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sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O CONHECIMENTO DO NATAL

por Anatote Lopes

É tempo de Natal! Desde o século IV, chamado de tempo do Advento, as quatro semanas que antecedem a comemoração do nascimento do Filho de Deus. O Natal começou a ser comemorado em um contexto de imposição imperial romana e de sincretismo religioso. Mas, devemos pensar em Jesus Cristo e obedecê-lo todos os dias. Logo, não é errado comemorar a primeira vinda do nosso Salvador, em qualquer dia, já que o nascimento do Filho de Deus se torna uma ocasião para o culto, uma vigília de oração e adoração e para a pregação do Evangelho, na narrativa do primeiro Natal.

É tempo de cantar hinos de Natal, ornamentar o ambiente e fazer uma alegre festa. Que seja uma comemoração e anunciação do Evangelho, da esperança da volta gloriosa do nosso Senhor, da Nova Jerusalém, onde habita a justiça e a paz, dos novos céus e da nova terra onde haverá júbilo e regozijo para sempre. Um futuro sem tristeza, dores, prantos, porque as primeiras coisas passarão e não haverá mais lembranças delas porque tudo se fará novo. (Ap 21.2 e 4).

Conservem-se “íntegros e irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”( I Ts 5.23); fujam da sedução do consumismo e do desperdício, pois estas coisas não tem nada haver com o Natal de Jesus Cristo. É fato que não temos uma proibição bíblica para a tradicional festa de troca de presentes realizada no Natal, então, que se faça fora do ambiente do Culto, o qual deve ser prestado somente a Deus. Não nos esqueçamos de trazer nossas ofertas, como fizeram os magos que, presentearam o Salvador. As cidades ficam iluminadas com as luzes e as cores e as lojas ficam cheias, e, nessa correria há quem se esqueça de Jesus, mesmo que Ele de nada necessite. Não se angustie com o excesso de compras, por trocar de carros, evite o consumo de supérfluos e o comer demais e o beber demais, pois Deus não se alegra disso. Evite o velho barbudo de vermelho, o tal de Papai Noel, ele não passa de uma lenda que distrai as pessoas do verdadeiro sentido do Natal. Ninguém distribui presentes num treno puxado por renas para as crianças pobres; todo bem deve ser feito generosa e obedientemente a Jesus Cristo e os Seus Mandamentos, não somente no Natal, lembre-se das pessoas que moram nas ruas e no sertão, sob o sol forte, passando fome e frio, em vez de desperdiçar doe.

Pensemos no Novo Céu e na Nova Terra, mas até a volta de Cristo, os pobres existirão e pela atenção dada a eles nossa fé é provada. Sempre existirão corruptos no mundo fingindo estar preocupados com os pobres para se promoverem e se enriquecerem fazendo do Natal ocasião para uma piedade falsa e compaixão hipócrita. Não imitemos as celebridades imorais da nossa pátria que, se entregam as idolatrias, a corrupção e às aparências, pois elas faturam alto para nos seduzir ao consumo desenfreado, ainda que se diga pessoas que se preocupam com os pobres, a realidade deles é outra, diferente de quem não é conhecido, daqueles que, para muitos, não existem mais e que já saíram da pobreza, não é verdade! Milhões de pessoas estarão a passar fome, enquanto você estiver passando mal de tanto comer.

Anuncie o nascimento de Jesus, não ignore o Seu nome, não despreze o seu chamado ao arrependimento, sua oferta de perdão, de alivio aos cansados e libertação dos oprimidos. Se o mundo ignora quem Ele é, nós cremos que é o Deus conosco, encarnado, o qual morreu por nossos pecados, mas ressuscitou, subiu ao Céu e voltará. Quando Cristo voltar implantará o Seu Reino e fará Justiça. Por isso, Natal também é tempo de arrependimento e reconciliação com Deus por meio de Jesus Cristo nosso Salvador.

Sejamos verdadeiros discípulos do Senhor, não vivendo como alguém que não conhece a Jesus. (João 1.10 e 18). Mesmo dentro das igrejas existem pessoas que, pelo seu estilo de vida, revelam que não conheceram a Cristo, exceto pelo nome, como uma personagem da história que, fez milagres, e, resolve os problemas financeiros e de saúde das pessoas, alguém para servi-los com um milagre de Natal, mas o verdadeiro milagre de Natal já aconteceu: Jesus Nasceu!

Conhecê-lo como Senhor é não apenas confessar com os lábios: Senhor! Senhor! Senhor! Somos chamados ao serviço, daquele que é servido ou adorado sem reservas, em obediência e amor, seguindo o Seu exemplo: “Eu não vim para ser servido, mas para servir” (Mc 10.45). Conhecer e servir a Jesus Cristo, como Senhor. Sempre presente. A Deus seja a honra, o louvor, a glória e a majestade no Natal e para sempre.


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

JESUS VOLTARÁ. PREPARA-TE!


Por Anatote Lopes

Jesus Cristo veio e comissionou os seus discípulos para fazerem mais e mais discípulos, chamando-os ao arrependimento de seus pecados e anunciando o perdão e a reconciliação realizados pela sua morte na cruz. Ele disse que estivéssemos preparados porque a sua volta seria “como um ladrão”, referindo-se à surpresa, já que o ladrão não avisa a que dia e hora vem.

Esta volta, ou segunda vinda do nosso Senhor, será para libertar definitivamente a sua Igreja, ou seja, aos cristãos, os quais foram feitos discípulos, verdadeiros cristãos, inconformados com o mundo, os quais seguem os ensinos de Jesus Cristo (Mt 28.18-20) e não as religiões e tradições de seus antepassados, as ideologias e filosofias mundanas; os tais foram visitados e transformados pelo Espírito de Cristo quando nele creram (At 19.2), são inconformados com a corrupção do mundo (Rm 12.2) e são famintos e sedentos de justiça (Mt 5.6).

Esta segunda vinda do nosso Senhor acontecerá no futuro, mas estamos sendo preparados para ela no presente, congregados em estudo da Palavra de Deus, vigilância e oração, para não sermos surpreendidos por Aquele que vem como ladrão. Como nos dias de Noé, muitos serão absorvidos pelo espírito da época, pela acomodação cultural ao mal, à imoralidade e à corrupção, e serão surpreendidos na volta de Jesus. Ele vem buscar os que não se conformarem, nem lavarem as suas mãos, ou se mancomunarem com os ladrões, nem se entregarem à prostituição, depravação e imoralidade de toda sorte de corrupção da consciência, da conveniência, das palavras, das atitudes e dos costumes, traindo ao Seu Senhor.

Os senhores deste mundo passam. A morte e o esquecimento levam os poderosos deste mundo, mas nada impedirá a nossa esperança e a volta do nosso Senhor. A imoralidade e a injustiça estão sufocando a vida espiritual das pessoas, mesmo das que se dizem cristãs, as quais se esqueceram de que o Senhor disse: “fiquem vigiando, pois vocês não sabem em que dia vai chegar o seu Senhor ” (Mt 24.42). Só por meio da fé poderemos vigiar de modo correto, pois é somente por meio dela que podemos receber Jesus Cristo como nosso Senhor e Salvador. Quando ele vier, estaremos preparados, somente em Jesus Cristo, Único Mediador, somente por Ele, que foi morto na cruz pelos nossos pecados, o Ressurreto que subiu aos céus, o mesmo que disse “vigiem”, disse: “eis que venho sem demora” (Ap 3.11).

