estados Unidos na America Latina e na África, os quais se enriqueceram à custa da exploração dos países pobres, observa Rubem Alves, um dos expoentes da TL, banido da Igreja Presbiteriana do Brasil por heresia, em seguida, este erudito pastor foi relegado e discriminado por ser protestante pela mesma TL sob a acusação de Frei Beto de ter escrito a sua teologia nos Estados Unidos.

Rubem Alves analisou a ética social protestante e escreveu sobre a circunstância em que veio a ser articulada. Afirmou que a consciência dos problemas sociais econômicos e políticos a partir de 1950 levou o protestantismo a dar os primeiros passos na formulação de um projeto para o Brasil, a despeito da resistência da ética social reduzida à máxima: “Converta-se o individuo e a sociedade se transformará” que, confrontava a nova ética articulada a partir de 1950, a qual defende que não basta o trabalho responsável e disciplinado, propõe mudar as estruturas econômicas e políticas.

Na composição da nova ética está uma teologia (Teologia da Crise) forjada em meio às grandes crises europeias “– a Primeira Guerra Mundial, a Revolução Comunista, a Segunda Guerra Mundial –,” Rubem Alves escreve:

“situações em que a Igreja se viu envolvida, contra a sua vontade, nas correntes da história. A passiva atitude dos protestantes na Alemanha, silenciosos, na melhor das hipóteses ativamente apoiando o nascimento e o desenvolvimento do nazismo, levantou sérias questões acerca das responsabilidades políticas dos cristãos. Pode a Igreja silenciar quando seis milhões de judeus estão sendo exterminados, alegando que a sua competência se restringe ao reino espiritual, sendo-lhe vedado envolver-se na política? Não. O Deus de Jesus Cristo implica uma radical negação de todos e quaisquer poderes totalitários, e, portanto, a relação do cristão com a ordem política não pode ser de ajustamento, mas antes de tensão crítica.”


Rubem Alves afirma que entra na composição da ética social protestante a Teologia Bíblica, apontando para os profetas que, confrontaram sacerdotes e reis, concluiu-se que, “a fé em Jesus Cristo tem de se expressar em termos de responsabilidade social”. Também citou o movimento ecumênico como importante elemento na construção desta ética, o qual, segundo ele, “iniciou com a preocupação pelas divisões da Igreja, através de todo mundo”, pois busca a reconciliação entre os povos. Ainda que alguém pense nas alternativas de participação e não participação política, neste ponto, concordamos, existem, inevitavelmente, apenas duas alternativas: “a participação responsável e consciente e a não participação irresponsável e não confessada.”

A crítica feita à ética social protestante pela nova ética afirma que a prioridade da Igreja não seja a salvação do corpo, mas uma antropologia teológica dualista que, separe o homem de seu corpo, não é protestante, mas gnóstica. Cremos na ressurreição do corpo. Mesmo antes da Teologia da Crise e do Movimento Ecumênico já existia uma ética protestante com a pressuposição de que a Igreja deveria ser um dos instrumentos para a promoção de justiça e bem-estar. O entendimento de Rubem Alves de que para o protestantismo a única tarefa que a Igreja se pôde propor foi de salvar almas e que entende as estruturas como produto da providencia e que não assumimos o papel de transforma-las, foi sem dúvida provocada não por uma ética social, mas por uma apologética frente a TL. Ao desqualificar a pretensão da nova ética social a Igreja sofreu e ainda sofre as consequências da não participação irresponsável e não confessada.

quinta-feira, 12 de março de 2015

OS DIREITOS DOS ESQUERDISTAS














Por Anatote Lopes

Os esquerdistas têm todos os direitos a mais que os outros, e a garantia a estes e a todos os demais direitos omitidos nesta lista:

a) O direito de negligenciar a todos os deveres e negar os direitos de quem quer que seja;

b) O direito de mentir quando lhe for conveniente;

c) O direito de cometer crimes e ficar impune;

d) O direito de defender terroristas em geral, inclusive radicais islâmicos e bandidos ligados às organizações criminosas que estupram e executam principalmente crianças e cristãos, identificando as reações contra assassinos, traficantes, estupradores e terroristas como conservadoras, sionistas e violação dos direitos humanos;

e) O direito de praticar explicitamente todo tipo de imoralidade, calar toda forma de censura e fazer todos os seus discordantes parecerem pessoas más e homofóbicas;

f) O direito de usar todos os meios ilícitos de forma justificável quando os fins sejam justificados pela alegação da causa maior da justiça social e do amor;

g) O direito de tornar todo o mau em bem: crime em heroísmo, imoralidade em amor, ilegalidade em moralidade, mentira em verdade e de fazer o que quiser em nome dos fins alegados de justiça social e de amor;

h) O direito de classificar as vozes dissidentes de elites do sudeste, do sul, colonialista, branca, racista, fascista, etc., mesmo quando o seu interlocutor for negro ou nordestino;

