Todos
os irmãos fazem por ocasião de sua admissão a igreja o voto solene de obedecer às
lideranças nela constituídas enquanto estas permanecerem fiéis às Escrituras. O
que é perfeitamente bíblico. É coerente com a unidade orgânica do Corpo de
Cristo e não significa uma hierarquia entre pastores e bispos, presbíteros e
diáconos, mas princípios de amor, ordem, autoridade e submissão.
É
uma loucura tirarmos a autoridade daqueles que receberam do Senhor a grande
responsabilidade de um encargo tão sério, tornando tão penoso o trabalho destes
servos em detrimento de nossa própria consolação, edificação e instrução, com
argumentos aparentemente piedosos, mas claramente arrogantes e contrários a
Bíblia de que temos um só pastor que é Cristo ou um só guia que é o Espírito
Santo. Além dos textos que nos vêm
imediatamente a memória há outros que nos recomendam o governo e o serviço
destes servos ordenados. É claro que estão valendo até a volta de Jesus Cristo.
O
nosso Senhor distribui dons diversos para mútua edificação e sujeição uns aos
outros em amor. Os apóstolos tiveram o ministério fundamental de guias,
orientaram a eleição de oficiais e exortaram à submissão as lideranças. Se o
dom de pastor-mestre (Ef 4.11) não existisse mais, não teríamos pastores
ordenados na igreja e Jesus ressurreto deveria pessoalmente nos governar e
ensinar, como não é assim, somos exortados em Hebreus 13.17: “Obedecei aos
vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como
quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque
isto não aproveita a vós outros.”.
Especialmente
aos bispos e ministros da Palavra, ou, aos presbíteros docentes, isto nas
igrejas que não tem os três ofícios, são os responsáveis pela orientação da
igreja. O Senhor se utiliza de homens cheios do Espírito Santo, a Bíblia diz
que eles são nossos “guias”, os quais Deus deu a Igreja com um propósito muito
claro. São os que receberam estes dons, como está escrito: “E ele mesmo
concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e
outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o
desempenho do seu serviço, para a edificação do Corpo de Cristo, até que todos
cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita
varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo,” (Ef 4.11, 12).
Pois
as Escrituras nos exortam não somente à obediência aos nossos guias como também
à imitação da fé que tiveram. O Espírito Santo é nosso guia que ilumina mentes
e corações, tanto quanto dá pastores/professores como dons a Igreja, isso
significa que nós podemos aprender deles a Lei e os Profetas pelo Mistério
Apostólico nos Evangelhos e Epístolas,
as Escrituras Sagradas e pelo ministério de interpretação, ensino e pastoreio
pela Palavra (Bíblia) sejamos aperfeiçoados em santidade e preparados para o
serviço.
O
exame de aferição dos verdadeiros profetas é perfeitamente exemplificado pelos
cristãos de Beréia. “Ora, estes de Beréia eram mais nobres que os de
Tessalônica; pois receberam a palavra com toda avidez, examinando as Escrituras
todos os dias para ver se as coisas eram, de fato, assim.” (Atos 17.11).
Aprendemos
com os bereianos o animado interesse destes irmãos pela Palavra e a atenção
dedicada aos ensinos; diz o texto que receberam com avidez a Palavra; devemos
ser também ávidos por aprender; os cristãos de Beréia eram aplicados nos seus
exames do texto; conferiam tudo o que ouviam de Paulo com a Palavra, para
aferirem para si, se o que estava sendo exposto era mesmo fiel.
Portanto
leiam também Hebreus 13.7, 8: “Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos
pregaram a palavra de Deus; e, considerai atentamente o fim da sua vida, imitai
a fé que tiveram. Jesus Cristo, ontem e hoje, é o mesmo e o será para
sempre.”... 16 e 17: “Não negligencieis, igualmente, a prática do bem e a mútua
cooperação; pois, com tais sacrifícios, Deus se compraz. Obedecei aos vossos
guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve
prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não
aproveita a vós outros.”.
E, I
Tessalonicenses 5.12-17: “Agora, vos rogamos, irmãos, que acateis com apreço os
que trabalham entre vós e os que vos presidem no Senhor e vos admoestam; e que
os tenhais com amor em máxima consideração, por causa do trabalho que realizam.
Vivei em paz uns com os outros. Exortamo-vos, também, irmãos, a que admoesteis
os insubmissos, consoleis os desanimados, ampareis os fracos e sejais
longanimos para com todos. Evitai que alguém retribua a outrem mal por mal;
pelo contrário, segui sempre o bem entre vós e para com todos. Regozijai-vos
sempre. Orai sem cessar.”.
Anatote
Lopes, 2013
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