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

VOCÊ PRECISA DE TRANSFORMAÇÃO











Por Anatote Lopes

Esteja atento! Fortaleça o que resta e que estava para morrer, pois não achei suas obras perfeitas aos olhos do meu Deus.

Apocalipse 3:2 (NVI)

João escreveu a Palavra do Senhor para ser entregue à Igreja pelo pastor de Sardes, na época do Império Romano, quando o comportamento daquela comunidade não condizia com a vontade de Deus revelada nas Escrituras Sagradas.

O autor usou a figura de vestes brancas e tingidas para tipificar o comportamento deles, algumas estavam brancas outras já tinham sido contaminadas. O que significa que alguns viviam de maneira condizente com as Escrituras e outros tinham o seu comportamento desviado.

O imperialismo romano estava impondo a sua ideologia, havia prosperidade e riqueza sob o seu domínio, mas à custa de sacrifício, exploração, mentira e imoralidade. Esta Igreja precisava permanecer viva neste ambiente corrompido. Muitos já estavam perdidos; ou seja, em um estado de morte; enquanto outros estavam vivos, mas ainda não tinham se conformado com aquilo que Deus exige. Não é diferente nos dias de hoje. Aliás, o modo de vida dos nossos dias é uma manifestação antiga dos mesmos cadavéricos pecados do ser humano caído do passado.

Nos dias do imperialismo romano o modo de vida também era idólatra e imoral e crescia a incredulidade afastando as famílias da fé; também existia um plano de aculturação que visava à predominância de ideias ateístas e idolatras incompatíveis com os valores do Evangelho de Cristo; as exigências do trabalho e o desejo desenfreado de deleite dos prazeres do sexo e do consumismo também eram latentes no ser humano.

Tanto nos dias do Império Romano como nos nossos dias a nossa ganância continua insaciável em busca de prazer, fama, dinheiro e poder; cada vez mais, o individuo se sobrepõe à comunidade, com um discurso hipócrita de zelar do bem comum e dos direitos individuais, tingindo as suas vestes na lama do pecado e no sangue dos inocentes.

Por isso vivemos o tempo do desinteresse de participar da adoração comunitária, comprometer-se com Deus e com outras pessoas. A Igreja, neste contexto, para muitos, torna-se uma prestadora de serviços, e os cristãos deixam de ser servos de Deus e profetas no mundo, separados para o evangelho e uma vida santa. (Rm 1.1-7).

O cristão transformado vence e retorna à fé verdadeira. Arrepende-se de seus pecados, retoma a vigilância, oração e a congregação, atitudes coerentes que promovem a reconciliação uns com os outros e com Deus. Sendo o povo de Deus e a sua Igreja no mundo, não busca a Deus para livrar a própria pele de sofrimentos no mundo ou mesmo da condenação do inferno, o que ainda seria uma atitude pagã e não cristão, mas se converte a Deus para adorá-lo, servir, amar e obedecer ao Senhor acima de todas as coisas, e amar ao próximo como a si mesmo.

Passa a ser amado de Deus no mundo que, jaz no maligno. Cristo transforma todos os verdadeiros discípulos pelo poder do Seu Espírito. Os quais ouvindo este Evangelho creem e o seguem, àquele que morreu na cruz por seus discípulos, para os salvar e libertar do domínio do império das trevas: Jesus; Ele vem habitar em cada deles. Ele dá força e sabedoria do Espírito Santo para viverem em um mundo de violência, incredulidade e de imoralidade, e apesar disso, manterem-se fiéis ao Evangelho de Cristo e se tornarem agentes transformadores da realidade ao redor deles.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

IGREJA PRESBITERIANA DE DRACENA, 55 ANOS















Introdução
A Igreja Presbiteriana do Brasil tem 150 anos no Estado de São Paulo. A Igreja Presbiteriana de Dracena é uma igreja autentica, reformada, moderna e transformadora, herdeira do ministério e do martírio dos apóstolos e dos primeiros cristão, “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos, a Comunhão, ao Partir do Pão e às Orações.” (Atos 2.42). Como igreja presbiteriana no Brasil desde 1859 pregando o evangelho, fazendo discípulos de nosso Senhor Jesus Cristo, celebrando os sacramentos por Ele ordenados e orando de casa em casa e de cidade em cidade, no Oeste de São Paulo.

Plantação
A Igreja Presbiteriana do Brasil começou com o trabalho pioneiro do Rev. Oscar Chaves em 1943, missionário da Junta de Missões Nacionais no campo de Adamantina até o Rio Paraná, sediado em Lucélia. O fenômeno do crescimento da “Cidade Milagre” fez com que em 1954 a Junta de Missões reestruturasse o trabalho no interior e transferisse a sede do campo para a cidade de Dracena.

Organização
Em 25 de Outubro de 1959 foi organizada a Igreja Presbiteriana de Dracena tendo como pastor o Rev. Oswaldo Dias de Lacerda. A evangelização do interior do Estado de São Paulo já havia colhido muitos frutos da obra missionários, irmãos e irmãs pioneiros que aqui chegaram, tornaram-se lideranças locais do longínquo oeste então ligado à Capital pela estrada de ferro, tornou-se então, a sede da microrregião de Dracena, na região de Presidente Prudente, e, passou a ser denominada de Nova Alta Paulista.

Tendência Atual
Desde 2011 pastoreada pelo Rev. Anatote Lopes da Silva. A comunidade recebeu novo ânimo e unidade para a adoração e realização de seus projetos para a glória de Deus.

Escola e Culto Dominical
O cumprimento da grande comissão é reunir adoradores. A ênfase da ordem está em “fazei discípulos”. Todos os domingos às 9 horas a igreja se reúne para a Escola Dominical; conta com professores, departamento infantil bem equipado e emprega tecnologia digital na apresentação dos estudos para jovens e adultos.
O Culto Dominical é oferecido a Deus às 19h e 30 minutos com ordem e decência, liturgia reformada e Palavra transformadora, espontaneidade, quebrantamento, confissão e adoração.

Ações de Evangelização e Missão
A Igreja promove ação social sob supervisão da Junta Diaconal, desenvolvimento humano e profissional, nutrição, inclusão social e digital de crianças e adultos e educação como ações de evangelização. Um dos braços sociais da Igreja é o Projeto Esperança, com quase 20 anos funcionando nas dependências da Igreja desde a sua fundação em parceria com APE.

Liderança
O ponto forte da liderança local é a renovação: jovens pastores e presbíteros buscando soluções; corpo de oficiais diáconos cooperando para mudança e conscientizando a comunidade para fazer análise crítica do processo e contribuir com propostas para melhorias e aprimoramento estratégico.