i) O direito de não ficar um só dia sem lembrar a escravidão dos negros do Brasil e de reivindicar todos os dias as reparações das injustiças histórias contra uma raça, e de sufocar as vozes que, denunciarem a escravidão indígena e de outros grupos étnicos no passado e no presente na China, na Coreia do Norte e em outros lugares, principalmente em países comunistas;

j) O direito de tirar os direitos dos outros quando não forem dos nossos, classificando os "sem direitos" como elites, burguesia e classe média raivosa;

k) O direito de ter mais direitos do que os outros;

l) O direito ao mimimi nas redes sociais: “Coxinha!” “Reaça!” “Racista!” “Fascista!” “Homofóbico!” “Fundamentalista!” “Opressor!” “Repressor!” “Golpista!” “Impitiman é meu zovo!”.

Parágrafo Único: O direito do esquerdista está acima da lei.

terça-feira, 10 de março de 2015

COMO ENCARAR O PAPEL DAS FORÇAS MILITARES NAS MANIFESTAÇÕES DO DIA 13 E 15 DE MARÇO


Não defendo intervenção militar constitucional porque acredito numa saída democrática para a crise atual. Apoio as manifestações porque elas são democráticas. A expectativa daqueles que pedem intervenção militar é que os militares batam em quem eles quiserem e não em quem o governo petista mandar.

Qual é a diferença da ditadura militar do passado para a “democracia” petista do presente? Sem entrar na questão da guerra por questões ideológicas e de disputas pelo poder entre os militares capitalistas e os guerrilheiros comunistas, quanto às manifestações NÃO TEM NENHUMA DIFERENÇA; exceto que, aqueles que apanharam dos militares no passado porque se manifestaram podem dar ordens aos militares hoje para baterem nos manifestantes.

A situação hoje tem o agravante das milícias de esquerda insufladas pelo discurso de racismo, ódio e inveja contra uma suposta elite branca, o que historicamente, se constitui em ingrediente explosivo para uma guerra civil.

Diante disso os movimentos contra a corrupção que protestam contra o governo buscaram garantias de segurança para os manifestantes junto às policias militares, mas, nós sabemos muito bem que, em caso de distúrbio civil os procedimentos militares para dispersar a multidão são padronizados, insensíveis e truculentos.

Deixo uma dica básica para a sua segurança: Quando a tropa de choque, estiver em formação e derem gritos de guerra para o Controle de Distúrbio Civil, não entrem em confronto com os militares, nem tentem dialogar, mas, entendam que é hora de dispersar a multidão; deixem as bombas de gás lacrimogêneo, os spray's de pimenta, as balas de borracha e os cassetetes elétricos para os milicianos do MST e do Black Bloc’s.

O QUE É ISSO COMPANHEIRO?


O QUE É ISSO COMPANHEIRO?
DILMA DISSE QUE NÃO VAI ADMITIR VIOLÊNCIA, SERÁ QUE ELA ESTAVA FALANDO DISSO?



Anatote Lopes







quarta-feira, 4 de março de 2015

UM ‘PERFUME’ PELO DIA INTERNACIONAL DA MULHER


À Juliane Lopes e a todas as mulheres que compartilham conosco da graça da Vida,
“Gaio – Proponho-me agora falar em nome das mulheres, para lhes tirar dos ombros a vergonha. Pois assim como a morte e a maldição entrou no mundo por causa da mulher, também dela vieram a vida e a saúde. Deus enviou seu Filho, nascido de mulher (Gl 4:4).
– Para mostrar o quanto as que vieram depois abominavam o ato da sua mãe – continuou –, no Antigo Testamento, as mulheres desejaram filhos na esperança de que uma delas fosse, quem sabe, a mãe do Salvador do mundo. E digo mais. Quando veio o Salvador, foram as mulheres que se alegraram nele, antes mesmo dos homens e dos anjos.
– Nunca li que homem algum tenha dado a Cristo sequer um centavo – acrescentou ele –, mas as mulheres o seguiam e o serviam, dando-lhe o que tinham. Foi uma mulher que lhe lavou os pés com lágrimas, e também uma mulher que lhe ungiu seu corpo para o sepultamento.
– Eram mulheres que choravam quando ele se encaminhava à cruz – disse –, e foram mulheres que o seguiram depois de descido da cruz e fizeram vigília diante do sepulcro onde ele foi enterrado. Quem primeiro encontrou a Cristo depois da ressurreição também foram as mulheres, e elas levaram aos discípulos a notícia de que ele havia ressurgido dos mortos. As mulheres, portanto, contam com muitas dádivas de Deus, e mostram com isso que compartilham conosco da graça da Vida.”
“Pois que todas as doutrinas desta vida gerem em você maior desejo de sentar-se à mesa da ceia do Senhor”
Dedico-lhe por ocasião do Dia Internacional da mulher este ‘extrato’ de: “A Peregrina”, de autoria de John Bunyan.

Anatote Lopes