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quinta-feira, 31 de julho de 2014

NATUREZA TERRENA E RESSURREIÇÃO

Por Anatote Lopes
















“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória. Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria;”. (Colossenses 3.1-5).

Quando morre uma pessoa querida somos forçados a pensar na brevidade da nossa própria vida. A vida das pessoas que nós amamos e as nossas próprias vidas não nos pertencem; nossas vidas pertencem a Deus. Os nossos corpos enquanto vivemos ou quando morremos não nos pertencem, por isso “o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus que o deu.” (Eclesiastes 12:7). Quando olhamos nossas vidas dessa perspectiva as paixões carnais perdem o seu valor. Não temos na vida terrena nada que seja eterno, então, se alguma coisa não dura o suficiente não pode ser mais importante que a eternidade da nossa alma. Mas, a cobiça leva o ser humano a desejar o mundo e seus prazeres efêmeros e desprezar o Criador.

Quem vive o testemunho da ressurreição futura no presente não se mostra moribundo na vida, mas, comunica pela nova vida que já vive, prefigurando a luz dos glorificados, o anuncio de esperança da manifestação de Jesus Cristo. Felizes os que não vivem as suas próprias vidas, mas já ressuscitaram com Cristo e suas vidas estão nele escondidas até que sejam manifestadas em glória. Não se trata de vivos que esperam a ressurreição dos mortos e nem de mortos, certos que algum dia essa ressurreição ocorrerá, mas felizes são os que já vivem a realidade da ressurreição nesta vida, fazendo morrer a sua natureza terrena: “prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria”.

Quem busca a paz, a saúde, a prosperidade e os prazeres mundanos tendo em vista suas próprias prioridades e desprezam o Salvador que vem ao encontro deles e de suas verdadeiras necessidades, quem despreza a Deus por que não tem a verdadeira fé que contempla a eternidade ficará desesperado na hora da morte. A humanidade foi criada para o paraíso perdido; busca-o incessantemente. A experiência de conquista e de paixão carnal nos dá prazer e quando nos sentimos supridos por nossos próprios esforços, temos a sensação de ter alcançado o paraíso, mas, de repente seremos chamados daqui a hora da morte e se não formos reconciliados pela graça de Deus em Cristo não ganharemos o paraíso verdadeiro. Mas, descansam à sombra do Deus Onipotente àqueles que se encontram no esconderijo do Altíssimo (Sl 91:1); são estes que tem a verdadeira paz e as bênçãos espirituais que o homem carnal não pode desejar e nem entende, antes pensa que não precisa de Deus, confia na sua própria força e acredita ser ele mesmo o seu próprio deus. No mundo a ambição é elogiada como virtude, mas é ela que tem levado a humanidade às guerras; a cobiça e a ambição geram injustiça, dor e sofrimento, são destruidoras, por isso somos desafiados à consciência deste mal para permanecermos alertas. Cristo nos ensina a entesourar no céu e ter nele o nosso coração. Isto significa ser rico para com Deus. Os bens materiais acumulados aqui, não são úteis para nós na hora da morte, mas para os nossos herdeiros que mal causará?

A nossa cobiça e ganância afeta os nossos sucessores, como a nossa natureza pecaminosa, também a nossa herança material se tornará prejudicial aos nossos filhos e descendentes, salvo se receberem a nossa herança espiritual pela graça de Deus; caso contrário o que lhes foi facilitado dará lugar a indolência e as disputas pelas quais envenenarão as suas próprias almas. Mas, Deus nosso Pai nos presenteou com a vida eterna, para vivermos essa realidade hoje, no deleite da criação, no cuidado para com todas as criaturas, na proclamação do evangelho da Verdade, nas boas obras e no amor a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos; assim podemos viver espiritualmente com Jesus por toda a eternidade, mas se alguém for seduzido por esta vida desprezará a vida eterna recebida pela graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. 

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