Missão e estratégia
Nosso Senhor Jesus Cristo que nos deu a missão (Mateus 28:18-20). Fazemos tudo para a glória de Deus. Trabalhamos para o crescimento e saúde física e espiritual de todos, pela unidade da Igreja e da Família, crescimento da Igreja e do Evangelho do Reino de Deus e desenvolvimento e transformação do ser humano, pela pregação da Palavra de Deus.
A visão e estratégia da Igreja são coerentes com os seus valores e as suas características: uma Igreja Autentica, Reformada, Moderna e Transformadora. Esta igreja adora, evangeliza, cuida dos pobres e necessitados, vive em comunhão, educa pela Palavra de Deus e ministrada aos corações para promover a transformação dos seres humanos em todas as áreas da vida.

Características Missionárias
A Igreja Presbiteriana de Dracena nasceu de missões e para missões. A SAF (Sociedade Auxiliadora Feminina) é uma organização interna de mulheres da igreja que, ora, evangeliza, educa e promove ação social. Distribui chá e literatura evangelística na Santa Casa (Hospital Local) uma vez por semana. Coopera na assistência às 60 famílias alcançadas pelo Projeto Esperança e conta com a simpatia da comunidade pelas obras que realiza.

Plantação de Novas Igrejas
A Igreja Presbiteriana de Dracena investe na plantação de duas igrejas, sendo uma congregação em Panorama e um ponto de pregação em Junqueirópolis, São Paulo; colabora financeiramente com a JMN – Junta de Missões Nacionais e a APMT – Agencia Presbiteriana de Missões Transculturais que, estão plantando igrejas presbiterianas no Brasil e no Mundo.

Relacionamento Comunitário
A Igreja presbiteriana de Dracena é a família e o corpo de Jesus Cristo; uma comunidade formada de irmão e irmãs inseridos e prestigiados na comunidade local. A Igreja é considerada importante para a sociedade e atuante em todas as áreas, sem perder o foco da sua missão.

Oportunidades
A Igreja é um corpo composto de pessoas inteligentes, acolhedoras, competentes, talentosas e ativas, leva o evangelho com música de qualidade, pregação fiel, engajamento e compromisso, realizam um lindo trabalho e serviço cristão, sinaliza vida e continua revitalização; está vencendo os novos desafios, refletindo e praticando novas ideias a luz da Bíblia, permanece fiel aos princípios confessionais e cumpre a sua missão de glorificar a Deus.

Conscientização
Nos próximos anos juntos, vamos construir um estúdio, participar mais no rádio e outras mídias, promover eventos maiores, acolher e receber mais membros em nossa igreja, e, para isso, devemos estar sempre prontos e preparados.

Reflexão

Cremos no poder de Deus, temos uma teologia bíblica, uma igreja linda e o Evangelho que o mundo precisa crer para salvação. Essa missão é nossa! Deus nos ordenou para isso e nos capacitou para esta obra. Essa missão é sua também, abra o seu coração para novos conhecimentos, estratégias e propostas; para o apoio e participação como novos membros, irmãos e parceiros neste projeto de Deus para nossas vidas, Família, Igreja e comunidade. Se você um dia se arrependeu de seus pecados e entregou a sua vida a Jesus Cristo que, morreu na cruz por você, remiu os teus pecados e te deu Nova Vida, você faz parte desta história. 

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

PREGAÇÃO EXPOSITIVA: POR QUÊ?

Por Anatote Lopes


O Pr. Mark Dever explica que o chamado não é uma autorização para falar o que quiser. Pregar não é falar ao microfone para um auditório o que vier no coração ou na mente. O pregador é chamado para pregar a Palavra de Deus. As pessoas precisam ouvir a Deus e não as opiniões das outras. O pregador expositivo é um estudante da Bíblia. Ele tem um texto específico e o ponto central deste será o mesmo da sua mensagem. Deus formará o seu povo gerando vida no vale de ossos secos (Ezequiel 37). A visão (1-10) é por Deus interpretada (11) e o profeta proclama a Palavra de Deus revelada. Israel estava no exílio por causa do pecado, então o povo diz: “pereceu a nossa esperança”, mas Deus lhe responde: “porei em voz o meu Espírito e vivereis” (14). A pregação expositiva é mais do que lições morais, históricas, sociais, ainda que, componham uma pregação, mas a Palavra pelo poder do Espírito gera vida.

O ministro faz outras coisas, mas ele é chamado para pregar a Palavra de Deus. O pastor compõe comissões, ouve a igreja, visita os doentes, lê bons livros, participa de conferencias, mas, nada disso foi recomendado por Paulo, a Timóteo. Ele recomendou: “Pregue a Palavra” (II Tm 4.2). Jesus e os apóstolos tinham como prioridade a pregação da Palavra de Deus, e diante das outras demandas da comunidade incumbiram a outros. Disseram os apóstolos: “Quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da Palavra.” (Atos 6.4). A pregação expositiva não é popular, principalmente entre os jovens que, queixam-se: “por que todos nós temos que ficar quietos e apenas uma pessoa falar?”. O individualismo e o subjetivismo geram a suspeita contra a autoridade e leva a pessoa à confusão, mas os cristãos se assentam diante de uma pessoa em pé para ouvir a Palavra de Deus. É impróprio o abuso de imagens como os ortodoxo e romanistas que abusam de ícones e esculturas porque, de acordo com a Palavra de Deus, Jesus é a imagem de Deus; Ele é o ícone de Deus. Jesus nunca ensinou aos seus discípulos desenharem ou esculpirem imagens para comunicar o evangelho, embora neste tempo, elas já eram largamente utilizadas pelos pagãos. Deus deu o seu Espírito para que eles escrevessem livros, relembrassem e explicassem a Palavra com o devido cuidado para que, nem eles mesmos fossem idolatrados.

A imagem mais antiga de Cristo é uma zombaria da ideia de que o Deus de alguém teria sido crucificado, trata-se de um ícone encontrado em uma tumba em Roma, que retrata Jesus crucificado com corpo de homem e cabeça de jumento, embaixo está escrito: “Alexamanus cultua o seu deus”. Porque os homens se tornam semelhantes aos seus ídolos. (Sl 115.4-8). O povo politeísta tinha imagens de seus deuses, mas o povo de Deus, fala a Palavra de Deus e não o representa com imagem alguma. Com tanta tecnologia disponível para exibir imagens, para muito vivemos numa época visual e que somos seres visuais, devemos lembrar que na queda perdemos a visão de Deus por causa do pecado, mas na sua misericórdia ele se revelou em Cristo. Na verdade o homem sempre foi visual e se expressou através de imagens, não sendo isso que influenciou a lei divina, ou mesmo essa constatação que a justifique, pois percebemos primeiro pelo ouvido, não pelos olhos, mas haverá o dia em que a fé cederá à visão; os ministros da Palavra esperam com expectativa este dia e “contemplarão a Sua face” (Ap 22.4). A Palavra de Deus explica os sacramentos (I Co 14.26); o povo de Deus tem que centrar a sua vida na Palavra de Deus (Dt 17.18-20).

