Por Anatote Lopes
No ano de 2008 residia em Valparaíso de Goiás no Estado de Goiás, cidade da região geoeconômica de Brasília, Distrito Federal. Eu era arrolado como membro da Igreja Presbiteriana de Valparaíso, já havia concluído o curso teológico do seminário desde 2006, servia desde 2004 como evangelista junto à Congregação Presbiteriana do Jardim Zuleica, no distrito de Jardim Ingá, município de Luziânia, Goiás, também no entorno da capital do Brasil.
Para aceitar o desafio citado no parágrafo anterior tive que aceitar a condição de deixar o trabalho de projetista e vendedor de móveis sob medida para cozinha, em Brasília, e me submeter a um orçamento muito apertado para sustentar a minha casa, com uma côngrua perto de um salário mínimo da época; considerei essa situação como mais um desafio e prova para a minha vocação. Minha esposa Juliane, estava grávida do nosso segundo filho.
Ainda respirando o odor da perseguição e campanha contra mim no Seminário Presbiteriano de Brasília, sentia-me ferido e cansado, mas, não desanimado, sabendo que tinha de passar por decepções e experimentar cura interior, perdoar a todos os meus algozes e me livrar de todas as minhas magoas com a classe dos pastores. Foi quando disse que, era necessário andar muitas igrejas para encontrar um crente honesto e sincero, mas, para encontrar um pastor que assim fosse, seria necessário andar o dobro.
Orava muito por causa das minhas decepções, e, acreditava com terror que eu poderia me tornar como um deles se não protestasse e reagisse; na verdade eu temia mais a mim mesmo do que a eles, mas, também, temia que eu me tornasse uma pessoa magoada, perdesse a alegria da minha salvação, deixasse de expressar no rosto a determinação de viver para o serviço do Senhor e desistisse do ministério; nessas circunstancias escolhi o nome do meu segundo filho: RAFAEL - DEUS SARA.
O que parecia um bom motivo para minha desistência, tornava-se uma motivação para a minha luta, então, dizia que, jamais iria reproduzir o caráter e o modelo de muitos ministros e ministérios a mim apresentados, com raras exceções eram modelos de como não ser um pastor verdadeiro e de como ofender a Deus tomando o próprio nome do Seu Filho.
Venho compartilhar o que não consegui identificar na referência, talvez fizesse muito sentido na época. Relendo as minhas anotações deste terrível ano eclesiástico, encontrei as seguintes citações... “I 18” para: “Quanto a Palavra de Deus: é muito melhor ir mancando por este caminho do que correr bem fora dele.” E, “I 17” para: “É bem verdade que nisso somos diferentes uns dos outros: cada um inventa seus erros particulares”.
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