Por Anatote Lopes
A páscoa no Antigo Testamento apontava para o passado: a libertação do povo de Deus do cativeiro egípcio, e, para o futuro: Jesus Cristo é a nossa páscoa, pois Ele é o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Temos este conhecimento hoje, porque estamos historicamente no tempo da graça, temos cumprida a promessa e a revelação da Verdade; as realidades simbolizadas no sacrifício do cordeiro, no vinho e nas ervas amargas são claramente identificadas nos sofrimentos do Cristo de Deus, sacrificado em nosso lugar, desde a sua prisão até a sua morte (desde sua encarnação).
Ainda que, antes, na Páscoa judaica, as ervas amargas simbolizassem os sofrimentos do povo de Deus na escravidão sob o domínio do faraó; o cordeiro lembrasse o cordeiro que foi morto e o seu sangue aspergido nos umbrais das portas para que os primogênitos dos israelitas não fossem mortos, quando o Senhor ferisse todos os primogênitos do Egito; enfim se comemorasse a libertação dos filhos de Israel do cativeiro pela mão forte de seu Deus.
É claro que os evangelhos não fornecem um roteiro completo para os filmes, e, muito do que se tem apresentado acrescenta elementos e filosofias antibíblicas. Mas, filmes como “Paixão de Cristo” reforçam a convicção bíblica do quão profundo foi o amor de Jesus, as suas dores físicas e os tormentos de sua alma para que, no nosso lugar, recebesse a justiça pelos sofrimentos e pelo abandono, e pudéssemos ser revividos salvos por Ele: o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.
Quando os crentes se negam a comemorar a páscoa com coelhinhos e ovos de chocolate como fazem os pagãos, eu concordo, mas, então? A igreja deve comemorar a páscoa? Sim. Claro! E, não somente uma vez por ano, mas, todos os dias na família e todo domingo como uma comunidade de fé que adora a Deus.
A maneira correta de comemorar a páscoa é com o pão e o vinho no sacramento (ou ordenança) da Comunhão, ordenado pelo Senhor Jesus Cristo.
A Páscoa do Novo Testamente foi instituída por Jesus quando da primeira Ceia do Senhor, por ocasião da páscoa judaica. A páscoa cristã é a Santa Ceia, também chamada de Eucaristia (que quer dizer ações de graças); é também chamada de celebração da Comunhão. A sua forma é claramente descrita no Evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo em Mateus 26.26-28: “26) Enquanto comiam, tomou Jesus um pão, e, abençoando-o, o partiu, e deu aos discípulos, dizendo: Tomai, comei; isto é o meu corpo. 27) A seguir, tomou um cálice e, tendo dado graças, o deu aos discípulos, dizendo: Bebei dele todos; 28) porque isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados.”. Em seguida disse o Senhor em Mateus 26.29-30: “29) E digo vos que, desta hora em diante, não beberei deste fruto da videira, até aquele dia e que o hei de beber, novo, convosco no reino de meu Pai. 30) E, tendo cantado um hino, saíram para o monte das Oliveiras.”
A que a páscoa, hoje, nos desafia e anima? A pregação do evangelho, pois o Senhor nos envia a pregar o Evangelho para que homens e mulheres de todos os povos e nações sejam admitidos à mesa do Senhor e participem da VERDADEIRA PÁSCOA, do banquete celestial no presente e no futuro.
Não é surpreendente que a nossa páscoa seja diferente da páscoa judaica e da páscoa pagã. Pois, até mesmo o batismo que foi ordenado por Jesus não é o mesmo batismo de João, o qual era o rito judaico da purificação do Antigo Testamento celebrado antes desta ordenança. O Batismo e a Ceia do Senhor pertencem e são sinais da Nova Aliança, são mandamentos do Senhor expressos na Grande Comissão em Mateus 18.19: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,”. Portanto pregar o evangelho e celebrar a verdadeira páscoa não é uma opção, mas é obediência ao nosso Senhor Jesus Cristo.
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