Temos exemplos bíblicos de sermões expositivos: Uma exposição de Joel 2, Salmos 16 e 110 em Atos 2 e o livro de Hebreus que expõe o Salmo 95 e 110; etc. Não devemos nos esquecer que Jesus nos deixou os sinais visuais do Batismo e da Ceia do Senhor, os quais igualmente apresentam uma exposição da Palavra de Deus pela pregação. O que não significa que na esfera pública o cristão não possa ser um artista. O que faz uma igreja ser saudável? Ela precisa ser amigável, confortável, ter boa musica? As pessoas quando a visitarem precisam se sentir valorizadas e as suas crianças ficarem distraídas? Ainda que essas coisas possam ser boas, uma igreja para ser saudável precisa ter um ministro que se doa a pregação expositiva da Bíblia, este ministro deve orientar a igreja como utilizar os símbolos e as artes e a ser acolhedora, mas antes de tudo ele deve mostrar algo visível ao mundo: a pregação bíblica pela sua obediência a Palavra de Deus, e, esta igreja também deve mostrar ao mundo que obedece ao seu salvador.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

SEXUALIDADE, RELIGIÃO E PODER: Como o Estado e a Igreja lidaram com a sexualidade e a reprodução humana

Por Anatote Lopes



Quando falamos de um ministro do evangelho fazemos referencia à tradição, liturgia, doutrina, atividade política, social e pastoral do encargo espiritual e institucional do ministro religioso; o qual é responsável pelo governo e ensino da Igreja. 

Assim também, quando falamos de um governante laico fazemos referencia ao poder do chefe de Estado e as suas atribuições políticas, jurídicas e sociais entre outras.

No Velho Testamento a religião e a política, embora distintas, pertencem à esfera pública e ambas são consideradas "sacerdócio", sendo, tanto os príncipes (políticos), quanto os sacerdotes (religiosos), denominados de "pastores do povo".

Existe alguma relação entre sexo, religião e política? Sim. Os indivíduos são influenciados socialmente e condicionados sexualmente por suas crenças religiosas e ideologias políticas nacionais.  

A religião e a política varias vezes orientaram e governaram/controlaram a sexualidade e a reprodução humana, consequentemente, a maior parte dos seres humanos sacralizou e politizou a sexualidade. 

Sexo, poder e religião tem relação simbólica no mundo, onde convivem os conceitos de pecado, juízo e salvação.

Nas alianças e rupturas políticas envolvendo a dominação imperialista ocorreram relações heterossexuais como matrimonio, adultério, estupro e as relações homossexuais nas orgias palacianas e relações de dominação escravagistas.

Os ministros do evangelho, com raras exceções, abençoam o matrimonio e ensinam valores como família, fidelidade conjugal e reprovam o adultério, as relações homossexuais e o aborto como pecados, e, através de sua mensagem chamam os pecadores ao arrependimento e a redenção para uma nova vida em Cristo.

Ao mesmo tempo em que a mensagem do evangelho traz esperança para alguns, ela gera uma expectativa de condenação para outros, designados de impenitentes e incrédulos. 

O Judaísmo e o islamismo condenam o adultério, toleram a poligamia e não admitem o homossexualismo. Mas, a maioria das religiões politeístas admite essas três possibilidades sem nenhum problema. 

O cristianismo além de excluir o homossexualismo exige o matrimonio monogâmico e a fidelidade conjugal. Ninguém deve ignorar que os pontos de vista, as crenças e a sexualidade aproximem as pessoas que, organizam-se em blocos políticos.

A sexualidade para muitos deveria pertencer à esfera da vida privada e permanecer separada da devoção e livre de críticas e debates.

A religião para muitos não deveria interferir nas pautas das reivindicações e disputas políticas, igualmente a sexualidade, longe da interferência da religião e do Estado.

Quando alguém se apresenta e reivindica a identidade de gênero, está falando de sua intimidade e relacionamento sexual com outra pessoa, o que deveria ser intimo e privado passa a fazer parte da esfera pública.

A religião e a política nunca se afastaram das questões de sexualidade, já que o ser humano é sexuado e essencialmente religioso e político. 

O exibicionismo e a violência na sexualidade humana são reações políticas, religiosas e antirreligiosas.

Parece que a baixa estima, a crise de realização profissional e a falta de referenciais levam o indivíduo a exibir a sua sexualidade com intenção dominadora opressora ou revolucionária.

Quando a sexualidade está no foco da existência do indivíduo ela determina a sua identidade e ela reage contra as normas da Religião e do Estado em busca da sua libertação. 

Se pensarmos, ainda como cristãos, com seriedade e lógica sobre isso, logo, ocorre reportarmos aos mucos, fluidos e órgãos sexuais e eróticos do corpo humano do ponto de vista da nossa moralidade cristã; as nossas reações serão ditadas pelas nossas crenças religiosas e ideologias políticas, inevitavelmente.

A sexualidade esteve inserida no contexto histórico de determinadas revoluções, em períodos de tentativa de tomada do poder ou reação a dominação, utilizando-se de determinado gênero, credo e ideal político por razões econômicas e políticas, trazendo consequentes períodos de devassidão, promiscuidade e violência ou períodos de paz e reconciliação. 

O direito e o respeito a vida humana desde sua concepção, as liberdades individuais, a liberdade religiosa e a liberdade sexual estão na pauta de reivindicações de direitos fundamentais, mas também estão na agenda da disputa pelo poder. 

As disputas pelo poder são demasiadamente corruptas e sórdidas. Nos dias de hoje se utilizam de atos públicos como marchas com pautas simbólicas. 

Semelhantes exércitos em marcha, multidões representando as crenças e ideologias políticas dos grupos em disputa pelo poder.

Os "cristãos" estão em luta pela liberdade religiosa e de expressão; os LGBT's e as feministas são os defensores de direitos e liberdades individuais e sexuais; incluem à pauta de reivindicação a descriminalização do aborto e a criminalização da homofobia.

O termo homofobia designava a violência física contra homossexuais, mas adquiriu um sentido subjetivo que, pode atingir o direito dos cristãos pregarem sobre pecado. Algumas passagens da Bíblia condenam o homossexualismo e foram consideradas homofóbicas e incitadoras de ódio e violência contra os homossexuais.

As duas marchas estão na agenda da disputa pelo poder. 

É fácil verificar na história que, o imperialismo na antiguidade utilizou a dominação e a exploração sexual para promover uma ocupação territorial, a introdução de indivíduos da etnia imperial, a miscigenação racial da população e aculturação pelas uniões matrimoniais e desconstrução de estruturas sociais, culturas, religiões e da unidade nacional.

A questão faz parte da pauta política e religiosa. 

Os muçulmanos estão dominando a Europa. Como? Yasser Arafat que foi o líder da Autoridade Palestina, presidente da Organização para a Libertação da Palestina e da Fatah, a maior das facções da OLP, e co-detentor do Nobel da Paz dizia nos anos 90 que, o Islã dominaria em 50 anos toda a Europa pelo crescimento de famílias introduzidas no continente.

O sexo foi usado como instrumento de violência e de humilhação dos povos dominados, tanto por bárbaros como por romanos na antiguidade. 

Os impérios da antiguidade removiam símbolos, profanavam templos, estupravam, extraiam os fetos das mulheres grávidas dos seus dominados externando sua sanha genocida e mantendo escravos sexuais. 

Na história do nosso século os terroristas também estupram sua vitimas e extraem os fetos das grávidas, bem como executam os homens que não se convertem ao Islã, mas tomam suas mulheres para reproduzirem.

Enquanto nas marchas e manifestações religiosas são reafirmados valores de família a partir do matrimônio e dos filhos de um casamento monogâmico o antagônico nas paradas sexistas fazem orgias em vias públicas enquanto quebram ou zombam de imagens e símbolos religiosos.

Os símbolos das partes são os primeiros alvos da disputa pelo poder; são religiosos e sexuais e sucumbe a imposição da moralidade dominante ou vitoriosa. 

Quanto aos indivíduos e as suas inclinações sexuais, quando divergem da prescrição das Escrituras judaico-cristãs, alegam terem nascido com elas e se rebelam contra a norma estabelecida.

Nas religiões politeístas encontramos numerosos rituais de prostituição cultual homo e heterossexual e também de aborto ritual. Logo, esta demanda não é moderna ou pós-moderna, mas reincidente na história das guerras antigas.

A tradição cristã afirma a doutrina do pecado original e o calvinismo enfatiza a depravação total do gênero humano; o pecado é inato por causa da natureza caída, logo, tudo inerente a essa humanidade está profundamente contaminado pelo pecado (sexualidade, religiosidade e a política)

A humanidade caída, desde Adão, está em tensão entre a transgressão da Lei de Deus e a consciência do pecado e essa humanidade precisa ser redimida.

Desde o princípio o homem é tentado pelo poder: "sereis iguais a Deus" foi o que a serpente disse a Eva para seduzi-la à comer do fruto proibido; logo, a disputa pelo poder inclui desde o princípio uma disputa contra Deus. 

A expectativa do castigo divino para quem rejeita a Lei e consequentemente aos profetas do juízo é considerada ultrajante e injusta, até que o homem se submeta ao senhorio de Cristo como Deus soberano.

Mas, nem tudo está perdido. Na perspectiva Cristã se acham as promessas de redenção futura. Contamos com a promessa de perdão para os pecadores arrependidos que crerem no salvador e a solução para o problema da disputa de poder entre os homens: a revelação do reino de Deus.

Enquanto essa humanidade rejeita a Deus, e, o Senhor Jesus ainda não voltou como prometeu, com os seus santos anjos no céu, poder e muita glória, os profetas, pregadores do Evangelho, chamam todos os pecadores ao arrependimento.

A idolatria é associada à prostituição, e a desobediência é associada à feitiçaria, a qual é rebelião contra o Deus soberano. Nesses dois pecados figuram todo tipo de pecado de rebelião contra Deus por meio da imoralidade, do culto pagão e das tradições primitivas dos povos. 

Finalmente, os profetas dos últimos dias chamam o povo para receberem o perdão de Deus, a redenção em Jesus Cristo, o qual morreu para salvar o seu povo dos pecados deles, a fim de escaparem das misérias deste mundo mal e do juízo final.

terça-feira, 30 de setembro de 2014

PREGAÇÃO EXPOSITIVA: MODELO


Por Anatote Lopes

O Pr. Mark Dever apresenta um modelo de sermão expositivo em Tiago 2. Ele faz a divisão do texto em três porções de 1-7; 8-13 e 14-23. Apresenta o assunto do amor no capitulo e faz o seu esboço desta forma: Sua proposição: “O egoísmo pode nos levar ao altruísmo.” Fazendo na introdução um paralelo ao argumento do Dalai Lhama, o qual é como a maioria dos não cristãos pensa e segue; falando de como nós cristão devemos mostrar nossa compaixão compartilhando o evangelho. Ensina que nossas obras ornamentam nossas palavras, e faz uma exortação demonstrando como nossas vidas incoerentes com o evangelho minam as palavras que pregamos.

1. Como Deus é? (1-7). Deus não mostra favoritismo, mas trata o rico e pobre da mesma forma. Deus é amoroso e justo. E deseja que nós o consideremos por uma questão de amor. O amor é vindo de Deus. Não amar o próximo como a ti mesmo é uma falta de amor. Deus quer que tratemos os outros como Deus trata, pois a falta de amor contraria a Deus. Uma pessoa que não ama é um transgressor da Lei. Se você diz que ama ao Deus invisível e não ama o irmão a quem vê é mentiroso, por isso a fé sem obras é morta, isto é, não é fé verdadeira, não concede vida e não é mediante uma fé falsa que a pessoa é salva. Sem amor não há vida, fé e salvação.

2. O que Deus disse que devemos fazer? (8-13). O Pr. Mark Dever conta um episódio de sua infância para ilustrar a relação da obediência a Deus, relacionando-a com a obediência à sua mãe. A maneira como eu obedeço a Deus evidencia como eu o reconheço, assim como obedeço a minha mãe. Posso ser desobediente, logo estou sendo desrespeitoso para com a sua autoridade. Não podemos escolher quais mandamentos obedecer, sem nos tornamos transgressores de todos. Nós devemos ouvir e obedecer a Palavra de Deus como nos foi dado.

3. O que comunicamos quando não fazemos o que Deus manda? (14-23). Significa que não consideramos, não amamos e não respeitamos a Deus. Abrahão creu em Deus e isso lhe foi imputado por justiça, antes mesmo de seu filho Isaque nascer, mas Tiago ensina, “verificais que uma pessoa é justificada por obras e não por fé somente”, pois quando Deus pediu a Isaque em sacrifício, para prová-lo, ele obedeceu. Tiago não está trazendo ideias erradas sobre a justiça imputada e nem sobre a graça de Deus; ele está exortando pessoas que se dizem crente, mas isso não faz a menor diferença na vida delas, a confissão da fé de Abrahão foi demonstrada no oferecimento de Isaque; sendo está fé que, se expressa por palavras e por obras, considerada a fé dos verdadeiramente salvos. É desafiadora esta mensagem.

Dever sugere pregar expositivamente na evangelização, e considera muito pratico e fácil, pois quanto mais se conhece as Escrituras mais se pode evangelizar pela exposição bíblica, expor um ponto de cada passagem e mostra a pobreza espiritual dos perdidos, e então, como ensinam as Escrituras fornecer uma forma melhor de se viver do que a forma egoísta como eles vem vivendo, como os pecados deles revelam a verdade de seu não relacionamento com Deus e a necessidade de arrependimento e fé no Evangelho.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

PREGAÇÃO EXPOSITIVA: COMO?

Por Anatote Lopes

Conforme afirma o Pr. Mark Dever, pregando expositivamente a Bíblia toda, podem-se proporcionar sermões aos seus ouvintes que, possibilitam uma melhor leitura de todas as categorias de livros da Bíblia. O ouvinte de sermões expositivos passa a ter maior familiaridade com esses tipos de literatura em 3 a 4 anos. Sua experiência é de passar mais tempo pregando no N.T. porque o mesmo contém o V.T. e o explica, mas também prega no A.T.; Mark prega o que denomina de níveis diferentes de exposição do texto, explicando com a figura da vista panorâmica de uma cidade da janela do avião, do alto de uma montanha ou de sua praia, sendo o nível mais natural sobre um capítulo, ou parágrafo de um livro, dependendo de seu gênero, de forma mais panorâmica; ainda a parte ou a totalidade de forma mais lenta através do livro, vários sermões em um único capítulo, trazendo do texto a sua realidade com maior profundidade. 

Depende do gênero do texto das Escrituras, reafirma que é possível pregar expositivamente em quaisquer níveis. Dá-nos exemplos no Salmo 25.11: “Por causa do teu nome Senhor” ou 21: “Porque a minha esperança está no Senhor” como sendo textos nos quais se poderia fazer uma exposição legitima, normalmente Spurgeon pregava assim. Joseph Kerl um dos puritanos da Confissão de Westminster pregou através de Jó 424 mensagens, começou em 1643 e terminou em 1666, pregou cerca de 10 sermões por capítulo, embora não tenha sido só o que ele pregou durante todos estes anos. Ele julgou relevante para sua época e no final pediu desculpas: “eu sei que não passei a vocês uma visão o suficiente clara das passagens como eu gostaria”. Esta obra tem sido publicada como a “joia da coroa da pregação puritana”. O Pr. Mark Dever também compartilha a sua experiência de pregação expositiva em diversos níveis em todos os gêneros literários, muitos já foram publicados em português. 

O Pr. Mark associa à pregação expositiva diversos nomes da teologia reformada e relembra a histórica interrupção do ministério de João Calvino em Genebra que, quando ele retornou a "Cidade de Deus" continuou a sua pregação de sermões em série, exatamente de onde ele parou. Ao lado do estilo de Spurgeon que, não fazia sermões em série, mas pregava expositivamente. Mark Dever explica como tem pregado expositivamente em um nível panorâmico nos Profetas Maiores. A vantagem de se pregar expositivamente segundo o Pr. Mark é que nunca se esgota a matéria para apresentação, mesmo que seja repetida a passagem. A igreja pode receber os textos antes da mensagem para meditar neles. Ajuda o pregador evitar o vício de repetir temas, caso o tenha. Exige muito mais estudo e dedicação, para extrair o esboço homilético do texto e fazer a exposição, a fim de apresentar o texto com precisão, investigar as categorias que precisam ser explicadas, encontrar o que o texto diz aos não cristãos e listar as implicações públicas dele nas esferas da vida cristã. Entender como isto aponta para Cristo, para as relações de trabalho, gênero, família e casamento. E, principalmente, como se aplica a nós como igreja. Levar todos estes pontos para o sermão nem sempre é possível, mas é importante para o pregador investigar cada um deles. Mark Dever sugere meditar em todos eles com a equipe pastoral.

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

PREGAÇÃO EXPOSITIVA: O QUE É?

Por Anatote Lopes

O Rev. Mark Dever, palestrando em um Curso de Lideres no Brasil, em resposta a questão: o que é pregação expositiva faz, a sua afirmação mais contundente logo no início: “a primeira marca de uma igreja saudável é a pregação expositiva.” E, faz a sua afirmação mais polêmica e provocativa para a geração evangélica atual: “O modelo de ensino nas igrejas em células não tem base bíblica.”

O Pr. Mark Dever informa que, pregar expositivamente é escolher, compreender e expor o texto. O ponto do texto é o foco do sermão expositivo, enquanto no sermão tópico escolhemos o assunto e vamos a Bíblia para ver o que ela tem a nos dizer. Enxergamos com clareza o que o texto tem a dizer quando vamos a ele em busca da riqueza da Palavra de Deus e não apenas das respostas e justificativas que buscamos. Não é sermão expositivo: o comentário da Bíblia versículo por versículo. Trazer uma tese pré-arranjada e discorrer a Bíblia para dar uma resposta de acordo com a sua própria tese.

Quanto ao chamado para pregar, ele afirma que não fomos chamados para sair por ai pregando o que der na cabeça, mas recebemos uma mensagem especifica para entregar, como um carteiro entrega as mensagens dos outros e não as próprias. A autoridade da Mensagem Cristã é incontestável se tiver o conteúdo da Palavra de Deus; isto é, se for uma pregação expositivamente da Bíblia. Caso o pregador não pregue expositivamente, nunca pregará mais do que tem dentro de sua cabeça; se não compreender o texto, meditar nele, considerá-lo com cuidado e entender o seu contexto, não pregará senão a sua própria mensagem. Ao se doar para estudar o texto ouvirá Deus falar com ele de forma surpreendente. Ninguém recebe a Palavra de Deus de forma inata, não surge dentro de nós, Deus revela a sua Palavra e devemos ouvi-lo falar na Bíblia.

Nas igrejas em células as pessoas compartilham a Escritura sem qualquer preparo, o ensino deles não tem autoridade; este modelo de comunicação da Palavra não tem base na Bíblia. Aponta-se na Bíblia pregadores e o povo diante deles humildemente recebendo a Palavra de Deus com choro e quebrantamento, animo e regozijo pelo entendimento. O povo deve receber um ensino autorizado e viver com base nele. Experiências contemporâneas confirmam a eficácia da pregação expositiva e a Bíblia traz exemplos. A Palavra gera vida em nossos corações como na criação (Gênesis); o povo esteve em pé para ouvir a leitura e a explicação do Livro (Neemias 8); a Palavra gera vida no vale dos ossos secos (Ezequiel 37.10-13); Paulo exorta a Timóteo “prega a Palavra” (II Timóteo 4.2); os apóstolos diante de outras demandas, afirmam se consagrarem com prioridade à oração e a Palavra de Deus (Atos 6.4); a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Romanos 10.17).

O Rev. Mark nos deixa a recomendação de pregar em série e por inteiro os livros da Bíblia; embora seja possível pregar temas expositivamente em uma fração de texto, por exemplo, para caminhar pelas Escrituras e refutar heresias especificas ou para responder a questionamentos. Afirma que um pregador sem o conhecimento do texto grego pode pregar expositivamente com o uso de traduções da Bíblia, ainda que seja importante conhecer as línguas originais, só é imprescindível para os tradutores. Bons pregadores podem ser usados por Deus para pregar expositivamente, mesmo não sendo eruditos, porque as traduções do texto original nos dá o entendimento do texto com fé pública.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

O CHAMADO AO ARREPENDIMENTO

Anatote Lopes


A razão humana rejeita a fé em Cristo: a fé no nascimento, na vida, morte e ressurreição do FILHO DE DEUS ofende o senso de racionalidade, desafia o estilo de vida, incomoda aos poderosos e soberbos e se opõe às tradições e crenças primitivas. A fé em Cristo é também racional. A questão é de qual lado existe maior evidencia? Geralmente a resposta desta pergunta depende das escolhas que nem sempre são racionais.

"Ignorar a evidencia para o cristianismo não é científico, é obscurantismo." (Lennox). O Cristianismo é o anuncio da verdade: a encarnação de Deus em forma corpórea, nascido da virgem Maria de Nazaré; Jesus Cristo é o único Senhor e mediador entre Deus e os homens; mas, ele foi rejeitado e condenado, a fim de morrer como o sacrifício único pelos pecados da humanidade.

A ressurreição e o dom do Espírito Santo nos abre a porta de salvação pelo arrependimento: arrependei-vos e crede no Evangelho. Toda religiosidade anterior é inútil, porque Ele dá o Espírito Santo e estabelece como devemos nos relacionar com Deus. “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado” (Atos 2:38), significa: mudar de lado, para o lado de JESUS CRISTO; pois arrependimento é mudança que, começa com uma nova mentalidade aplicada em todas as áreas da vida (metanóia). 

O batismo demonstra isso. Depois, andar na “doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações” (Atos 2:42) é o resultado natural de um arrependimento genuíno. O cristão verdadeiro que assim crer, será salvo, o que não crer, permanece na condenação até o fim, quando Deus irá julgar o mundo com justiça por meio daquele mesmo Jesus Cristo, O SENHOR E SALVADOR que foi rejeitado. (Atos 17:31).

Cada um de nós pode crer hoje no evangelho, arrepender-se de seus pecados, invocar humildemente o nome de Jesus Cristo, receber o perdão e se tornar um cristão de verdade, entre àqueles que aguardam a redenção total e final, quando o Filho de Deus voltar com os seus santos anjos, com poder e muita glória.


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

A NOSSA FÉ E AS NOSSAS ESCOLHAS

Por Anatote Lopes


“O futuro a Deus pertence”... “Deus está no controle”... Ninguém discorda destas afirmações. Não devemos andar ansiosos por saber o futuro, como está escrito: “Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida?” (Mt 6:27). No entanto, uma verdade incontestável se torna uma mentira descarada, no seu uso aparentemente piedoso, quando uma citação bíblica é tomada por gente preguiçosa, negligente, hipócrita e acomodada, com o propósito de esconder sua diabólica e irresponsável omissão, egoísmo e crueldade. Não raro ouvimos argumentos supostamente bíblicos da boca de pessoas coniventes com o mau. Alguns que se dizem cristão e se escondem atrás de um verniz de religião e parecem ignorar que, o mesmo Deus que nos salva por sua livre vontade (Efésios 1:11) ordenou as coisas de tal forma que, das nossas escolhas no presente dependeria o nosso futuro: A Lei da Semeadura.

Conforme Gálatas 6.7: “não se deixem enganar: de Deus não se zomba. Pois o que o homem semear isso também colherá.” Ora! Alguém pode achar que vivendo coniventemente com o mal receberá de um Deus bom algum benefício? Zombando de Deus, semeando o mal, receberá o bem que não semear? O que acontece se o futuro não for avaliado como sendo bom? Essa gente hipócrita e conivente com o mal vai dizer que Deus o Soberano é culpado, para se isentar da sua responsabilidade? O Deus que salva pela graça não transforma os salvos? Porventura Ele arregimenta um exercito de gente imoral, corrupta e covarde? Jesus Cristo não é o príncipe das trevas, nem arregimentou um exército que anda em trevas; afirma a Escritura: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 1:9). Então, o problema das pessoas cooptadas pelas trevas é que, ou não foram chamadas para a Luz, ou servem ao senhor errado.

Tomar decisões não é fácil e acarreta riscos. Nunca sabemos quais serão as consequências de uma decisão biblicamente certa, mas é preciso desvendar os olhos e escolher com consciência e responsabilidade; fazer o que é certo; o que pode trazer consequências dolorosas, às vezes, mas a omissão e a covardia certamente trás consequências trágicas e ainda mais graves no futuro. O problema das escolhas morais em nosso tempo de inversão de valores é o desejo de autoproteção. Neste caso, quem se autoprotege não confia em Deus e transfere a sua segurança aos homens a quem não desejam aborrecer, em alguns casos se sujeitam a bajular. Este é o caso dos apaziguadores que, logo surgem para defender toda sorte de corruptos e imorais, para parecerem aos homens maus que sejam bons e pacificadores. Colocando-se em oposição declarada ou traiçoeira aos que veem lutar contra a violência, a imoralidade e a corrupção. Estes apaziguadores não são pacificadores, muito pelo contrario, eles são culpados de muito sangue de irmãos perseguidos pelo mundo e de tantos outros famintos e necessitados. São falsos irmãos. O Deus deles é o dinheiro, posição e os seus próprios ventres. “Estes já receberam a sua recompensa.” (Mateus 6:2).

Não somos perfeitos, antes fomos, pela graça de Deus, eficazmente chamados ao arrependimento dos pecados, os quais nos escravizavam, mas agora, tornaram-se os nossos maiores inimigos a serem vencidos com a ajuda do Espírito Santo. Não importa quem sejam os tiranos históricos, o povo é sempre escravo de seu próprio pecado. Quando cada um de nós estiver sem saída, em sofrimento, ameaçado ou em perigo, é dos nossos próprios pecados que devemos nos queixar primeiro (Lamentações 3:39). A nossa esperança, a nossa Luz no fim do túnel, é descrita em Mateus 1:21 na promessa da encarnação de Jesus Cristo: “Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles.”. Jesus Cristo veio realizar essa libertação. Em seguida nos chamou: “Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus.” (Mateus 3:2). Isto é, mude de atitude, volte-se para Deus que, nos dará a vitória no seu tempo. Jesus nos garantiu essa vitória na cruz, sendo o sacrifício que nos reconciliou com Deus; Jesus morreu em nosso lugar, segundo a justiça de Deus, com ele fomos crucificados, mas, Ele ressurgiu dos mortos e vive, agora com Ele também vivermos.

O Senhor está conosco na nossa caminhada, nos orienta com Sua Palavra no momento em que estamos diante de decisões importantes. Busquemos sempre o que corresponde à vontade divina, não nos baseemos nas efêmeras convenções e etiquetas de preceitos humanos, pautemos na nossa fé as nossas decisões, sujeitando-as ao Evangelho. Sendo fiéis ainda podemos enfrentar prejuízos, despertar inimizades e perseguições, porém podemos viver sem temor com Deus, não temos nada a perder por termos feito a escolha certa. “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” Disse Jesus (João 16:33). Alguns têm suas vontades escravizadas pelo pecado, em prisões de incredulidade e idolatria, não conseguirão sequer discernir a glória dos fiéis e no Dia do Senhor sofrerão repentino juízo, mas as escolhas, dos libertos em Cristo como sementes brotarão, em seu tempo florescerão e frutificarão para a vida eterna.

Deus o abençoe...




quinta-feira, 31 de julho de 2014

NATUREZA TERRENA E RESSURREIÇÃO

Por Anatote Lopes
















“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus. Pensai nas coisas lá do alto, não nas que são aqui da terra; porque morrestes, e a vossa vida está oculta juntamente com Cristo, em Deus. Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então, vós também sereis manifestados com ele, em glória. Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria;”. (Colossenses 3.1-5).

Quando morre uma pessoa querida somos forçados a pensar na brevidade da nossa própria vida. A vida das pessoas que nós amamos e as nossas próprias vidas não nos pertencem; nossas vidas pertencem a Deus. Os nossos corpos enquanto vivemos ou quando morremos não nos pertencem, por isso “o pó volte à terra, como o era, e o espírito volte a Deus que o deu.” (Eclesiastes 12:7). Quando olhamos nossas vidas dessa perspectiva as paixões carnais perdem o seu valor. Não temos na vida terrena nada que seja eterno, então, se alguma coisa não dura o suficiente não pode ser mais importante que a eternidade da nossa alma. Mas, a cobiça leva o ser humano a desejar o mundo e seus prazeres efêmeros e desprezar o Criador.

Quem vive o testemunho da ressurreição futura no presente não se mostra moribundo na vida, mas, comunica pela nova vida que já vive, prefigurando a luz dos glorificados, o anuncio de esperança da manifestação de Jesus Cristo. Felizes os que não vivem as suas próprias vidas, mas já ressuscitaram com Cristo e suas vidas estão nele escondidas até que sejam manifestadas em glória. Não se trata de vivos que esperam a ressurreição dos mortos e nem de mortos, certos que algum dia essa ressurreição ocorrerá, mas felizes são os que já vivem a realidade da ressurreição nesta vida, fazendo morrer a sua natureza terrena: “prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria”.

Quem busca a paz, a saúde, a prosperidade e os prazeres mundanos tendo em vista suas próprias prioridades e desprezam o Salvador que vem ao encontro deles e de suas verdadeiras necessidades, quem despreza a Deus por que não tem a verdadeira fé que contempla a eternidade ficará desesperado na hora da morte. A humanidade foi criada para o paraíso perdido; busca-o incessantemente. A experiência de conquista e de paixão carnal nos dá prazer e quando nos sentimos supridos por nossos próprios esforços, temos a sensação de ter alcançado o paraíso, mas, de repente seremos chamados daqui a hora da morte e se não formos reconciliados pela graça de Deus em Cristo não ganharemos o paraíso verdadeiro. Mas, descansam à sombra do Deus Onipotente àqueles que se encontram no esconderijo do Altíssimo (Sl 91:1); são estes que tem a verdadeira paz e as bênçãos espirituais que o homem carnal não pode desejar e nem entende, antes pensa que não precisa de Deus, confia na sua própria força e acredita ser ele mesmo o seu próprio deus. No mundo a ambição é elogiada como virtude, mas é ela que tem levado a humanidade às guerras; a cobiça e a ambição geram injustiça, dor e sofrimento, são destruidoras, por isso somos desafiados à consciência deste mal para permanecermos alertas. Cristo nos ensina a entesourar no céu e ter nele o nosso coração. Isto significa ser rico para com Deus. Os bens materiais acumulados aqui, não são úteis para nós na hora da morte, mas para os nossos herdeiros que mal causará?

A nossa cobiça e ganância afeta os nossos sucessores, como a nossa natureza pecaminosa, também a nossa herança material se tornará prejudicial aos nossos filhos e descendentes, salvo se receberem a nossa herança espiritual pela graça de Deus; caso contrário o que lhes foi facilitado dará lugar a indolência e as disputas pelas quais envenenarão as suas próprias almas. Mas, Deus nosso Pai nos presenteou com a vida eterna, para vivermos essa realidade hoje, no deleite da criação, no cuidado para com todas as criaturas, na proclamação do evangelho da Verdade, nas boas obras e no amor a Deus sobre todas as coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos; assim podemos viver espiritualmente com Jesus por toda a eternidade, mas se alguém for seduzido por esta vida desprezará a vida eterna recebida pela graça de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. 

sábado, 26 de julho de 2014

NINGUÉM VOS ESCRAVIZE



Por Anatote Lopes


Tome cuidado que ninguém vos escravize, não aceite argumentação sem valor, ou seja, sem o sólido fundamento das Escrituras Sagradas; rejeite sofismas, sabedoria humana a que vem te enredar com filosofia e vãs sutilezas.

A advertência de perigo contra a sabedoria humana é apresentada em Colossenses 2:6-15 e Tiago 3:13-18 entre outras passagens da Bíblia.

A sabedoria do homem é facciosa e incoerente com suas obras, gera confusão, contenda, imoralidade e toda sorte de perversão sexual. O sofisma é traiçoeiro e promete unidade, paz e felicidade, mas é usado por quem tem intenção de matar, prender e escravizar os povos.

Os intelectuais mundanos tentam igualar a sabedoria celeste a do mundo rebaixando a sabedoria de Cristo, o nosso Senhor, à condição de pensamentos de um mestre terreno, em determinado período na historia e limitado a uma cultura e tradição religiosa: a cristã. Negando-lhe Sua exclusividade, superioridade, universalidade e divindade. Reduzem a ressurreição a um mito e seus ensinos a uma moralidade ultrapassada.

Quem assim crer estará exposto a toda sorte de falsas doutrinas e filosofias religiosas e ao ecumenismo e sincretismo religioso. Continue confessando que Jesus é Deus, e o único Senhor. O nosso Salvador. Que Deus te proteja de falsas doutrinas e filosofias.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

AS DUAS PRAGAS: FARISAÍSMO MODERNO E GRAÇA BARATA

por Anatote Lopes


Há duas pragas dentro da Igreja contrárias à sua natureza, propósito e missão.

A primeira praga de natureza legalista e moralista: O moderno farisaísmo moralista e orgulhoso. Como identificá-lo: é sem a vida verdadeira no Espírito Santo, mas aplicada à religiosidade tradicional; permanece assentada e criticando os que lideram e trabalham; é muito mais fácil identificá-la dentre todas as pragas. Esta praga vê defeito em tudo e aponta os pecados dos outros e se sente perfeita e sem pecado nenhum.

A segunda praga de natureza antinomista e imoral: O liberalismo da graça barata acomodado ao pecado. Como identificá-lo: Demonstra incomodo com a pregação verdadeira do evangelho, aprecia heresias que lhe dá vantagem e tempo para os seus próprios interesses, isto é, de uma religião de prazer e prosperidade sem compromissos, tais como dízimos, atividades da igreja, obediência e submissão à autoridade e ao ensino. Esta praga sempre apresenta desculpas relacionadas à sua aflição, decepção, necessidade, desejo, prazer e vaidades que, não lhe dá disposição ou tempo para o serviço cristão.

Não existem apenas estas duas pragas que comumente tentam destruir a Igreja, mas estas são muito comuns e fáceis de ser identificadas. Elas têm um papel diabólico dentro da igreja: semear contendas, promover divisões, desmoralizar a autoridade e o ensino da Palavra e impedir o avanço da obra de Deus.

Devemos ter o devido cuidado para não confundir o zelo bíblico pelo evangelho a fim de viver de modo frutífero em obediência aos mandamentos de nosso Senhor com o moderno farisaísmo; e, também para não confundir a dependência da graça e do amor de Deus para a nossa salvação e na nossa santificação com o liberalismo da graça barata.

É bom saber que este farisaísmo e liberalismo ainda que flertem com o liberalismo teológico e com o fundamentalismo religioso, podem ser apenas antinomistas e imorais ou legalistas e moralistas apenas na prática e apresentarem um discurso confessional razoável, mas, para ambos o nosso Senhor Jesus Cristo diz: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mat. 15:8-9). E a isto acrescentou: “Jeitosamente rejeitais o preceito de Deus para guardardes a vossa própria tradição.” (Marcos 7:9).

Não sejamos nenhuma dessas pragas. Sejamos convertidos antes que venha o Jardineiro e arranque cada praga; obedeçamos a Deus para não sermos sufocados pelas pragas.